O senador Humberto Costa (PT-PE) anunciou neste domingo, 23, que abre
mão do sigilo de suas contas bancárias e de outros dados pessoais para
os investigadores da Operação Lava Jato. Em nota, o líder do PT no
Senado afirmou que coloca espontaneamente “à disposição de todos os
órgãos de investigação” informações financeiras e fiscais. E disse que
libera também o histórico de chamadas telefônicas que fez e recebeu.
Humberto Costa foi citado pelo delator da Lava Jato, o engenheiro
Paulo Roberto Costa. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás afirmou
que o petista recebeu R$ 1 milhão para sua campanha em 2010, quando foi
eleito o primeiro senador pelo PT de Pernambuco. A Lava Jato é uma
investigação integrada da Polícia Federal e da Procuradoria da República
sobre esquema de transferência de recursos para agremiações políticas,
propinas e corrupção na estatal petrolífera.
Segundo Paulo Roberto Costa, que cumpre prisão em regime domiciliar –
primeiro benefício por ele recebido depois da colaboração –, o dinheiro
para o senador lhe foi solicitado pelo empresário Mário Beltrão,
presidente da Associação das Empresas do Estado de Pernambuco
(Assimpra), amigo de infância e doador de campanha do petista.
Paulo Roberto Costa disse que o dinheiro saiu da cota de 1% do
Partido Progressista (PP), que tinha o controle político da diretoria de
Abastecimento. Ele assumiu a unidade da estatal em 2004, indicado pelo
ex-deputado José Janene, que foi líder do PP e morreu em 2010.
Segundo o delator, o PP decidiu ajudar a candidatura do petista,
razão pela qual teria cedido parte de sua comissão. Ele declarou que
corria o risco de perder a chefia de Abastecimento se não contribuísse
para a campanha de Humberto Costa. O petista classificou as declarações
do ex-diretor de “acusação caluniosa”. E declarou que Beltrão “nunca foi
arrecadador ou financeiro de sua campanha”.
Na nota divulgada neste domingo, 23, Humberto Costa afirmou que
“todas as doações de campanha de senador em 2010 foram legais e
declaradas em prestação de contas à Justiça Eleitoral”. O líder do PT no
Senado disse que suas contas de campanha foram aprovadas. “Causa
espécie o fato de que, ao afirmar a existência de tal doação, o sr.
Paulo Roberto Costa não apresente qualquer prova, não sabendo dizer a
origem do dinheiro, quem fez a doação, de que maneira e quem teria
recebido.”
Para o senador, as denúncias envolvendo a Petrobrás devem ser feitas
“com o cuidado de não macular a honra e a dignidade de pessoas idôneas”.
O petista disse ainda que espera com “absoluta tranquilidade” o
pronunciamento da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre as
acusações antes de tomar providências.
O empresário Mário Beltrão afirma que “jamais pediu um centavo para
Paulo Roberto Costa”. “Nunca falei com ele sobre recurso de campanha.
Minha relação com ele sempre foi institucional”.
A delação está sob o crivo do procurador geral, Rodrigo Janot. Ele
detém competência exclusiva para definir os rumos de denúncias contra
políticos. Experiente em investigações sobre corrupção e improbidade,
Janot tem se desdobrado na avaliação dos indícios apontados pelo
delator. Eventuais medidas de quebra de sigilo serão levadas por Janot ao
Supremo Tribunal Federal, a quem cabe processar autoridades com
prerrogativa de foro, como deputados e senadores. (Estadão)
15 comentários
Eles são treinados em roubar, despistar os indícios, arrumar bodes expiatórios, negar tudo e ainda se fazer de vítima.
ReplyJá vimos centenas desses calhordas tendo esse mesmo comportamento diante dos próprios crimes.
Parece que as autoridades brasileiras responsáveis por pegar esses bandidos ainda têm muito o que aprender, para serem capazes de dominar essa corja.
Até parece que adianta este senhor oferecer a quebra dos seus sigilos fiscal, telefônico e bancário. O dinheiro, se pago, foi em espécie = dinheirinho vivo.
ReplyTendo a acreditar mais em quem fez a delação, do que em quem recebeu o $$$, principalmente se tratando de um senhor defensor de petralhas no Senado.
Chris/SP
A foto é infeliz. Dá a impressão que o acusado é o Aloysio que sai de cabeça baixa enquanto o verdadeiro acusado discursa de cabeça erguida com gestos de "vai embora" e a plateia atrás olha sisuda.
ReplyPensa este Humberto que somos bobos,como se o dinheiro fosse para a conta dele..
ReplyEste Pernambucano envergonha Pernambuco e o Brasill.
Eu me lembro quantos discursos ele fazia colocando a moral e a ética na frente. Raça de víbora,sepulcro caiado,isso sim o que ele é.
Ele vai abrir o sigilo da cueca tbm?
ReplyDele e dos assessores,além do'amigo de infância'.
Você está coberto de razão em seu comentário! Parabéns.
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ReplyO negócio, é cruzar as ligações telefonicas..
Assim: PRC ligou para X......X ligou para HC..SURPRESA....kkk
E de cofres escondidos, elle abre as mãos!!!!
ReplyCoronel,,
ReplyDepouis da fadinha de nariz de cheirar peido do Paraná, agora é a vez do pato rouco do Recife.
E vem mais gente!!!
Coronel,
ReplyEsta RATAZANA VERMELHA está falando que abre mão do sigilo bancário pq tem certeza de que nada passou por lá. Esta grana veio em espécie provavelomente nas CUECAS DO IRMÃO DO GEBUÍNO.
O problema dos petralhas é achar que engana todo mundo o tempo todo .
ReplyO danadão já está até " de mãos ao alto", rendendo-se. Sabe que vai chegar a hora.
Replykkkkkkkkkkkkkkk!!!
ReplyHonra e dignidade!Ele tem?Sangue suga!Máfia dos vampiros!Capacho do Lula e da Dilma
ReplyCoronel, não sei se alguém já comentou mas: os pagamentos do esquema PETROLÃO poderiam ser via "palestras internacionais pagas por empreiteiras amigas"? Há como investigar isso?
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