Comissão da Verdade: Vanucchi pauta Lula.

Da Folha:

O secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse ontem à Folha que é "um fusível removível" no governo e pedirá demissão caso o terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos seja alterado para permitir a investigação de militantes da esquerda armada durante a ditadura militar (1964-1985), como exigem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e as Forças Armadas."A minha demissão não é problema para o Brasil nem para a República, o que não posso admitir é transformarem o plano num monstrengo político único no planeta, sem respaldo da ONU nem da OEA", disse.Ele condena a tentativa de colocarem no mesmo nível torturadores e torturados. Uns agiram ilegalmente, com respaldo do Estado, os outros já foram julgados, presos, desaparecidos e mortos, comparou o secretário, citando o próprio presidente Lula, que foi julgado e condenado a três anos (pena depois revista) por liderar greves no ABC.Lula volta ao trabalho amanhã espremido entre o amigo e assessor de mais de 30 anos e ministros como Jobim e Reinhold Stephanes (Agricultura), que têm sido críticos ácidos do plano de direitos humanos, ao lado de outros setores, como a Igreja e a imprensa.Vannuchi aposta que Lula tentará uma opção intermediária: "O presidente Lula é construtor de caminhos de meio termo. Mas, se não for possível, não posso ficar. Vou optar pelo caminho da Dona Lindu [mãe de Lula]: sempre de cabeça erguida", disse.Não é a primeira ameaça de demissão no governo por causa do plano. A primeira crise surgiu em dezembro quando os comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, fizeram a mesma ameaça só que por motivos opostos. A pressão era para que Lula revogasse trechos do plano que, entre outras coisas, cria uma "comissão da verdade" para apurar torturas. Os militares classificaram o documento como "excessivamente insultuoso, agressivo e revanchista" às Forças Armadas. Ficando ou saindo, Vannuchi diz que o saldo do plano já é amplamente positivo, "porque provocou um intenso debate interno sobre Direitos Humanos, abarcando as posições dos mais diferentes setores. Que sejam necessários ajustes, não me oponho, mas há limites". Segundo ele, "as críticas são desproporcionais e baseadas em interpretações equivocadas". Na sua opinião, o plano "não é uma peça da esquerda radical, é uma construção que, eventualmente, contém imperfeições e até erros, mas fundamentada em elementos essenciais da democracia". Um dos equívocos que aponta foi cometido, segundo ele, por Stephanes e pela senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura. Para Vannuchi, "não é possível ser contra o agronegócio, como eles dizem, mas é preciso garantir que não oprima, não viole, não asfixie a agricultura familiar e o médio produtor". Nos itens sobre a descriminalização do aborto, ele admite mudanças para deixar o texto mais aberto, menos específico. Esse é um ponto nevrálgico, porque produziu uma reação firme da Igreja, aliada da causa dos Direitos Humanos. O centro da discussão, porém, está na questão militar. Vannuchi e Jobim concordam num ponto: o plano não propõe o fim da Lei da Anistia, tanto que o item dois do capítulo 6 cita a lei, reconhecendo, portanto, sua legitimidade. "Pena que cita o número e a data da lei, e as pessoas não reconheceram ali a Lei da Anistia", disse Vannuchi. Ele passou ontem pelo menos duas horas, lendo tanto as críticas que se avolumam nos jornais quanto o próprio texto, para fazer uma autocrítica: "Estou revendo ponto por ponto, com reflexão, com humildade, mas a decisão é do presidente Lula". De férias numa praia, Vannuchi aguarda a convocação do presidente a qualquer momento para debate o plano. É possível que isso ocorra simultaneamente ou logo depois da reunião de Lula com Jobim para o debate do plano. A tensão é nítida dos dois lados.

14 comentários

Vai pedir demissão? Duvidoooooooooooooo!

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Assinou sem ler ?!

Lulla tem que resolver isso, antes de mais nada!

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Lula, como sempre faz ao ser chamado à responsabilidade, vai empurrar com a barriga.

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Acho que ele está é peitando o lula, colocando-o contra a parede, tipo o decreto ou eu, o que, aliás, não é nada estranhável....
Ninguém ali tem limites.

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Coronel

Esse "paulinho" da merda, como o psicopata lhe chama, passa a vida fazendo ameaças e chantagem de demissão, quando lulla ou alguém o chama à atenção ou lhe mostra a realidade em vez da "sua realidade"? Mas que se julga esse merdas? Ainda no terrorismo? Mas no entanto soube evoluir para saber viver como um capitalista, salário de Rei, cartão corporativo e outras mordomias?

Vive à direita e coração à esquerda? Esquerda caviar?

Ora,ora, e se fosse tomar no ..?

