(Estado)O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de investigação contra o
tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, Edinho
Silva, atual ministro da Comunicação Social. A suspeita é que ele teria
recebido R$ 7,5 milhões de propina da UTC Engenharia usados para eleger a
petista em 2014, segundo depoimento do delator Ricardo Pessoa, dono da
empreiteira.
A apuração sobre eventual pagamento de propina via doação
eleitoral para obtenção de contratos com a estatal está na mira da
Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou ao STF investigação
sobre irregularidades nas campanhas presidenciais de 2006, 2010 e 2014,
que elegeram os petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
A investigação atinge diretamente o núcleo político do governo
da petista e traz a apuração sobre o esquema de corrupção na Petrobrás
para dentro do Palácio do Planalto. Os pedidos de abertura de inquérito
foram solicitados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com
base na delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC. O
ministro Teori Zavasck também autorizou neste sábado, 5, abertura de
investigação contra o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Na delação, segundo a revista Veja, Pessoa disse ter sido
“persuadido” por Edinho Silva a “contribuir mais para o PT”, uma vez que
a UTC tocava grandes contratos com a Petrobrás. “O Edinho me disse:
‘Você tem obras na Petrobrás e tem aditivos. Não pode só contribuir com
isso. Tem que contribuir com mais. Estou precisando.” Os detalhes da
propina teriam sido acertados pelo atual chefe de gabinete do ministro,
Manoel de Araujo Sobrinho. Segundo a revista, o ministro teria afirmado:
“O senhor tem obras no governo e na Petrobrás. O senhor que continuar
tendo.”
Na delação, Pessoa também citou o repasse de R$ 3,6 milhões,
entre 2010 e 2014, para o tesoureiro da primeira campanha de Dilma, José
de Filippi, e para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso pela
Lava Jato. O empresário mencionou ainda doações à campanha de Lula em
2006.
Mercadante. Pessoa apresentou à PGR documento
no qual lista suposto repasse no valor de R$ 250 mil a Mercadante. A
informação consta de planilha entregue pelo empreiteiro durante os
depoimentos prestados em regime de delação premiada, na qual estão
listados repasses a integrantes do PT entre 2010 e 2014. Conforme a
relação, o pagamento a Mercadante foi referente às eleições de 2010.
Naquele ano, o petista concorreu, ao cargo de governador de São Paulo - o
eleito foi Geraldo Alckmin (PSDB).
Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mercadante informou ter recebido duas doações oficiais das empresas de Pessoa, por meio de transferências eletrônicas. Ambas foram de R$ 250 mil, mesmo valor descrito no documento entregue à PGR. O empresário sustenta, contudo, que as doações, oficiais ou não, eram pagamentos de propina para obtenção de contratos com a Petrobrás.
Na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mercadante informou ter recebido duas doações oficiais das empresas de Pessoa, por meio de transferências eletrônicas. Ambas foram de R$ 250 mil, mesmo valor descrito no documento entregue à PGR. O empresário sustenta, contudo, que as doações, oficiais ou não, eram pagamentos de propina para obtenção de contratos com a Petrobrás.
Na quarta-feira, Pessoa falou à Justiça Federal em Curitiba em
processo sobre o envolvimento da Odebrecht. Em seu primeiro depoimento
público, disse ter pago propina por contratos na Petrobrás. “Eu
depositava oficialmente numa conta do Partido dos Trabalhadores.”
Na última semana, Janot foi criticado pela oposição e pelo
ministro do STF e do Tribunal Superior Eleitoral Gilmar Mendes por ter
arquivado um pedido de investigação por suspeitas de irregularidades na
campanha à reeleição de Dilma. Esse processo é distinto do encaminhado
ao STF.
Os inquéritos relativos aos dois ministros já foram abertos
por Zavascki.
A partir de agora, portanto, a PGR e a Polícia Federal
podem realizar diligências e colher provas sobre os fatos investigados.
