Ao mostrar, em abril deste ano, que o tamanho da torcida do Corinthians estava, naquele momento, a apenas quatro pontos percentuais da do Flamengo, no limite do empate técnico, o Datafolha foi contestado por centenas de flamenguistas com argumentos frágeis e ameaças de todos os graus. Costumeiramente são esses, das torcidas, os números que geram mais polêmicas e reações genuinamente apaixonadas.
O empate técnico entre Serra e Dilma, apurado pelo instituto há duas semanas, elevou as reações políticas ao mesmo nível de agressividade dos argumentos típicos das arquibancadas. Neste caso, às ameaças e impropérios dos militantes, remunerados ou apaixonados, somam-se falácias técnicas elaboradas por pseudo-especialistas em pesquisa, que propagadas e repetidas à exaustão nos meios eletrônicos, são tomadas por muitos como verossímeis.
Esse processo de coerção não é novo para o Datafolha nem exclusividade dos consultores contratados pelo PT. Nos primeiros dez dias da disputa pelo segundo turno em 2006, enquanto o Datafolha mostrava sozinho que Geraldo Alckmin poderia ter menos votos do que havia obtido no primeiro, o PSDB levantou várias suspeitas embasadas em argumentos "técnicos" contra os métodos do Datafolha. Algumas foram repercutidas pelo próprio candidato do partido à Presidência em debate na TV.
Mais recentemente, na disputa pela Prefeitura do Rio em 2008, a ultrapassagem de Gabeira sobre Crivella, revelada pelo Datafolha antes mesmo das pesquisas internas dos partidos, também foi motivo de suspeitas infundadas sobre o instituto.
Não é, portanto, a primeira vez que o Datafolha destoa de seus concorrentes. Isto não quer dizer que esteja necessariamente certo ou errado em todos os resultados que divulga. É prudente, no entanto, que seus fundamentos metodológicos colocados à prova há 26 anos, sejam levados em conta.
Mas como o eleitor brasileiro deve ler resultados diferentes divulgados pelos institutos de pesquisa? Analisando os números sem viés partidário e informando-se sobre a atuação de cada instituto em eleições anteriores o que lhes confere reputação e credibilidade.
Por mais que alguns pesquisadores tentem fazer parecer o contrário, pesquisas não são preditivas, refletem resultados do momento em que são feitas, embutem erros determinados pelos limites estatísticos e seus resultados podem variar de acordo com os instrumentos utilizados nas entrevistas, como o questionário.
Muitas informações fundamentais para avaliar os números divulgados podem ser obtidas no site do TSE que disponibiliza os registros de cada pesquisa contendo informações específicas e instrumentos de coleta de cada instituto. O Datafolha posta em sua página na internet cruzamentos e bases estatísticas de todas as pesquisas que divulga e defende que essa prática seja obrigatória.
Como os resultados de pesquisas, amplamente divulgados, estão entre os principais fatores de captação de recursos para as campanhas, aposta-se na confusão e na distorção para amenizar ou potencializar possíveis prejuízos. Cabe aos analistas independentes a missão de reconhecer o viés partidário das afirmações propagadas.
Quem frequenta estádios e quem produz pesquisas sabe que torcidas organizadas, por vezes, viram as costas para a partida e mergulham em seus próprios cânticos, perdendo a razão e o próprio jogo.
O empate técnico entre Serra e Dilma, apurado pelo instituto há duas semanas, elevou as reações políticas ao mesmo nível de agressividade dos argumentos típicos das arquibancadas. Neste caso, às ameaças e impropérios dos militantes, remunerados ou apaixonados, somam-se falácias técnicas elaboradas por pseudo-especialistas em pesquisa, que propagadas e repetidas à exaustão nos meios eletrônicos, são tomadas por muitos como verossímeis.
Esse processo de coerção não é novo para o Datafolha nem exclusividade dos consultores contratados pelo PT. Nos primeiros dez dias da disputa pelo segundo turno em 2006, enquanto o Datafolha mostrava sozinho que Geraldo Alckmin poderia ter menos votos do que havia obtido no primeiro, o PSDB levantou várias suspeitas embasadas em argumentos "técnicos" contra os métodos do Datafolha. Algumas foram repercutidas pelo próprio candidato do partido à Presidência em debate na TV.
