A presidente Dilma Rousseff se reuniu com o vice-presidente Michel
Temer por aproximadamente uma hora na noite desta quarta-feira no
Palácio do Planalto. O encontro ocorreu, a pedido da presidente, dois
dias depois de Temer ter encaminhado uma carta com queixas sobre a
relação sem confiança entre ambos. Ela preferiu recebê-lo no gabinete
presidencial em vez da residência oficial, Palácio da Alvorada,
sinalizando para uma reunião de caráter mais institucional.
Os ministros
Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo)
também estavam no encontro. Após a reunião, Temer se limitou a declarar que ele e Dilma acertaram manter uma relação "a mais fértil possível".
— Combinamos, eu e a presidente Dilma, que nós teremos uma relação
pessoal, institucional, que seja a mais fértil possível — disse Temer em
uma rápida declaração antes de deixar o palácio do Planalto, onde
aconteceu o encontro.
Dilma
seguiu para o Palácio da Alvorada com Wagner e Berzoini. Segundo
auxiliares da presidente, ela avaliou que a reunião foi "boa" e sem que
houvesse nenhum momento de tensão. A presidente optou por divulgar uma
nota depois a reunião, dizendo praticamente o mesmo que o vice:
"Na nossa conversa, eu e o vice-presidente Michel Temer decidimos que
teremos uma relação extremamente profícua, tanto pessoal quanto
institucionalmente, sempre considerando os maiores interesses do País",
diz a nota presidencial.
Segundo auxiliares presidenciais, o espírito da presidente Dilma é
evitar "brigas" entre os palácios do Planalto e do Jaburu. A presidente
fala em obrigação constitucional na convivência com seu vice.
Durante o dia, Temer se reuniu com o novo líder do PMDB na Câmara.
Leonardo Quintão (MG) e com deputados e senadores favoráveis ao processo
de impeachment.
Na manhã desta quarta-feira, o vice rebateu a posição
do governo que considerou ilegítima a escolha da Comissão do Impeachment
em votação secreta pela Câmara. Segundo Temer, foi uma decisão tomada
no exercício legítimo da competência dos parlamentares.
1 comentários:
Temer não vai mexer um dedo pela presidanta no processo de impeachment,mas vai mexer todos os seus dedos para assumir a presidencia.
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