Código Florestal, a vitória do bom senso.

A imprensa aparelhada pelo ambientalismo pueril que defende a eliminação do homem para repor a árvore, a grita desesperada das ongs financiadas pelos mercadores do carbono e pelas captadores do dinheiro´fácil dos europeus e americanos que já destruíram os seus países, os ex-brasileiros plantados dentro da máquina pública pela ecoterrorista Marina Silva, todos, todos eles foram derrotados pelo bom senso. Os pequenos e médios agricultores, que desmataram o matão que era o Brasil, incentivados pelos governos, que com suor na testa e calos nas mãos construíram uma agricultura que alimenta o mundo, não serão expulsos das terras desbravadas pelos seus avós. A democracia firmou acordo. Eles poderão continuar plantando, colhendo, alimentando, vivendo, sonhando, sem vir empanturrar as urnas apodrecidas pela Bolsa Família nas periferias das grandes cidades. Dona Almerita da Boca do Acre, a senhora venceu. Que bom, Dona Almerita!

Enquanto isso, o Brasil míope tenta salvar a sua indústria, quando a força está no campo.

Competitividade x protecionismo

A imaginação dos brasileiros tem um longo caso de amor com a indústria. Desde o século 19, progresso e industrialização são perfeitos sinônimos entre nós, e as políticas governamentais, da crise dos anos 1930 até hoje, tratam a indústria como o filho mais sensível e mais querido.

Essa identificação tem razões históricas, pois desde a Revolução Industrial até os anos 1960, os países mais ricos eram os líderes na produção industrial. No entanto, já na segunda metade do século passado, a vanguarda do desenvolvimento passou para as chamadas sociedades pós-industriais, nas quais os setores de serviços modernos de comunicação, processamento da informação, ensino e pesquisa é que passaram a dar dinamismo às economias. Cada vez mais, a produção industrial perde participação na formação da renda em todo o mundo, e não apenas no Brasil. De acordo com dados de uma entidade da Organização das Nações Unidas, a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) mundial caiu de 27% em 1970 para 16% em 2010.

No Brasil, tem mantido sua participação na produção industrial global, que era de 1,7% em 2000 e permaneceu nesse nível em 2010. A indústria brasileira tem ainda uma participação de 15% no PIB, relação que a coloca dentro da média mundial. Essas observações são necessárias para que situemos, no contexto devido, os clamores sobre a desindustrialização do Brasil e as previsões de que estaríamos "regredindo" para o estágio primitivo de uma economia agrário-exportadora, como se o moderno agronegócio brasileiro fosse a mesma coisa que a velha monocultura exportadora de café, que sustentou o país do fim do século 19 até meados do século 20.

Esse é, claramente, um discurso dirigido ao Estado, e pretende servir de base a políticas especiais de proteção a setores que estão perdendo ou nunca tiveram competitividade. Um fator importante a ser observado é a queda da produtividade da mão de obra na indústria (-0,8%), enquanto na agricultura cresceu 4,3%, entre 2000 e 2009 (Ibre/FGV). Essa foi uma solução encontrada pelo agronegócio para enfrentar o câmbio apreciado. Outro grave fator é o custo unitário do trabalho (CUT), que teve aumento de 150% em relação ao resto do mundo, não só pela apreciação do real mas também pelo forte aumento do salário real.

As dificuldades de produzir no Brasil são evidentes. Isso é verdade para todos e não somente para alguns. Nossa taxa de juros tem sido, por décadas, a mais alta do planeta, e os custos efetivos do crédito para as empresas não têm paralelo no mundo. A carga tributária que incide sobre as empresas e as pessoas só se compara às velhas economias da Europa Ocidental. Nossa infraestrutura é precaríssima, em virtude do baixo investimento público e dos preconceitos ideológicos, que limitam a participação da empresa privada e do capital internacional. O grau de formação educacional da população é muito baixo em comparação aos 50 principais países do mundo.

Toda a economia brasileira tem uma natural dificuldade de competir com o resto do mundo. O que se deve extrair dessa realidade não é que alguns setores mais vulneráveis devam ser tratados de modo especial, para não serem afetados pela concorrência. A indústria brasileira sempre foi protegida da competição externa e a pouca liberdade comercial que existe data de apenas 20 anos atrás. Anos de reserva de mercado para os bens de informática não produziram nada de valioso para a população, somente atraso.

A indústria não é a vítima isolada das terríveis características estruturais da economia brasileira. A cruzada contra os problemas da competitividade precisa ser uma tarefa coletiva e deve se aprofundar na raiz dos problemas. Políticas especiais para alguns setores implicam deterioração das contas públicas e não trazem a garantia de sobrevivência de longo prazo para os setores favorecidos. E, pior do que isso, parecem sugerir que desistimos de enfrentar os problemas reais, que atingem a todos nós.

KÁTIA ABREU, 50, senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), escreve aos sábados, a cada 14 dias, neste espaço.

14 comentários

Post brilhante, meu Céu! TA!

