O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) requereu
 ontem (21) ao tribunal a declaração de inidoneidade de oito das 
principais empresas de construção civil do país, em decorrência das 
investigações da Operação Lava Jato. Na prática, a declaração impediria as empresas de participar de 
licitações ou fechar contratos com a administração pública federal por 
um prazo de até cinco anos. A proibição não atingiria as obras em 
andamento. 
O pedido foi endereçado pelo procurador junto ao TCU Júlio Marcelo de 
Oliveira ao ministro Augusto Sherman, responsável pelos casos no 
tribunal relativos à Petrobras. Segundo a assessoria do TCU, Sherman deverá submeter o assunto à área 
técnica do órgão e pedir informações à Petrobras. Em casos de maior 
repercussão, os ministros costumam submeter a decisão ao plenário do 
tribunal. Não há prazo para uma decisão final. 
O procurador pediu que o TCU determine à Petrobras que abra um 
procedimento administrativo interno, num prazo máximo de 30 dias, para 
declarar inidôneas as empreiteiras Queiroz Galvão, Mendes Júnior Trading
 Engenharia, Iesa Engenharia, Galvão Engenharia, Grupo Camargo Corrêa, 
Engevix Engenharia S.A., UTC Engenharia e Grupo OAS. Juntas, essas empreiteiras registraram uma receita bruta de pelo menos 
R$ 56 bilhões no ano passado e empregaram pelo menos 206 mil 
funcionários, segundo os balanços divulgados por essas companhias. 
Essas empresas têm contratos com órgãos da administração direta e 
principalmente com empresas estatais, como é o caso da Petrobras. A 
representação do procurador também solicita "a recomposição aos cofres 
da Petrobras dos valores pagos indevidamente aos envolvidos" e a 
"repactuação dos contratos para eliminar sobrepreço e corrigir os 
valores contratados". 
Segundo o procurador, a respeito das "empreiteiras e seus dirigentes, há
 provas significativas" na Operação Lava Jato, que tramita em Curitiba 
(PR), para investigar supostos desvios de recursos da Petrobras e 
pagamentos a agentes públicos em troca de contratos. "Afirmar que a declaração de inidoneidade pode parar o país e que não 
haveria mais empresas hábeis a realizar as necessárias obras públicas é 
puro exercício de terrorismo", escreveu Júlio Marcelo. 
Na quarta-feira passada (19), a presidente Dilma Roussef manifestou 
preocupação com a possível paralisação de grandes obras em razão da 
prisão dos executivos das empreiteiras. Procuradas, as assessorias de UTC, Engevix e Camargo Corrêa informaram 
que não iriam se manifestar sobre o assunto, mas que estão colaborando 
com as investigações. As demais não responderam.(Folha Poder)


9 comentários
E onde fica a Odebrecht? É a vestal da moralidade?
ReplySegundo o UOL, empreiteiras se casaram com o poder no governo JK e tiveram lua de mel no governo militar.
ReplyLogo, se prostituíram, nasceram filhos bastardos que nunca trabalharam, que hoje fingem que governam o Brasil e estão a procura de seus pais, metendo a mão no dinheiro do povo pensando que é herança.
E os jornalistas da blogosfera podre, são filhos de quem?
Que tornem todas inidôneas e abram-se novos certames permitindo a participação de estrangeiras.
ReplyVai ter obra bem acabada, rápida, operários bem pagos e em dia, e, talvez atá sobre dinheiro. Parecido quando a Engenharia do Exército Brasileiro assume.
Cavalaria Ligeira
Deve declarar a inidoneidade, sim. Há 50 anos essas empresas operam assim. Só foram pegas agora, no governo da Presidenta Dilma.
ReplyTem que abrir o mercado para que se tenha uma livre concorrência para que se tenha mais qualidade por melhores preços e sem corrupção . E quanto as que lesaram a nação brasileira tem que ser punidas severamente e que sirva de exemplo para que nunca mais repitam o mal feito .
ReplyPF na fase 8, os amiguinhos marcelinho, luisinho, zezinho, estelinha e turminha, num certo estado nos EUA, lavavam dinheirinho roubadinho!
ReplyCel
ReplyO tal REFORMISTA é quinta coluna.
Toloco
E a ODEBRECHT????
ReplyA Odebrecht não é aquela que 'empregou' o Lula pra ser seu mascate pelo mundo?
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