Tanto estes casos como os pedidos de investigação das demais campanhas
que aguardam decisão do ministro do STF são mantidos “ocultos” no
sistema do Tribunal, com extremo sigilo sobre os nomes de investigados,
andamento processual e alegações feitas pelos procuradores.
Doações. Dados do Tribunal Superior Eleitoral
mostram que a UTC não fez doações diretas a campanhas presidenciais em
2006 - nem à de Lula nem à do tucano Geraldo Alckmin. O sistema online,
porém, não informa se houve ou não doações a PT ou PSDB. Em 2010, a
empreiteira repassou R$ 5 milhões à campanha da estreante Dilma, mais R$
1 milhão ao PT. O então candidato tucano José Serra recebeu R$ 750 mil.
Em relação ao ano passado, quando o TSE pôs fim às doações ocultas, o
sistema registra contribuições da UTC de R$ 7,5 milhões a Dilma e R$ 4,5
milhões a Aécio Neves (PSDB).
O ministro da Casa Civil disse que só vai se manifestar quando for comunicado oficialmente.Em nota enviada ao Estado na noite deste
sábado, 5, o ministro da Comunicação Social Edinho Silva disse apoiar as
investigações sobre seu suposto envolvimento no esquema da Lava Jato.
“Sou favorável que se apure todos os fatos, para que todas as dúvidas
sejam esclarecidas.” Ele ressaltou que as contas da campanha da
presidente Dilma em 2014 foram aprovadas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). “Tenho a tranquilidade de quem agiu como coordenador
financeiro da campanha presidencial de 2014.” As contas foram aprovadas
pelo TSE. O ministro não comentou as acusações de Ricardo Pessoa, dono
da UTC.
7 comentários
O bode expiatório da vez e o dissimulado Edinho. Essa é a velha tática do PT, os metidos a figurões fazem os assaltos, negam e passam a culpa para, na ideia deles, os de menos importância, Temos de ficar de olho, alertar a população, cobrar das autoridades ainda não contaminadas pelo Lula o pedido, a todo instante, da PRISÃO do Lula, fanfarrão, e o afastamento da Dilma, a incompetente.
ReplyUma sugestão: Confeccionar muitos, mais muitos panfletos com a imagem do Pixuleco e com as dizeres que ele é o PRINCIPAL responsável por toda a des graça que se abateu sobre o Brasil. A Dilma é responsabilidade dele. Confeccionar pequenos bonecos do Pixuleco e tanto os panfletos como os bonecos serem jogados nas ruas de Brasília antes e durante o 7 de setembro. Lógico, através de uma gráfica que não seja fantasma.
ReplyA lava jato só vale para o psdb, o pp e o resto do mundo, no caso do petê trata-se de uma conspiração das zélites.
ReplyA renúncia, cassação, enforcamento de Cunha é uma medida salutar da democracia, ao passo que a simples menção de afastamento dos ministros petistas um violentíssimo e sem precedentes atentado a democracia.
Observando que Cunha prejudicou imensamente a petrobras no esquema de corrupção, esquema esse que quando se trata de falar do petê jamais existiu.
Quando se tem um povim pacífico os políticos agem assim.
Golpe é o pt continuar no governo. E temos ue mostrar ao povo que lula é o responsável por tudo isso pis foi no governodelecque o mensalão e o petrolão foam instalados, e dilma oi ministra das minas e energias, presidente do conselho da petrobras e da casa civil. Depois, lula a apresentou como sendo agerentona e quase sua alma gemea. E o que ocorre no pt que lula não saiba ou esteje à frente?
ReplyEsta foto deve ficar na mesa de cabeceira da Dilma,lá no Alvorada, afinal trata-se de dois dos homens "lindos" que cercam a madame,como ela mesma disse.
ReplyCoronel,
Replyesse inquérito nunca será fechado. Os dos petralhas é claro.
>>
ReplyMerdadante, digo, Mercadante tem que delatar à Justiça de onde ele tirou aqueles 2 milhões de reais que seriam usados para comprar um dossiê contra Serra.
<<