È tão infantil, que precisa de tratamento psiquiatrico.

Ou então ficou senil, ou com sifilis no 4ª estágio.

Estamos sendo governados por uma gangue revanchista de loucos.

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DIFERENÇA ENTRE TORTURADOR E GUERRILHEIRO.
TORTURADOR É UM TORTURADOR.
GUERRILHEIRO, ALÉM DE TORTURADOR, É COVARDDE E ANONIMO NA REALIZAÇÃO DE SEUS CRIMES.

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Ainda por cima, diz que essa estrovenga é um "aseio da sociedade". QUAL SOCIEDADE?
Quando a canalhice não tem mais vergonha de se expor ...

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Quem será o Rasputin,por trás de tudo isso ????

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Espera meio termo,babaca.Estás boiando,Lula puxará a descarga.Lembra do Dirceu?

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Prezado blogueiro:

O decreto do Vanuchi caracteriza uma intervenção do Executivo nos demais poderes - Judiciário e Legislativo - claramente.

O Art 142 da CF 88 diz:

Art.142 - As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Observe que o tópico "garantia dos poderes constitucionais" não necessita de iniciativas para ser aplicado. Esse aspecto nunca foi regulamentado, logo é auto aplicável.

A defesa da Pátria está regulamentada na LC 97/117 e a GLO em decreto federal aprovado há pouco tempo.

O que os Comandantes estão esperando para prender todos os que assinaram o decreto que ameaça os demais poderes, para a garantia dos poderes constitucionais?

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Esse palhaço pensa que é um coitadinho,....vá pros quintos dos infernos que é lugar quebte...chorar suas mazelas no ombro do capeta.Dora

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Caro Coronel, acredito que tudo tenha sido planejado extrategicamente or esse grupesco, aproveitou a saida programada do batraquio.
Então tudo orquestrado, vamos levar ao chefe para assinar, como o mesmo não tem o hábito de ler, nem o decreto leu, pois duas ou tres laudas já o inibem, pronto, assinou e escapoliu para a base da Marinha, claro por nossa conta.
Ato continuo, as ratazanas vermelhas e revanchistas estavam satisfeitas com tudo o que colocaram no texto e forma como promoveram. Caso o dilmão seja eleita, esse será o caminho a trilar, e se não, fica aí para o futuro governo de oposição.
O mais preocupante é a atitude do batrquio, dizer que assinou sem ler o documento, que tipo de gestor publico nós temos? Como podemos confiar nesse elemento?
E esses caras da oab, se imiscuindo em temas que não lhes dizem respeito, com tantos problemas para solucionar na sua seara e pessoal, pois no passado a mesma instituição fez suas ixigencias acerca da lei de anistia, as mesmas foram atendidas pelos legisladores e foi finalmente editada, hoje querem que a mesma seja revisada com o fito de prejudicar, quando eles mesmo sabem que lei penal nova não poderá atingir os reus ou condenados no passado, com o objeto de os prejudicar, qual é a deles?.

Um Abrraço

Carlos Bonasser

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Gente, aposto que isso nada mais é do que o bode na sala.
O maldito que tirar o bode vai parecer ser o mocinho da história, e.....os brasileiros viveram felizes para sempre, como nas antigos contos de fadas, coisa com que já deveríamos ter nos acostumado, não que seja bom, mas que é habitual, isso tem sido.
Que palhaçada, isso é terrorismo moral , ´political bullying".

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O que querem esse bando de bunda sujas???
não sabem interpretar a LEI???



NÃO CONHECEM A CONSTITUIÇÃO OU QUEREM SER MAIS VERDADEIROS QUE ELA???

Lei da anistia (Brasil)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Lei da anistia é o nome popular da lei n° 6.683, que foi promulgada pelo presidente Figueiredo em de 28 de agosto de 1979, ainda durante a ditadura militar, e que diz o seguinte:
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (vetado).
§ 1º - Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.[1]
"Uma luta pela anistia começara no Brasil em 1968 por meio dos estudantes, jornalistas e políticos e acabou somando adesões de populares". "No Brasil e no exterior foram formados comitês que reuniam filhos, mães, esposas e amigos de presos políticos para defender uma anistia ampla, geral e irrestrita a todos os brasileiros exilados no período da repressão política. Em 1978 foi criado, no Rio de Janeiro, o Comitê Brasileiro pela Anistia congregando várias entidades da sociedade civil", com sede na Associação Brasileira de Imprensa.
"O governo João Batista Figueiredo encaminhou ao Congresso o seu projeto, em junho de 1979. O projeto governista atendia apenas parte dos interesses, porque excluía os condenados por atentados terroristas e assassinatos[carece de fontes?] enquanto favorecia os militares, e os responsáveis pelas práticas de tortura".

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