(Globo) Cerca de 70 policiais federais cumprem na manhã desta quinta-feira a 
18ª fase da Operação Lava-Jato. O ex-vereador do PT de Americana 
(interior de SP) Alexandre Correa de Oliveira Romano foi preso em São 
Paulo, suspeito de operar no esquema de corrupção, revelado pelo GLOBO, com a empresa Consist. Romano será levado para a Superintendência da PF, em Curitiba.
A nova fase pretende reunir documentos que ajudem comprovar crimes de
 corrupção e lavagem envolvendo contratados do Ministério do 
Planejamento. Os investigadores descobriram que o esquema operou até o 
mês passado, com repasse de dinheiro a empresas indicadas por 
intermediários ligados ao PT. Os pagamentos ocorriam por meio de 
empresas de fachada, segundo a PF.
A ação ocorre em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. São 11
 mandados judiciais, além de um pedido de prisão temporária e dez de 
busca e apreensão. A ação foi batizada de "Pixuleco II". Na semana passada, a 17ª fase da operação prendeu o ex-ministro petista José Dirceu. A PF também realiza hoje buscas na JD2 Consultoria, empresa de Dirceu em Brasília. 
Segundo
 investigadores, há suspeita de que entre 2011 e 2014 o grupo recebeu 
mais de R$ 50 milhões, sendo que 20% desse valor teria sido utilizado 
para pagamento de prestação de serviço inexistente. O dinheiro foi 
destinado à empresa Jamp do delator Milton Pascowitch que já afirmou ter
 repassado recursos ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari.
Investigadores encontraram indícios de repasses da Consist para 
empresas de fachada indicadas por Romano, que é advogado. Entre os 
beneficiados dos repasses também estão escritórios de advocacia no 
Paraná.
De acordo com as investigações em curso, o Grupo Consist repassou 
para a Jamp recursos até o final de 2014. Já as empresas indicadas pelo 
advogado Alexandre Romano receberam pagamentos até julho deste ano. O 
empresário Pablo Kipersmit, da Consist, que chegou a ser preso na semana
 passada e liberado depois, disse em depoimento que pagou à empresa de 
Pascowitch, R$ 10,7 milhões por consultoria ao Ministério da 
Previdência.
— O contrato foi de fachada, e Pascowitch teria facilitado os 
contatos da Consist com a Previdência. O que nós sabíamos, no entanto, é
 que a Consist tinha relações com o Ministério do Planejamento. Por 
isso, estamos tentando mapear a origem do dinheiro da Consist — disse o delegado Márcio Anselmo ao GLOBO, no início da semana.
De acordo com as investigações que levaram Kipersmit à prisão, a PF e
 Ministério Público Federal sabiam que a Consist foi escolhida, sem 
licitação, para ser gestora do sistema de pagamentos consignados de 
servidores federais. A escolha ocorreu via acordo celebrado pelo 
Ministério do Planejamento e Gestão com a Associação Brasileira de 
Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada
 (Sinapp) em 2010.
O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, já 
abriu sindicância para identificar possíveis irregularidades no 
relacionamento do órgão com a empresa de informática Consist.
 


 
 
 
 
3 comentários
ReplyPorra meu! Esses caras só roubam. E ainda tem metalurgico disposto a defender Mullah. Caraleo.!!!.
Algo me diz que se continuar assim as investigações irão encontrar desvios de verbas para o partido dos trambiqueiros até em seminários.
ReplyNão importa se é um ex vereaodor, é mais um petiste preso. Que partido! Tä na hora da justiça brasileira se unir em favor da decência.
Reply