Em conversa com deputados estaduais, o governador Eduardo Campos
(PSB-PE) disse que está havendo um "esforço incomum" do PT e do governo
federal para evitar sua candidatura à Presidência no ano que vem. "Eu sei que eles vão me jogar na cerca, mas eu vou arrebentá-la", disse a interlocutores ouvidos pela Folha.
Ontem, no Recife, Campos foi a estrela de um evento que reuniu
integrantes de Assembleias de todo o país. Nele, voltou a falar como
candidato e repetiu o bordão de que "o Brasil pode mais". O desabafo contra o PT e o governo federal se deu em conversas
reservadas. Ao longo do dia, deputados participaram de audiências com o
governador e fizeram fila para cumprimentá-lo. Nos últimos dias, num sinal interpretado por aliados como uma tentativa
de estrangular a sua candidatura, governadores do PSB manifestaram apoio
à reeleição de Dilma. Foi o caso de Camilo Capiberibe (AP), Renato
Casagrande (ES) e, como já fizera antes, Cid Gomes (CE).
Para o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), líder do PSB na
Câmara e um dos principais defensores da candidatura de Eduardo Campos,
as resistências no próprio partido "têm o dedo do governo e de gente do
PT". "Infelizmente, é uma pressão velada que tem interferido na reflexão de
muitos quadros nossos. Pressão sobre projetos, financiamentos, uma série
de coisas", disse o deputado anteontem.Para o Palácio do Planalto, a candidatura de Campos representa um
desconforto ao projeto de reeleição de Dilma, já que o pernambucano
poderia abocanhar votos no Nordeste e aumentaria a probabilidade de
segundo turno.
Ontem, Campos fez uma palestra de mais de duas horas para deputados
estaduais na qual foi interrompido por aplausos ao menos dez vezes. O tema era "equilíbrio federativo e desenvolvimento sustentável". No
entanto, o governador passou boa parte do discurso listando as
realizações de sua gestão, apresentada como réplica do que pode ser
feito pelo país. Pela manhã, Campos teve reuniões com deputados estaduais. Falou em
"fazer uma reflexão sobre o momento da vida brasileira", "enfrentar os
gargalos de infraestrutura" e aumentar as receitas para Estados e
municípios, citando o que fez no governo.
"Foi extraordinário. Ele falou aquilo que nós, parlamentares, prefeitos e
vereadores, queremos discutir", disse o deputado estadual Joares
Ponticelli (PP-SC). Campos também repetiu que é preciso reconhecer avanços dos governos
Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso, a quem atribuiu os méritos no
controle da inflação na década de 1990.(Folha de São Paulo)
6 comentários
a "democracia" petista eh assim mesmo...
Replyeles não querem sequer disputar contra seus adversários...
querem IMPEDIR que hajam adversários...
Nesse penúltimo parágrafo está o grande perigo: enfrentar os gargalos da infra estrutura e AUMENTAR AS RECEITAS PARA ESTADOS E MUNICIPIOS.
ReplyPor quê esses babacas não falem em reduzir o pêso do estado?
Coronel,
ReplyO Dudu demorou a sacar o PT!!
Vai ser cremado vivo!!!
JulioK
Ô, tadinho!!!
ReplySerá que não sabia com que espécie de gente estava lidando?
Tadim dele, agora reclama, mas na hora de fazer acordos, tapinhas nas costas, troca de favores e dim dim .... não reclamam ne.
ReplyBem feito, tá dormindo cm o inimigo e acorda molhado e achava que fosse acontecer o que ?
Ele só chama esse esforço petista prá minar sua candidatura de incomum porque sempre esteve juntinho da turma do mensalão. Nunca ligou quando tal esforço era direcionado a outros. Querer se fazer de surpreso e indignado só porque agora virou alvo não passa de oportunismo. E todos sabemos que se esse esforço for bem sucedido, ao invés de combater o PT, estará juntinho de seus algozes no palanque da Dilma. Quem te conhece que te compre, Dudu Buarque!
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