Pobre imprensa.

O trecho abaixo é do Estadão, da cobertura do palanque armado por Lula, com todo o apoio dos cofres públicos, para fazer campanha para a candidata oficialista. O texto mostra o quanto temos uma imprensa pobre, sem profundidade, superficial. E o quanto ela responsável por fazer de Lula, um único brasileiro, um verdadeiro ditador da opinião pública. Quantas vezes nestes sete anos tivemos que aguentar piadinhas e joguinhos de palavras de um presidente que delinque 25 horas por dia? Até quando este tipo de populismo vai ser reverenciado pela imprensa?

Depois do comício, o presidente desceu do caminhão de som, acompanhado de Dilma e dos candidatos, para cumprimentar os operários na entrada da unidade. “Não é sempre que um trabalhador pode pegar na mão de uma mulher presidente da República”, justificou. Lula propôs-se ainda a panfletar diante da fábrica. “Como vou perder o emprego em 1.º de janeiro, nada como aprender a entregar panfleto outra vez”, brincou.

Estamos em plena campanha para eleger o próximo presidente.Uma decisão que terá desdobramentos, inclusive, na própria liberdade de imprensa. Ontem, um ministro de estado deu apoio a uma rede de blogs sujos, financiados com dinheiro público. Ontem, uma candidata à presidência deu parabéns  publicamente para jornalistas pagos pelo governo para atacar a democracia e a Oposição, de forma vergonhosa. E esta é a cobertura que nos é oferecida por um dos maiores jornais do pais. Pobre imprensa. Pobre país.