Abaixo, parte de artigo de Roberto Jefferson, presidente do PTB, na Folha de São Paulo. Ele preside o partido onde uma das estrelas é Collor de Mello, que sugeriu que Dilma "encantasse" Jefferson. Pelo jeito, será difícil.
"As próximas eleições vão opor, numa disputa desigual, a política socialista à profissional. Esta emprega os meios usuais de propaganda, enquanto aquela utiliza todos os meios disponíveis (inclusive os heterodoxos).O político profissional tem a seu favor somente os eleitores, que se manifestam a cada quatro anos e depois o esquecem, enquanto o socialista tem a vasta militância, pronta a matar e a morrer por quem personifica suas aspirações.O voto, ainda que avassaladoramente majoritário, não afiança ninguém no poder. O que garante a supremacia é a massa organizada, disposta a apoiar o eleito todos os dias e por todos os meios. Vejam a situação da governadora do Rio Grande do Sul: quando a oposição se vangloriou de ter "varrido o PSDB do Estado gaúcho", não percebeu que tentara expulsá-lo apenas de um cargo público.O maior erro que as débeis oposições cometem é não saber enfrentar o modelo político socialista.É de acentuar que a quase totalidade do empresariado nacional já foi cooptada e aceita naturalmente o petismo, que se adonou e faz uso do histórico caráter patriarcal do Estado brasileiro -sedimentado pela ditadura militar em seu benefício.O estatismo foi reconfigurado. É mais fácil controlar mecanismos reguladores (em todos os níveis) e instâncias de fomento e financiamento, que tornam reféns de seus interesses os capitães da indústria privada.Na discussão orçamentária, os políticos profissionais preocupam-se apenas com emendas que podem fortalecê-los em suas bases, proporcionando-lhes benefícios particulares. Nenhum deles confronta a tradição doutrinária de controle da máquina pública e do exercício do poder, delineada desde Maquiavel.Seguidor de Lênin, Trótski, Stálin e Gramsci, o petismo, por meio de seu núcleo dominante, abriu mão da luta armada, mas não do objetivo revolucionário. E valem-se da União, a garantidora de empréstimos a municípios e Estados. É o clientelismo, dos quais são porta-vozes os políticos de todos os partidos, que, assim, jogam pelas regras estabelecidas por aqueles que detêm o poder decisório.A eventual saída do PT da Presidência, porém, não mudará esse quadro. Porque os aparatos administrativo-arrecadadores (Receita Federal, INSS) e fiscalizadores senso estrito (policial e judicial), além da órbita cultural, foram aparelhados.O PT detém controle também sobre os sindicatos, o funcionalismo público, o aparato repressivo (MPF e PF, usados para destruir seus inimigos, fazendo terrorismo e chantagem política), os estudantes, os camponeses, a igreja, a intelectualidade artística, universitária e jurídica.Se eleito, portanto, José Serra vai comandar uma máquina estatal dominada por adversários, muitos deles indicados para atuar em tribunais superiores. Sem esquecer o MST, que mantém acampamentos ao longo das principais rodovias (e pode, a qualquer momento, paralisar o país). No Brasil, hoje, não há mais escândalos. Ficam uma semana nos jornais e na TV, depois ninguém mais se lembra deles. Não produzem consequências judiciais, porque o sistema é pesado e dominado por uma processualística interminável, da qual decorre a impunidade. O caso do mensalão é emblemático.O PT deu caráter rotineiro a tudo isso na vida brasileira. As oligarquias aliaram-se ao partido pensando que iriam dominá-lo, mas se deu o contrário, porque elas não têm projeto.O PT, contudo, tem, e o põe em prática planejadamente, sistematicamente, em todos os níveis. Segue a lógica da revolução, quer construir o socialismo (quem sabe à maneira de Fidel, que Lula e sua turma tanto incensam?). Os petistas acreditam nisso.Não são apenas corruptos, são ideológicos e, por isso, corrompem. E, no processo de destruição, vale tudo.Para combater a hidra, é preciso conhecê-la, armar-se e propor um projeto diferente de país. Não se enfrentam tanques com bodoques, mas com mísseis. E, se vierem mísseis em represália, joga-se a bomba atômica.Quem vai fazer isso?"
