Temer é micro, não é macro.

Jantar da cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu
(Estado) A repulsa do Congresso a qualquer tipo de aumento de imposto obrigou nesta terça-feira, 8, o vice-presidente Michel Temer a voltar atrás na ideia de apoiar o aumento da Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico (Cide). As reclamações surgiram de todas as partes, do baixo clero à cúpula do PMDB.  

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), contou ao Estado que ligou para Temer no meio da tarde para fazê-lo mudar de opinião. "Com argumentos técnicos, defendi que o aumento da Cide não era bom", disse. 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), também criticou a ideia. "Continuo achando que primeiro é preciso cortar despesas, reduzir ministérios, extinguir cargos em comissão. Esse é o dever de casa. Em seguida, se discute o que se vai fazer com o déficit fiscal", afirmou.

Temer teve de se explicar, inclusive, a um pequeno grupo de deputados do chamado baixo clero. O telefonema foi presenciado por cinco parlamentares que acompanhavam o vice-líder do PMDB na Câmara, Carlos Marun (MS). Grande parte da bancada está irritada também com o líder Leonardo Picciani (PMDB-RJ), que chegou a defender volta da CPMF.
Foi no começo da tarde que vazou a informação de que Temer apoiaria o aumento da Cide. O vice tinha a intenção de defender a proposta no jantar promovido nesta noite por ele entre as lideranças do PMDB no Congresso e os sete governadores do partido. "Nenhum governador aguenta mais administrar crise. Querem uma saída", disse um auxiliar próximo a Temer.
Acostumado a lidar com assuntos econômicos no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) rebateu a tese dos governadores: "A pressão é por mais recursos para pagar o custeio. A Cide não serve para essa finalidade, não vai salvar os governadores. Mas vamos aguardar para ver os números que serão apresentados" 
Ao deixar o Palácio do Planalto para ir ao jantar com os governadores, Temer resolveu dar uma entrevista coletiva para desfazer a celeuma.  "As pessoas não querem em geral aumento de tributo. Tenho sustentado exatamente o corte de despesas", disse Temer. "Aumento de impostos só em última hipótese; última hipótese descartável desde já", completou.
Temer rebateu a fala da presidente Dilma Rousseff, feita na segunda pelas redes sociais, de que seriam necessários remédios amargos para combater a crise, e classificou o reajuste de tributos como um exemplo. "Temos que evitar remédios amargos e, se for possível simplesmente cortar despesas, a tendência é essa", disse Temer.
O aumento da Cide tem sido aventado pela equipe econômica desde o começo do ano. Há duas semanas, o assunto chegou a ser tratado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, com Renan e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). "Naquele encontro, Levy também falou da CPMF, mas ficamos contra", disse Eunício.
Temer resolveu encampar o aumento da Cide incentivado pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB). O vice-presidente se disse "impressionado" com a conversa que teve com o ex-ministro Delfim Netto de que o reajuste do tributo seria uma "alternativa menos danosa" - os dois almoçaram juntos na sexta-feira passada.
Com a defesa da Cide ao lado dos governadores, Temer também tinha a intenção de se reposicionar no tabuleiro político em Brasília. Após deixar o comando da articulação política há duas semanas, Temer tentar ocupar espaços para não mais perder poder e se colocar como opção para comandar o país num caso de deterioração do governo Dilma.
Na quinta-feira passada, ao participar de um evento com empresários, Temer chegou a declarar que Dilma não termina seu mandato caso ela continue bem avaliada apenas por 7% da população brasileira. No fim de semana, chegou a admitir que foi boicotado como articulador político. Depois, por meio de nota, negou "conspirar" contra Dilma.

7 comentários

Temer: "As pessoas não querem em geral aumento de tributo.(...)"

Só um POVO COVARDE aceita ser EXTORQUIDO por um GOVERNO PERDULÁRIO E INCOMPETENTE!

Que o governo corte suas despesas!

Deveríamos seguir o exemplo da Guatemala, e ir para as RUAS toda a semana!!! Não precisamos de carros de som dos movimentos anti-PT (que custam caro). Precisamos apenas de GENTE NAS RUAS, de preferência, vestindo preto e segurando cartazes e a bandeira brasileira. Isto é suficiente!


FORA DILMA!
FORA PT!
FORA BANDIDOS!



Chris/SP



Reply

Pt -o partido dos aumentos de impostos. E esse pcciani, hein? Passou a defender ogoverno contra o povo, defendendo a volta da cpmf. Que os eleitores cariocas não votem mais nele e em seu pai.

Reply

Coronel

Onde foram parar os escritos á direita - toda a coluna sumiu !!!!


Chris/SP

Reply

Torram bilhões dos nossos impostos para reeleição, anistiam dívidas de países 'companheiros', fazem obras na América Latina com $$$ do BNDES, não cortam gastos, sem falar nas roubalheiras e depois querem mandar a conta para a população brasileira pagar? C H E G A!

Reply

O problema de Dilma é a pelegada do PT, parasitas e oportunistas que não quererem perder as bocas; mais dor de cabeça prá ela!
Que aumente o racha interno entre eles e se arrebentem!

Reply

Temer tenta “se colocar como opção para comandar o país num caso de deterioração do governo Dilma” (penúltimo parágrafo). Mas ELE é a opção legal constitucional em caso de impeachment! Mas se o TSE anular a eleição “vencida” pela Smartmatic, nem ele, nem a anta. Ou aqueles partidos unidos no nhenhenhén pretendem que a presidAnta SÓ continue comendo e dormindo no Alvorada - menos que uma rainha da Inglaterra - às custas dos brasileiros em nome da “normalidade institucional”? No governo TODOS pensam que os brasileiros são TODOS idiotas.

Reply


O MICO NÉÈÉÈÉÈÉÈ??????

Reply