No caso de André Vargas, que roubava dinheiro da Caixa e do Ministério da Saúde via empresas laranja dele e de parentes, elas cobravam por serviços não prestados em filmes publicitários. A área de produção gráfica, eletrônica e digital de uma agência de publicidade que atende contas públicas é um manancial de roubalheira. Orçamentos falsos e inflados para poder incluir propinas e jabás que, posteriormente, são repassados para políticos.
O Ministério da Saúde informou na noite desta sexta-feira que
suspendeu os pagamentos à agência de publicidade BorghiLowe, contratada
pela licitação pela pasta em 2010. O ministério anunciou também que não
irá autorizar novas ordens de pagamento para a empresa e criou uma
comissão de sindicância para avaliar a regularidade da execução do
contrato quem mantém com a BorghiLowe.
Os contratos com a agência são renovados ano a ano pelo Ministério da
Saúde desde 2010, sem novas disputas entre empresas da área. A pasta
divulgou nota na tarde desta sexta-feira em que informa que a última
concorrência pública ocorreu em 2010, ano em que quatro agências foram
selecionadas para a realização de campanhas de utilidade pública. “Os
contratos cumprem todos os requisitos exigidos na legislação de
licitação. Os contratos têm vigência de um ano, podendo ser renovado por
até cinco anos”, diz a nota.
O ministério informou que abriu uma apuração interna para analisar as
denúncias de irregularidades. “As informações dos contratos de
publicidade, do período em análise pela Polícia Federal, serão
encaminhadas para a Controladoria Geral da União e Polícia Federal e
ficarão à disposição dos demais órgãos de controle, como Tribunal de
Contas da União e Ministério Público, para reforçar as medidas de
controle e auxiliar nas investigações”, afirma a nota.
Ricardo Hoffman, ex-diretor da agência BorghiLowe, em Brasília,
é suspeito de repassar comissões ao ex-petista e ex-deputado cassado
André Vargas, em esquema semelhante ao operado pelo publicitário Marcos
Valério durante mensalão. Os investigadores descobriram ainda que a
empresa ligada a um irmão de Vargas recebeu, em 2013, R$ 50 milhões do
banco.
4 comentários
Governo podre, fedido, nojento.
ReplyNinguem aguenta mais. Fora Dilma, fora PT.
Há tempos que tenho notado $$$ muito grande de verbas para publicidade. Isso é outro propino duto, um rio de dinheiro gasto com propaganda. Outro veio superfaturado é os contratos com empresas de ARQUITETURA...
ReplyCEL,
ReplyO Ministério da Saúde adverte: Fumar faz mal para a saúde.
O POVO BRASILEIRO adverte: Roubar faz mal para a saúde da nação.
Índio Tonto/SP
Coronel, sou publicitária. O que é assustador é que todo mundo do mercado sabe quais são as agências e as produtoras envolvidas, mas todos agem como se nada estivesse acontecendo. Um exemplo que passou batido foi o do caso do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, com certa agência e certa produtora. Atualmente, o mesmo esquema abastece o mesmo nicho. Basta grampear os departamentos financeiros das empresas envolvidas.
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