Afundado na corrupção e cassando direitos trabalhistas, PT racha e faz congresso onde ataca cinicamente o próprio governo.

(Folha) Unidos, integrantes de duas tendências petistas —a principal delas vinculada à chapa O Partido que Muda o Brasil, a mais forte no congresso do PT que começa nesta quinta (11)— abriram uma dissidência interna, ao criticar o ajuste fiscal promovido pelo governo federal. 

Representantes das correntes Novo Rumo e EPS (Esquerda Popular e Socialista) escreveram um documento em que criticam a condução da política econômica do governo Dilma Rousseff e afirmam que as denúncias de corrupção abalam a imagem do partido. Um dos membro da Novo Rumo é o presidente do partido, Rui Falcão, que, no entanto, é coautor da tese da chapa majoritária. Outro é o secretário nacional de Comunicação da sigla, o deputado estadual José Américo (SP). 

O texto dos dissidentes, que será apresentado ao congresso da sigla, em Salvador, diz que a aprovação do governo Dilma "desabou" e que as medidas do ajuste fiscal criaram, "para dizer o mínimo, um clima de desconfiança" na base petista. Segundo o texto, as medidas "estão voltadas principalmente para acalmar os mercados e seus representantes". 

"Os efeitos inevitáveis da crise junto à maioria do povo —desemprego, inflação e alta de juros— têm um efeito devastador na imagem do governo e do PT, principalmente quando se combinam com as sucessivas denúncias de corrupção direcionadas contra ambos por parte da grande imprensa", diz."Nas pesquisas de opinião mais recentes, a aprovação do governo desabou. E a do PT, também." 

Coordenador do grupo, José Américo explica que seus delegados deverão apoiar a tese-guia apresentada pela maior força partidária. Ele diz, no entanto, que o documento alternativo nasce da necessidade de apontar saídas para o momento político, com medidas voltadas para as classes baixas. O documento será submetido à votação. "É preciso sinalizar para camadas mais populares" , justifica.

Em outro trecho, o documento diz que o projeto de ajuste fiscal "não veio acompanhado dede nenhuma sinalização para as camadas populares de que os ricos também ajudariam a financiar a crise". Critica ainda a "ausência de uma negociação prévia [do governo] com a base parlamentar e o movimento sindical". 

OPERAÇÃO LAVA JATO
O documento também faz uma defesa direta ao ex-tesoureiro nacional da sigla, João Vaccari Neto, afirmando que ele foi preso sem provas. A Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo Petrobras, é criticada. Segundo a carta, ela "tem se afastado em vários momentos de seus propósitos originais de combater a corrupção na Petrobras, direcionando as investigações contra o governo e o PT". 

Mesmo assim, o texto ressalva que "muitos erros foram cometidos, inclusive no plano moral, por agentes políticos e agentes públicos, seduzidos por empresas corruptoras que disputam verbas públicas em obras e serviços". 

REAÇÃO
O secretário de organização do PT, Florisvaldo Souza, se disse surpreso com o texto da corrente Novo Rumo, que é braço da PMB no controle do partido. Um dos coordenadores da maior força do partido (a CNB), Florisvaldo diz que a tendência não foi informada da decisão do aliado de escrever um documento à parte. "Foi como sair de casa e não avisar para ninguém. Esse documento vai na contramão do clima que tentamos estabelecer no congresso", reagiu Florisvaldo.

7 comentários

Só espero que termine bem para o povo.

Reply

OFF

ACORDA POVINHO BURRO...

'Concessão não é privatização', defende Barbosa.

Realmente não e.
E a pura ENTREGAÇÃO do patrimônio publico. Durante a vigência desses “contratos” só o PT vai receber o ALUGUEL...

Reply



Rachados? Só se for para: sobrando uma ala, e ella convencer, então continuamos.Entendem?.!!!.

Reply

Pelo visto o Moluscão vai tentar por meio do medico calar a boca do líder vem p/ rua com palestra e $$$$$$.
O INCOR é um órgão do governo do estado de SP.

São Paulo - Um mês depois de ter a presidente Dilma Rousseff como madrinha de seu casamento, o médico dela, Roberto Kalil Filho, organiza uma palestra em que a principal estrela será o empresário Rogério Chequer, porta-voz do Vem Pra Rua, um dos grupos de protesto que em abril e maio levaram milhares de pessoas às ruas para pedir o impeachment.

O evento, marcado para esta quarta-feira, no Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, é fechado a médicos e seu conteúdo não é gravado.



Reply

Sabe o que vai acontecer? Vão se dividir em partidos menores, com outra sigla, mas com as mesmas ideias, tudo pro povo pensar que o PT realmente acabou. E como sempre no Brasil, muda as moscas e não muda a merda!

Reply

Quem tem saco pra acompanhar discussão de petralhas?!

Reply

O velho ditado diz "Em terra de burro o melhor alimento é a alfafa".

Reply