O PSDB anunciou na tarde desta quinta-feira (27) que irá ingressar com
um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) afirmando que a
sessão que analisou vetos da presidente Dilma Rousseff foi fraudada. Com isso, pedirá a sua anulação. A ação tem como base reportagem publicada hoje pela Folha que mostra que assessores de partidos do governo e do Solidariedade, que é da oposição, preencheram as cédulas de votação de congressistas.
A sessão de análise de vetos de Dilma feitos a 38 projetos aprovados
pelo Congresso foi realizada na terça. A votação foi em papel. A Folha
fotografou e filmou um assessor da Liderança do PC do B e uma assessora
do senador Vicentinho Alves (SD-TO) preenchendo as cédulas de votação
para os parlamentares.
"Configurou-se claramente uma fraude. O parlamentar não votou, e sim o
assessor. Isso é de uma gravidade extraordinária", afirmou o líder da
bancada na Câmara, Antônio Imbasshay (PSDB-BA). O PC do B e os parlamentares que receberam as cédulas preenchidas dizem
não ver irregularidades, afirmando que os assessores assinalaram os
votos sob orientação dos congressistas. Integrantes da consultoria de direito constitucional da Câmara
discordam, porém, argumentando que o voto, o que inclui o preenchimento
da cédula, é de responsabilidade exclusiva do parlamentar.
CÚPULA DO CONGRESSO
O DEM também irá pedir a anulação da sessão, mas diretamente à cúpula do
Congresso. "Essa sessão apresentou uma série de irregularidades e vamos
pedir a apuração. O voto não é uma coisa que o deputado possa
transferir para quem quer que seja", afirmou o líder do partido na
Câmara, Mendonça Filho (PE). O partido também irá dizer que identificou votos em branco, cédulas com marcações irregulares e até mesmo antigas.
Durante a sessão da última terça-feira, a área técnica do Senado afirmou
que caso os votos válidos não atingissem o quórum mínimo para
deliberação -257 dos 513 deputados e 41 dos 81 senadores-, a sessão
seria considerada nula. No Senado, foram registrados 42 votos, só 1 a
mais do que o quórum mínimo. Governo e oposição travam uma disputa no Congresso que envolve a sessão
dos vetos. O Palácio do Planalto mobilizou seus aliados para votá-los em
bloco –todos eles foram mantidos– para limpar a pauta, já que eles têm
prioridade na votação.
O objetivo é permitir a aprovação do projeto que, na prática, acaba
neste ano com a necessidade de cumprimento da economia de gastos para
abatimento da dívida, o chamado superavit primário. A sessão para votar
essa proposta está marcada para terça-feira. A oposição tenta barrar a medida. Caso consiga anular a sessão que
analisou os vetos aos 38 projetos, ela terá que ser refeita. Com isso,
será adiada mais uma vez a análise do projeto que afrouxa a política fiscal neste ano. (Folha Poder)
6 comentários
Fim melancólico desse desgoverno da Dilma "Pata Choca" Roussef.Fundo de poço!
ReplyFaz bem a oposição em questionar a fraude, e o foro competente é o STF. Só não sei se a medida adequada é o mandado de segurança. Ali no STF a munição não pode falhar e o tiro deve ser certeiro. Mesmo assim, dependendo do ministro, há um baú cheio de improvisos para se manter o 'status quo', do jeito que o diabo gosta.
ReplyO PT e o PMDB preparam o golpe comunista final. Cadê a resistência para evitar esta tragédia?
ReplyConvoca o povo,encha as galerias,façam uma barulheira sem fim,quero ver a coragem deles.O voto não é aberto?Precisam ser homens pra votarem contra o povo.Vamos à luta!O POVO UNIDO,JAMAIS SERÁ VENCIDO!!!!
ReplyCoronel,
Replyé um escárnio. Uma verdadeira quadrilha tanto no Executivo como no Legislativo. A única coisa que o velhaco disse verdadeira foi que tinha 300 picaretas no Congresso.
Posso mandar minha faxineira votar por mim nas próximas eleições? Pago bem pelo serviço, não quero mais votar não.
ReplyMariana