Contra a crise e o desemprego, PT quer reduzir jornada de trabalho e cortar salários. Mais produtividade, nem pensar.

(Folha) Após os dados do mercado de trabalho mostrarem o pior resultado para abril em 23 anos, integrantes do governo estão finalizando um programa para segurar o nível de emprego na indústria. O plano é inspirado em um modelo alemão e prevê a redução da jornada de trabalho e de salários nas empresas afetadas pela crise econômica, sem causar perda de arrecadação ao governo federal. 

O governo ainda não definiu os percentuais de redução da jornada de trabalho e de salário. Uma das ideias em estudo é a defendida pelas centrais sindicais, que prevê jornada 30% menor e corte nos salários de 15%. O programa de proteção ao emprego, em estudo no governo, é uma alternativa aos "layoffs", sistema que tem sido adotado principalmente pelas montadoras.
No "layoff", há suspensão dos contratos de trabalho por um prazo de cinco meses (que pode ser prorrogado) e o trabalhador recebe o equivalente ao valor do seguro-desemprego, bancado pelo governo federal. Nesse regime, as empresas também deixam de recolher contribuições previdenciárias e trabalhistas.

A ideia proposta no programa de proteção ao emprego em estudo pelo Planalto é manter o trabalhador na fábrica com salário e jornada menores, mas sem causar perda de arrecadação ao governo, uma vez que as empresas têm de recolher as contribuições porque os contratos de trabalho não são suspensos. Com a jornada reduzida, as empresas, além de pagarem salário menor, conseguem ajustar a produção à demanda mais fraca. O período de redução da jornada pode ser de um ano, apurou a Folha, podendo ser prorrogado.

Na semana passada, CUT, Força Sindical e UGT entregaram carta à presidente Dilma Rousseff em que pedem a adoção do plano, em caráter de teste e de urgência, por um período de ao menos 12 meses para evitar mais demissões principalmente no setor automobilístico. 
COMO FUNCIONA
Para entrar em vigor, o plano tem de ser negociado com sindicato e passar por aprovação em assembleia. A proposta defendida pelas centrais ganha força em um momento em que existe a ameaça de cerca de 1.500 demissões nas próximas semanas em duas montadoras do Grande ABC (SP).

O pedido para adotar o plano foi reforçado pelo ex-presidente Lula em reunião com a presidente na sexta-feira (22). Ele manifestou preocupação com a ameaça de demissões no ABC paulista, berço e base eleitoral do PT. Dilma não descartou, mas mostrou dúvidas quanto à eficácia do plano. "Acho que isso beneficia uma elite do operariado", respondeu ela, conforme relatos.

Integrantes da equipe econômica e da área política da Esplanada defendem a ideia do plano por razões distintas.No primeiro caso, estudos internos mostram que é mais barato ajudar a pagar o salário reduzido via recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), conforme desenho atual da proposta, do que arcar com o seguro-desemprego (como ocorre no caso dos "layoffs"), área que o governo tenta enxugar.

Mais: o modelo prevê a manutenção do pagamento de encargos trabalhistas enquanto o plano é adotado na fábrica. Ou seja: não haveria, inicialmente, impacto sobre a arrecadação federal. Já do ponto de vista político, ministros ponderam que a ação contribuiria para reabilitar as relações de Dilma com o reduto eleitoral petista, incomodado com as medidas de ajuste fiscal que endurecem as regras para a concessão de abono salarial e seguro-desemprego.

10 comentários

Coronel,

Solução "Frankenstein"!!

Levaremos uns 15/20 anos para consertar a "criatividade" do PT.

JulioK

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Enquanto isso..

“GOVERNO DO PT ENVIA CENTENAS DE HAITIANOS E AFRICANOS PARA SANTA CATARINA. PREFEITO DE FLORIANÓPOLIS PROTESTA MAS ACOLHE IMIGRANTES. É O FIM DA PICADA”

http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2015/05/governo-do-pt-envia-centenas-de.html

Quem são eles esses imigrantes e por que o SUL?

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Idéia de Jirico. Se a massa salarial diminue as vendas também diminuem. Logo, cai a arrecadação de impostos também. Todos conseguem ver isso, menos os petistas do governo.

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Diz a ¨lenda¨ que o trabalhador brasileiro rende 7 vezes menos que o trabalhador americano.

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O projeto petista é inerente a incompetência petralha.

Afinal, o PT arrebentou a economia brasileira.

O que mais se poderia esperar dessa quadrilha a não ser planos e projetos fracassados?

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Anônimo das 07:51. ADIVINHA!!! Uma dica: para a Bahia é que não vão.

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O PT roubou toda a grana dos cofres, não tem mais dinheiro pra nada, conseguiram TRAVAR o Brasil. E essa corja está fazendo o diabo para continuar na farra, com o poder nas mãos.
Só não cortaram o BOLSA VOTOS, uma maneira de garantir o poder eterno.

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25 de maio de 2015 09:17

Dependendo da área isso até seria uma benção. Tem lugar que só bate ponto e olhe lá.

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Por que não 4 horas de trabalho e a metade do salário. Dividir é preciso, a caridade começa no emprego igualdade para todos.Não é assim que os Petralhas pregam? Então que assim seja, amém.

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Produtividade não é com os vagabundos do PT e com os funças.

Gabriel-DF

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