"As próximas eleições vão opor, numa disputa desigual, a política socialista à profissional. Esta emprega os meios usuais de propaganda, enquanto aquela utiliza todos os meios disponíveis (inclusive os heterodoxos).O político profissional tem a seu favor somente os eleitores, que se manifestam a cada quatro anos e depois o esquecem, enquanto o socialista tem a vasta militância, pronta a matar e a morrer por quem personifica suas aspirações.O voto, ainda que avassaladoramente majoritário, não afiança ninguém no poder. O que garante a supremacia é a massa organizada, disposta a apoiar o eleito todos os dias e por todos os meios. Vejam a situação da governadora do Rio Grande do Sul: quando a oposição se vangloriou de ter "varrido o PSDB do Estado gaúcho", não percebeu que tentara expulsá-lo apenas de um cargo público.O maior erro que as débeis oposições cometem é não saber enfrentar o modelo político socialista.É de acentuar que a quase totalidade do empresariado nacional já foi cooptada e aceita naturalmente o petismo, que se adonou e faz uso do histórico caráter patriarcal do Estado brasileiro -sedimentado pela ditadura militar em seu benefício.O estatismo foi reconfigurado. É mais fácil controlar mecanismos reguladores (em todos os níveis) e instâncias de fomento e financiamento, que tornam reféns de seus interesses os capitães da indústria privada.Na discussão orçamentária, os políticos profissionais preocupam-se apenas com emendas que podem fortalecê-los em suas bases, proporcionando-lhes benefícios particulares. Nenhum deles confronta a tradição doutrinária de controle da máquina pública e do exercício do poder, delineada desde Maquiavel.Seguidor de Lênin, Trótski, Stálin e Gramsci, o petismo, por meio de seu núcleo dominante, abriu mão da luta armada, mas não do objetivo revolucionário. E valem-se da União, a garantidora de empréstimos a municípios e Estados. É o clientelismo, dos quais são porta-vozes os políticos de todos os partidos, que, assim, jogam pelas regras estabelecidas por aqueles que detêm o poder decisório.A eventual saída do PT da Presidência, porém, não mudará esse quadro. Porque os aparatos administrativo-arrecadadores (Receita Federal, INSS) e fiscalizadores senso estrito (policial e judicial), além da órbita cultural, foram aparelhados.O PT detém controle também sobre os sindicatos, o funcionalismo público, o aparato repressivo (MPF e PF, usados para destruir seus inimigos, fazendo terrorismo e chantagem política), os estudantes, os camponeses, a igreja, a intelectualidade artística, universitária e jurídica.Se eleito, portanto, José Serra vai comandar uma máquina estatal dominada por adversários, muitos deles indicados para atuar em tribunais superiores. Sem esquecer o MST, que mantém acampamentos ao longo das principais rodovias (e pode, a qualquer momento, paralisar o país). No Brasil, hoje, não há mais escândalos. Ficam uma semana nos jornais e na TV, depois ninguém mais se lembra deles. Não produzem consequências judiciais, porque o sistema é pesado e dominado por uma processualística interminável, da qual decorre a impunidade. O caso do mensalão é emblemático.O PT deu caráter rotineiro a tudo isso na vida brasileira. As oligarquias aliaram-se ao partido pensando que iriam dominá-lo, mas se deu o contrário, porque elas não têm projeto.O PT, contudo, tem, e o põe em prática planejadamente, sistematicamente, em todos os níveis. Segue a lógica da revolução, quer construir o socialismo (quem sabe à maneira de Fidel, que Lula e sua turma tanto incensam?). Os petistas acreditam nisso.Não são apenas corruptos, são ideológicos e, por isso, corrompem. E, no processo de destruição, vale tudo.Para combater a hidra, é preciso conhecê-la, armar-se e propor um projeto diferente de país. Não se enfrentam tanques com bodoques, mas com mísseis. E, se vierem mísseis em represália, joga-se a bomba atômica.Quem vai fazer isso?"
13 comentários
pelo jeito ele andou lendo reinaldo azevedo.só repetiu o que ele costumeiramente tem dito.
ReplyCaro Anônimo das 07:03
ReplyE o Reinaldo Azevedo, por acaso, foi o primeiro a falar isso? Olha que você vai arranjar briga com os seguidores do Olavo de Carvalho! A blogosfera e suas vacas sagradas...Rssss.