Mais recentemente, na disputa pela Prefeitura do Rio em 2008, a ultrapassagem de Gabeira sobre Crivella, revelada pelo Datafolha antes mesmo das pesquisas internas dos partidos, também foi motivo de suspeitas infundadas sobre o instituto.
Não é, portanto, a primeira vez que o Datafolha destoa de seus concorrentes. Isto não quer dizer que esteja necessariamente certo ou errado em todos os resultados que divulga. É prudente, no entanto, que seus fundamentos metodológicos colocados à prova há 26 anos, sejam levados em conta.
Mas como o eleitor brasileiro deve ler resultados diferentes divulgados pelos institutos de pesquisa? Analisando os números sem viés partidário e informando-se sobre a atuação de cada instituto em eleições anteriores o que lhes confere reputação e credibilidade.
Por mais que alguns pesquisadores tentem fazer parecer o contrário, pesquisas não são preditivas, refletem resultados do momento em que são feitas, embutem erros determinados pelos limites estatísticos e seus resultados podem variar de acordo com os instrumentos utilizados nas entrevistas, como o questionário.
Muitas informações fundamentais para avaliar os números divulgados podem ser obtidas no site do TSE que disponibiliza os registros de cada pesquisa contendo informações específicas e instrumentos de coleta de cada instituto. O Datafolha posta em sua página na internet cruzamentos e bases estatísticas de todas as pesquisas que divulga e defende que essa prática seja obrigatória.
Como os resultados de pesquisas, amplamente divulgados, estão entre os principais fatores de captação de recursos para as campanhas, aposta-se na confusão e na distorção para amenizar ou potencializar possíveis prejuízos. Cabe aos analistas independentes a missão de reconhecer o viés partidário das afirmações propagadas.
Quem frequenta estádios e quem produz pesquisas sabe que torcidas organizadas, por vezes, viram as costas para a partida e mergulham em seus próprios cânticos, perdendo a razão e o próprio jogo.
6 comentários
Cel, meus pêsames, atrasado mas, estou aki. Dê uma espiadinha em http://www.tribunapetista.com/2009/07/o-coturno-noturno-e-o-ze-coronel.html
ReplyCoronel
ReplyNo título, não seria PRESSIONA AO INVÉS DE "pessiona" ?
1 - Por dois pontos só passa uma reta. O supra sumo dos comentaristas se resume a isso. Aplica a famosa regra de três. Só os mais intelectuais e estudiosos entendem que por dois pontos passam infinitas curvas! Conclusão: deixe as previsões para os oráculos ou para os mal intencionados !
Reply2 - Ao lançar um foguete para Lua, nem os mais avançadíssimos computadores ou cientistas conseguem traçar alvo infalível para chegar ao alvo. Como resolveram isso ? Com monitoramento constante do vôo e correção durante o percurso!
Kiyoshi
1 - Por dois pontos só passa uma reta. O supra sumo dos comentaristas se resume a isso. Aplica a famosa regra de três. Só os mais intelectuais e estudiosos entendem que por dois pontos passam infinitas curvas! Conclusão: deixe as previsões para os oráculos ou para os mal intencionados !
Reply2 - Ao lançar um foguete para Lua, nem os mais avançadíssimos computadores ou cientistas conseguem traçar alvo infalível para chegar ao alvo. Como resolveram isso ? Com monitoramento constante do vôo e correção durante o percurso!
Kiyoshi
Coronel.
ReplyTradução:
ainda não acertamos o preço.
Não dá para confiar em nada ou ninguém nesta terra dominada pelo crime com um partido ciminoso no poder.
Esse Paulino mostrou ser homem de verdade, principalmente no sentido moral da palavra.
ReplyJá o Montenegro é uma vergonha, virou petista depois que seu filho recebeu R$ 30.000.000.00 dos filhotes do Lula, Cabral e Paes.