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Coronel, as fazendas foram abertas por ascendentes do fazendeiro e um "crime ecológico" ou qualquer outro tem a pena restrita à pessoa que o praticou. No século 19 e até meados do século passado não existia a causa ecológica e nem crimes ambientais.
O direito tem uma máxima para crimes:
NÃO EXISTE CRIME SEM UMA LEI ANTERIOR QUE O DEFINA.
***A única excessão adimitida foi o JULGAMENTO DE NUREMBERG, no Reich os atos criminosos não eram crimes nas leis da Alemanha nazista.
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Quem não tem reservas legais porque outros retiraram NÃO TÊM OBRIGAÇÃO de repor a reserva legal, matas ciliares em 99% dos casos são VOLUNTARIAMENTE REPOSTAS pelo agricultor, pois sabe dos danos ao rio e perda da terra superficial.
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Qualquer ação direta de inconstitucionalidade feita ao STF irá desobrigar a repor reserva legal retirada a centenas de anos e principalmente quem comprou a terra JÁ DESMATADA, quem plantar bosques de eucaliptos não repôs a floresta e sim plantou para corte da madeira, os eucaliptos servem para acelerar a regeneração de floresta atlântica e amazônica se embaixo não tiver plantação (agrofloresta) e tiver capoeira em rápida regeneração, a fauna leva sementes de árvores que brotam na sombra e ultrapassam as pioneiras, são vinte anos a menos para regenerar a mata.

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Ninguém mais do que Katia Abreu poderia ter escrito este belo discurso!

Ela, sim, é uma grande mulher!


Chris/SP

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Coronel,
o básico da economia, quando a apreendemos em época passada, é produzir onde o custo é menor. Na agricultura plantar o que melhor produz nas regiões mais apropriadas e, na indústria, o mesmo. Querer implantar indústrias sem a região ter vocação para esta atividade, sem mão de obra adequada, usando uma política de incentivos para tentar competir com países ou regiões mais preparadas, é jogar dinheiro fora. A defunta SUDENE que o diga. Com indústrias fechadas e deficitárias mesmo com todos incentivos. As que sobreviveram, a minoria é claro, foi por competência dos seus empreendedores e para um mercado específico. Até quando nossos "iluminados" estadistas vão se assessorar de pessoas competentes e honestas. Claro, eles também sendo honestos.

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Graças a Deus!
Parabéns Dona Almerita!

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enquanto isso...

A guerra aberta por Dilma contra a alta taxa de juros cobrada no país esbarra em alguns pontos. Vejamos:

O governo quer que as taxas de juros tenham queda de 40%, mas...

lucro dos bancos: 30%

inadimplência/impostos: 50%

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A senadora mandou ver muito bem nos ecoterroristas a soldo, marxistas aristocratas do atraso.

Não sei se no blog já foi anunciado este video. Se não viram, vale a pena ver, no intuito de se ter mais alguns bons argumentos e números na luta contra a fome mundial e a importância do Brasil - e dos valentes agricultores - neste contexto.

http://www.youtube.com/watch?v=aoiP-WK3V8o

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Coronel,

Meu próximo voto para Presidente do Brasil!!

O resto é o resto!

JulioK

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COLOQUEM ESTE HOMEM NA CADEIA , ELE ESTÁ PEDINDO UM MILHÃO AO PT ( 1 X100) PARA NÃO FAZER NADA NO MENSALÃO, SO NÃO ENTENDEU QUEM NÃO QUER ,ELLE ESTÁ PEDINDO DINHEIRO AO PT PARA MELAR O MENSALÃO , FORA CORRUPTO LEVANDVISKI É UM CORRUPTO

Ricardo Lewandowski, ao ser questionado, na última quarta-feira, sobre quando apresentará seu relatório, última etapa antes do julgamento: “Essa pergunta vale 1 milhão de dólares!”

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Sr Coronel:

Alguma duvida sobre 2014?
A minha presidente.
Saudações

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Definitivamente não é dando tetas federais para os empresários brasileiros mamarem que o governo irá salvar a indústria brasileira. O governo tem que parar de se meter, desregulamentando o setor, cortando impostos, encargos sociais e burocracia, ou o país ficará reduzido a um mero fornecedor de matérias primas.

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Que nojoooooo!!!
Nem o cancer fez esse sujeito parar de falar asneiras!!!
Cala a boca Moluscão, preserve o pouco que ainda lhe resta!!!


http://noticias.uol.com.br/videos/assistir.htm?video=tosse-faz-lula-encerrar-1-discurso-na-volta-aos-palanques-0402CC19326ADCB12326

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Cara Katia ABreu,

Em primeiro lugar, parabens por ter essas visões brilhantes e sensatas sobre este país.

Em segundo lugar, o bem mais primordial de qualquer ser humano neste planeta é alimentar-se. E para isso precisa plantar. E isso este país tem terras para isso. O ser humano pode ficar sem carro, sem avião, sem computador, sem petroleo, sem calçado, e ate sem roupa, mas alimentar-se não.

Em terceiro lugar o que precisamos é criar mais 10 embrapas da vida, para evoluir ainda mais o agronegocio, produzindo e transformando cada vez mais alimentos, industrializando, tem qualidade, ter produtividade, enfim ser soberano em alimento no mundo.

E por ultimo, gostaria que você Katia, continue lutando por este país, com sua força, com sua visão, que nós seguidores do coronel, estaremos apoiando para realizar suas ideias, pois suas ideias tem nossa empatia. E ainda que você seje nossa presidenta em 2014.

Muito obrigado.

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Fico contente, pois tudo isso vem garantir a segurança jurídica para o campo. Pode apostar que existem muitos produtores que estão apenas aguardando a aprovação do Código Florestal para voltarem a investir e ampliar suas produções.

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