Indústria desaba 3,2% em 2014. PT saudações!

(O Globo) A produção industrial brasileira encolheu 3,2%, em 2014. Foi o pior tombo desde 2009 (7,1%). Somente em dezembro, a indústria registrou recuo de 2,8% em relação ao mês anterior e 2,7% na comparação com o mesmo mês do ano passado. As previsões de economistas dos principais bancos e corretoras compilados pela agência Bloomberg esperava recuo de 0,4% a 4,3% na passagem entre novembro e dezembro e queda emtre 0,3% e 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O resultado negativo no ano foi influenciado pela queda generalizada em todos as chamadas grandes categorias econômicas acompanahdas pelo IBGE. A pior taxa foi registra no segmento bens de capital, indicador do nível de investimento: queda de 9,6%. Já os bens intermediários (insumos usados na fabricação de outros produtos) caíram 2,7% no ano passado, após alta de 0,4% no ano anterior. Os bens de consumo tiveram retração de 2,5%, influenciado pelo desempenho dos bens duráveis, segmento em que a produção diminuiu 9,2%.

O recuo observado em bens de capital teve forte influência do resultado de dezembro. Na comparação com novembro, a categoria recuou 23%. Segundo o IBGE, foi o recuo mais intenso desde janeiro de 2012, quando havia caído 23,1%. Entre os setores, as principais influências negativas partiram de veículos automotores, com queda de 5,8%, máquinas e equipamentos, que tiveram queda de 8,2% e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que recuaram 2,5%. Nessa comparação mensal, 17 dos 24 ramos investigados registraram números negativos, segundo o IBGE.

SETOR DE AUTOMÓVEIS ENCOLHE QUASE 17%

No cálculo acumulado do ano passado, 20 dos 26 ramos pesquisados tiveram taxas negativas, o que correspondeu a 63,9% dos produtos pesquisados. Assim como na comparação mensal, o principal impacto negativo partiu de veículos automotores, reboques e carrocerias, que registraram recuo de 16,8%, o pior desde 2003. Outros setores que tiveram queda no ano passado foram metalurgia, com recuo de 7,4%, produtos de metal, com queda de 9,8%, máquinas e equipamentos -5,9% e outros produtos químicos, com recuo de 3,6%. 

Segundo André Macedo, gerente de coordenação de indústria do IBGE, os veículos automotores tiveram um desempenho negativo que permeou todo o ano de 2014 devido a razões internas e externas. — Não foi apenas a redução das exportações para parceiros importantes, como a Argentina, mas houve uma redução da atividade doméstica e um aumento do endividamento das famílias, que afeta o consumo — afirmou Macedo. 

O tombo do ano passado seria pior, não fossem as contribuições positivas de seis atividades pesquisadas. As principais altas vieram da indústria extrativa, com avanço de 5,7%, e produtos e derivados do petróleo e biocombustíveis, com alta de 2,4%.

QUEDA DE 4,1% NO QUARTO TRIMESTRE
No quarto trimestre, a produção industrial experimentou uma retração de 4,1% frente ao mesmo período do ano passado. Trata-se de uma intensificação da queda que já tinha sido observada no terceiro trimestre, de 3,6%, na mesma base de comparação.No segundo trimestre, a indústria recuou 5,3% frente ao mesmo período do ano passado, o pior tombo do ano. O único trimestre positivo foi o primeiro, quando a indústria avançou 0,6%, também nesta comparação.

A indústria brasileira sofreu com a queda da confiança de empresários e de consumidores, o baixo crescimento da economia brasileira, além da crise de parceiros importantes como a Argentina. Durante a Copa do Mundo, sofreu o impacto de menos dias úteis e conviveu com problemas históricos de competitividade. Os níveis do estoque da indústria ainda estão elevados.

A fraca produção tem arrastado para baixo também os números do emprego na indústria. Resultados já divulgados da Pesquisa Industrial Mensal - Emprego e Salários (Pimes) de novembro mostram uma predominância de resultados negativos ligados diretamente à dinâmica da produção.

Em novembro, o total do pessoal ocupado assalariado na indústria recuou 0,4% na comparação com outubro, na oitava queda seguida nesse tipo de comparação. Em relação a novembro de 2013, o recuo foi de 4,7%. Nos 11 primeiros meses de 2014, o pessoal ocupado assalariado acumula queda de 3,1%, enquanto nos últimos 12 meses a queda atinge 3%.

3 comentários

Sao tao lingua afiada, que quando a gente diz que estao destruindo o Brasil, eles ironizam dizendo:
- com Aecio seria pior !

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Negócio bom aqui é ser banqueiro.

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E os babacas ainda tem dúvidas que o pete é o destruidor do futuro.

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