Coronel
Quem vai fazer isso? Pelo que parece soh ha uma maneira de limpar esse pais. Um novo 1964...tanques e baionetas nas ruas.
ReplyO grande drama disso seria o banho de sangue e a esquerdalha mundial pressionando para isolar o pais de forma muito pior que foi em Honduras.
A solucao mais facil mesmo eh cair fora desse CHIQUEIRO.
Ou...separar o sul. Nossos politicos sao podres mas parece que um pouco menos.
Colocou no papel o que todo brasileiro de bem e informado já sabe. Daqui a pouco começam os ataques - virulentos, tenho plena certeza - da bandidagem petralha. O que há com a gente?
ReplyPerdemos a capacidade de nos indignar e nos mobilizar? Aquele triste episódio da FAB considerando o avião francês o mais "consistente" mostra o quanto nos enfraquecemos. Fosse em outra época, todo o Alto Comando pediria demissão.
Será que ainda há salvação?
Olavo disse, Diário do Comércio,
Reply"5 de janeiro" de 2010
[seguidores do Olavo? vacas sagradas? Para com isso. O momento é de união]
"As próximas eleições presidenciais vão opor, numa disputa desigual, as armas da política revolucionária às da política "profissional". Estas últimas consistem apenas nos meios usuais de propaganda eleitoral, enquanto as daquela abrangem o domínio sistêmico de todos os meios disponíveis de ação sobre a sociedade: o político "profissional" tem a seu favor apenas os eleitores, que se manifestam uma vez a cada quatro anos e depois o esquecem ou passam a odiá-lo. O revolucionário tem a vasta militância organizada, devotada a uma luta diária e constante, pronta a matar e morrer por aquele que personifica as suas aspirações."
Anônimo das 9:59
ReplyAinda bem que você acha que a hora é de união e não de hierarquia blogosférica.Cada um na sua e na web ninguém sabe mais do que ninguém. Isso sim, é união. As "vacas sagradas" são sempre bem-vindas, por terem muito talento. O "rebanho"também, desde que não se comporte assim.
Um abraço.
CORONEL
E como combater isto que está aí? Sinceramente,não tenho ideia.
ReplyCristina
Roberto Jefferson de Carvalho?
ReplyBem, finalmente um político fala o que é óbvio. E aproveito para elogiar outro, Guilherme Afif Domingos, que deu espaço a Olavo de Carvalho no jornal da Associação Comercial de SP, que é pouco lido pelo público em geral mas circula entre empresários de todos os tamanhos. E hoje, por uma conversa aqui, outra ali, você percebe que as idéias do Olavo estão sendo disseminadas neste público, que já percebeu que quase tudo o que ele fala realmente vai se concretizando. Ainda haverá salvação?
Para vencermos este monstro vermelho somente com muita união dos amantes da liberdade.Existem os grandes articulistas como Olavo de Carvalho,Reinaldo Azevedo,Augusto Nunes e você Coronel.Os blogueiros-formiguinhas como eu ,é que devem espalhar seus artigos para todo o Brasil.Não importa quem escreveu,importa é a causa!
ReplyMas o que é isso?
ReplyIsso aí é plágio!
Há trechos nesse texto que são cópia palavra por palavra de um artigo de Olavo de Carvalho publicado no Diário do Comércio em 5/1/10
Vejam vocês mesmos!
http://www.olavodecarvalho.org/semana/100105dc.html
Não há outra solução a não ser a ruptura.
ReplyPara o Daniel das 13:34 h : Não importa que seja plágio de Olavo de Carvalho, o que vale é que Roberto Jefferson está multiplicando o que o primeiro vem dizendo há muito tempo e só é absorvido por poucos. Não devemos perder tempo com melindres, mas somar forças para acabar com esse câncer que se enraizou no país, com metásteses em todos os setores, da Receita Federal ao INSS, do Ministério Público Federal à Polícia Federal, nos Tribunais Superiores,sem contar as Igrejas,ONGS, Movimentos Sociais, etc. Vamos precisar de união e não de críticas se é que ainda tem remédio. Essa praga não vai dar mole ao Serra, se ele for presidente e, tenho as minhas dúvidas se este terá o rigor necessário para combatê-la.
ReplyGostei.Acho que ele foi no centro da questÃo e ele sabe do que está falando.Dora
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