O presidente nacional
do PSDB e pré-candidato à presidente da República, senador Aécio Neves,
criticou nesta segunda-feira (2) o governo federal pelo improviso na realização
de obras de infraestrutura e mobilidade urbana previstas para a Copa do Mundo.
Durante entrevista organizada pelo portal Estadão em parceria com o grupo
Corpora em São Paulo, Aécio afirmou que a presidente Dilma inaugura obras
inacabadas na tentativa de enganar a população, como ocorreu na reforma do
aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.
“O Brasil hoje é o Brasil do improviso. É um cemitério de
obras abandonadas por toda parte. Vejo o açodamento do governo inaugurando
obras pelo meio do caminho como se pudesse enganar a realidade e os
brasileiros”, afirmou Aécio Neves.
Para Aécio, o atual governo terá de responder porque não
conseguiu realizar o que foi prometido, lembrando que mais de 60% das obras de
infraestrutura e mobilidade não ficarão prontas. “O que vai ficar do ponto de vista externo, fora campo, isso
sim é que será cobrado do governo, porque menos de 40% do que foi prometido,
assinado pelo governo, será entregue. As
obras de infraestrutura, o legado de mobilidade, as obras na saúde e tantas
outras ficaram pelo meio do caminho”, criticou o tucano.
A série de debates organizada pelo portal Estadão reuniu
cerca de 300 empresário em um hotel da capital paulista. A entrevista foi
acompanhada pelo diretor do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pelo
presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, entre outros líderes empresariais.
O presidente nacional do PSDB avalia que o resultado do
Brasil na Copa não terá impacto sobre a eleição. Aécio afirmou que vai torcer
pela seleção e para que o país tome um novo rumo a partir de outubro. “O Brasil
pode e tem chance de ganhar em campo. E vamos ganhar em campo e dar alegria aos
brasileiros e vamos ganhar em outubro tirando esse governo que está aí. As duas
coisas são compatíveis e até mesmo complementares”, ressaltou Aécio Neves.
Aparelhamento do Estado
Ao comentar os atrasos e as promessas não cumpridas pelo
governo federal em relação à Copa do Mundo e a outros projetos, Aécio disse que
a presidente Dilma virou refém do gigantismo da máquina pública, hoje com 39
ministérios. O presidente nacional do PSDB atribui os problemas ao
aparelhamento político feito pelo PT nos órgãos federais.
“O aparelhamento do Estado brasileiro, que hoje atende a um
projeto de poder e não de país, é o mais nocivo de toda a nossa história
republicana. O aparelhamento alcancou instituições como o IPEA, a Embrapa, o
IBGE e está em toda a administração pública. O que acontece no Brasil é
vergonhoso. A ausência de limites deste governo deve, sim, ser motivo de
preocupação não apenas oposição, mas de toda a sociedade brasileira”, alertou
Aécio Neves.
Custo Brasil
Durante a entrevista, Aécio avaliou os gargalos da
infraestrutura nacional e apontou caminhos para recuperar a competitividade na
indústria. De acordo com a CNI, a participação do setor na composição do PIB
caiu de 48% para 25% nos últimos anos. O pré-candidato do PSDB a presidente da
República também abordou a necessidade de uma reforma tributária, a falta de
acordos internacionais de livre comércio, os desafios do agronegócio e as
falhas do setor energético.
Para Aécio, o país precisa resgatar a gestão pública
eficiente e reduzir ao máximo o chamado custo Brasil. “Guerra ao custo Brasil.
Essa é uma necessidade urgente de quem queira governar com seriedade e
responsabilidade o Brasil. Isso passa pela questão tributária, passa pela
questão da segurança jurídica, pela infraestrutura e da criação de um ambiente
adequado para parcerias com o setor privado”, ressaltou Aécio Neves. (Tucano.org)
1 comentários:
Esse cara é o melhor, não há dúvidas. Eduardo Campos é um comunista, quem teria coragem de votar nele? Só louco, idiota ou comunista. E aliado com a Marina a coisa fica pior ainda.
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