O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu argumentos da
defesa do ex-ministro José Dirceu de que não há provas contra ele e
afirmou nesta sexta-feira (3) sem cometer "injustiça" e "sem dúvidas"
pode apontar que o petista era o chefe da quadrilha do mensalão. Ao sustentar que o esquema também transcorreu dentro do Palácio do
Planalto, na Casa Civil controlada por Dirceu, Gurgel disse que é
difícil apontar provas perícias por conta de um hábito de chefes de
esquema de não se envolverem diretamente com integrantes do grupo, mas
atuarem por meio de interlocutores ou laranjas. "Quase sempre ocorre com chefe de quadrilha não aparece nos atos de execução de esquema", disse.
E completou: "Dirceu exerceu papel fundamental, sem risco de cometer
injustiça foi a principal figura, mentor e grande protagonista. Foi ele
quem idealizou o sistema ilícito de mobilização da base e comandou os
demais acusados para os demais objetivos". Dirceu é acusado de formação de quadrilha e corrupção ativa. Na avaliação de Gurgel, "a ascendência de Dirceu sobre os outros
integrantes do grupo foi cabalmente comprovada, sendo que ele tinha
ciência sobre todos os acordos de vantagens indevidas oferecidas" a
políticos e partidos aliados.
Sobre os problemas para provas periciais, Gurgel disse que não é fácil
encontrar provas de questões tratadas entre quatro paredes. "Quando falo de quatro paredes, falo das paredes da Casa Civil de algo
que transcorria dentro do Palácio da Presidência da República." Responsável pela acusação, Gurgel disse que a "autoria do crime não está
em perícias, mas em provas testemunhas que tem o mesmo valor. E essa
prova é contundente como a atuação de Dirceu como líder ". Ele citou depoimento do publicitário Marcos Valério, réu do processo e
considerado o operador do esquema, no qual ele disse que o ex-ministro
tinha ciência de tudo o que ocorria.(Folha Poder)
9 comentários
OFF
ReplyDeu no JB
http://www.jb.com.br/fotos-e-videos/galeria/2012/08/02/estudantes-protestam-contra-cabral/
Discordo Jose Dirceu não é o chefe do mensalão: ele é o gerente o chefe é o Lullau!!!
ReplyProvas e indício ACACHAPANTES! Gurgel foi na jugular! Tomara não seja traído por alguns ministros (STF)de aluguel...
ReplySub Chefe Gurgel, sub chefe, o CHEFE é pinguço, tem 9 dedos, mente mais que cigana velha, tem mau halito, é metido a entender de tudo, mora em SBC e pensa que é o homem mais importante do Brasil.
ReplyEu quero os anéis em torno do pulso do chefe da sofisticada organização criminosa.
ReplyConcordo, já havia dito isso antes o velhaco 9dedos apeDELTA não tem capacidade intelectual para um esquema com essa abrangência, elle foi beneficiado com o esquema mas o chefe é o ze cagão.
ReplyTambém acho que o cachaceiro vagabundo nordestino é o chefão da PaTifaria e da PilanTragem que conhecemos como Mensalão. O problema é colocar as mãos nesse dejeto humano e joga-lo numa cadeia vagabunda bem ao nível desse escroto.
ReplyO que o louro petista juiz escreve tanto?Não presta atenção na acusação.Será preparando a absolvição?
ReplyMENSALÃO DO LULLÃO LADRÃO E O TRIBUNALZÃO ELEITORALZÃO FICOU DE BOCA FECHADA, LULLÃO DEVERIA ESTAR NA CADEIA
ReplyEm 11 de agosto de 2005, o marqueteiro Duda Mendonça foi responsável por um dos momentos mais delicados da crise do mensalão: em depoimento à CPI dos Correios, ele admitiu ter recebido cerca de 10,5 milhões de reais no exterior, como pagamento pela sua participação na campanha que elegeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 2002. O valor foi depositado em uma conta nas Bahamas, por meio do empresário Marcos Valério de Souza, o operador do mensalão. "Não quero ficar de santinho, nem de hipócrita, nem de cínico. Mas, na verdade, ou a gente recebia assim ou não recebia. Eu tinha coisas a pagar. Eu não tinha mais poder de decisão. O jogo estava na mão deles", afirmou Duda no depoimento que incendiou Brasília.
A fala deflagrou uma ameaça real de impeachment e levou petistas às lágrimas no plenário da Câmara numa das imagens que entrou para a história. Era o auge de uma crise que ainda se arrastaria por meses, derrubaria ministros em série e afetaria para sempre a imagem do PT. Assustado, Lula foi à televisão para um pronunciamento em que admitiu os "erros" do partido e do seu governo. Pediu desculpas ao país.