Enquanto Dilma e Campos montam palanques na região, economia rural nordestina é varrida pela seca.

Nos últimos meses, Juvenal Lira Feitosa, de 53 anos, a mulher Iolanda e seus nove filhos dedicam seus esforços pela sobrevivência das 38 cabeças de gado mestiço, algumas cabras e galinhas e três porcos que criam no Sitio Poço Novo, na zona rural de Águas Belas (PE). Nos anos 1990, Feitosa tinha em sua propriedade apenas uma vaca. A partir do governo Lula, conseguiu crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), empréstimo bancário para arregimentar o pequeno rebanho.
 
O sustento da família vinha sendo garantido pela aposentadoria rural – um salário mínimo – da mulher e o benefício do Bolsa Família pago a quatro dos nove filhos do casal. A seca, porém, ameaça a outra fonte de renda. "A gente compra o mínimo para nós e com o resto tenta dar de comer o gado", diz Juvenal, resignado.A estimativa é que a estiagem provocou no Estado governado por Eduardo Campos (PSB), possível presidenciável em 2014, a redução de 710 mil cabeças de rebanho bovino – sendo que 150 mil morreram e o restante foi abatido precocemente. A bacia leiteira estadual sofreu queda de 72% na sua produção.
 
Na Bahia do governador petista Jaques Wagner, a produção do sisal – usada na indústria têxtil – cai desde 2011. Os problemas no campo fizeram ressurgir mazelas sociais do passado. Mesmo com os benefícios sociais oferecidos pelos governos federal e estadual, o êxodo rural e migração a outros Estados, em especial aos do Sudeste, voltaram a ser registrados.
 
Na passagem por Fortaleza, Dilma anunciou pacote de R$ 9 bilhões para medidas emergenciais de enfrentamento da seca no Nordeste, mas prefeitos de municípios do semiárido baiano e produtores agrícolas do Estado lamentaram o que chamaram de "superficialidade" das ações anunciadas pela presidente durante reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).
 
Os administradores das cidades afetadas pela estiagem, liderados pela União dos Municípios da Bahia (UPB), resolveram criar um "Movimento dos Sem-Água" e prometem marchar até Brasília para cobrar "medidas objetivas e duradouras" para enfrentar a crise.m"Quando acontece alguma catástrofe no Sudeste, o governo responde na mesma hora. Queremos tratamento igual", diz a presidente da UPB e prefeita de Cardeal da Silva, a 140 quilômetros de Salvador, Maria Quitéria Mendes (PSB). "Prometem recursos, ações, mas para conseguir um pouco do que é anunciado precisamos fazer grandes sacrifícios. É frustrante."
 
Em Alagoas, do governador tucano Teotônio Vilela Filho, um relatório recente da Diocese de Palmeira dos Índios indicou que 33 mil famílias – cerca de 19% das 175 mil famílias que residem nos municípios em situação de emergência – estão completamente desassistidas pelos programas da União e do Estado. O governo estima que os prejuízos com a estiagem de parte das 22 usinas de cana-de-açúcar de Alagoas cheguem a R$ 800 milhões. Por isso, teme que as consequências trazidas pela seca se espalhem por outros municípios além do semiárido. (Estadão)

2 comentários

aguas belas deu 96% dos votos pra dilma. e se for la hoje fazer nova pesquisa, mesmo morrendo de sede darao 103%

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Como diz o Pastor Feliciano , tudo o que ocorre na Terra tem a Mão Divina do SENHOR. Dois petistas SAFADOS com o LULLA e a DILMA, mentiram e compraram os votos dos nordestinos, prometendo água e fartura e dizendo-se que o LULLA LADRÂO fez mais pelos pobres que Jesus fez na Galiléia, grande mentira deste SAFADO chamado LULLA. Deus fiscaliza e põe a prova , os seguidores deste SATANAS mentirosa e ladrão , vejam o mensalão, que a SECA grasse durante muito tempo no NORDESTE, para lembram ao povo vendido por vintes que o LULLA não é DEUS ,e sim um grande SAFADO e LADrão.

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