Ele quem? Ela quem?

Hoje o sociólogo da Xov Ilupop, Marcos Coimbra, onde as pesquisas sempre são a favor do governo, as amostras não mudam e o nomes dos candidatos de oposição são escritos de trás para frente, encerra um artigo no Correio Braziliense onde tenta desqualificar o escrito por Fernando Henrique Cardoso, no último domingo. Os dois são sociólogos, só que o segundo é reconhecido pela sua produção de conhecimento no mundo inteiro. Como não tem condições de discutir em profundidade, Coimbra "lulou" como sempre e reduziu o debate a este "gran finale":

"Nas eleições deste ano, a população brasileira não se fará perguntas sem sentido ou indagações estratosféricas. Para ela, as escolhas serão bem mais concretas: continuar ou mudar? Um pássaro na mão ou dois voando? Ela ou ele? É concreto, embora simples não seja."

A frase acima, como diria uma petista que frequentava blogs, é um desejo, mas não é um fato. É apenas o ponto-de-vista de um articulista "chapa branca" que, ao menos duas vezes por semana, aluga a sua pena para as teses petistas. Na sua análise rasteira e superficial, faltou colocar o "ele quem?" e o "ela quem?". Muda tudo, não é mesmo? Ou o Coimbra acha, ainda, depois de todas as lambadas que levou nas suas previsões, que o eleitor vai simplesmente eleger quem o Lula mandar, sem saber exatamente quem são os candidatos? Ou o Coimbra acha que o eleitor demorou 20 anos para "conhecer" o Lula e, com a Dilma, bastarão alguns meses e a simples palavra de um presidente em fim de carreira?