O Supremo Tribunal Federal deve encerrar na sessão de hoje do julgamento
do mensalão a discussão sobre lavagem de dinheiro. Faltam os votos dos
ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello e do presidente, Ayres Britto. Em seguida, se houver tempo, será iniciada a votação da penúltima
"fatia" do julgamento, que trata dos pagamentos feitos ao publicitário
Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes. Eles são acusados de
lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na última quinta-feira, os sete ministros consideraram que não havia
provas para condenar o ex-deputado Professor Luizinho (PT-SP), ex-líder
do governo na Câmara, e os assessores Anita Leocádia e José Luiz Alves. Os votos se dividiram quanto aos três outros réus da lavagem de dinheiro
-os ex-deputados petistas Paulo Rocha (PA) e João Magno (MG) e o
ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto: o relator Joaquim Barbosa e
o ministro Luiz Fux votaram pela condenação, enquanto o revisor Ricardo
Lewandowski e os outros quatro os absolveram.
Se os três ministros que votam hoje se manifestarem a favor da condenação, haverá empate. Essa situação tende a beneficiar os réus, mas só será resolvida ao final
do julgamento -uma corrente defende que Ayres Britto, como presidente
da corte, dê o voto de desempate. Caso um dos três ministros vote hoje pela absolvição dos réus, a maioria
estará formada. Será o primeiro capítulo rejeitado pelo plenário de
toda a denúncia sobre o esquema de desvio de verbas públicas para a
compra de apoio político ao governo Lula. O principal ponto a gerar debate e impasse nesse capítulo é a existência
ou não de provas de que os acusados sabiam da origem ilícita
("valerioduto") do dinheiro -elemento fundamental para caracterizar a
lavagem.
Segundo a denúncia do Procurador-Geral da República, o publicitário Duda
Mendonça -responsável pela campanha vitoriosa de Lula à Presidência em
2002- teria recebido R$ 11 milhões do esquema do mensalão, dinheiro não
declarado à Receita. Uma parte dessa quantia teria saído do país de maneira ilegal. Sua sócia, Zilmar, sacou R$ 1,4 milhão para Duda e teria efetuado transferências clandestinas para o exterior. A defesa dos dois nega que haja irregularidade nas remessas e afirma que
nenhum dos dois sabia da origem ilícita dos recursos, que, de acordo
com eles, se destinavam ao pagamento de dívidas de campanha. Na semana que vem, o Supremo deverá enfrentar a última "fatia" temática
do processo: a que trata da formação de quadrilha entre os núcleos
político, operacional e financeiro.
Nesses mais de dois meses de julgamento, o Supremo já condenou 25 dos 37
réus pelos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato, gestão
bancária fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Entre os condenados está o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu,
apontado como o chefe do esquema, e o ex-presidente do PT José Genoino. Em seu voto, o ministro Celso de Mello, decano do tribunal, chegou a chamar o mensalão de "macrodelinquência governamental".(Folha de São Paulo)
2 comentários
É CORONEL, temos que avisar à essa Gente ObPTusa e Pestiatta, que Seriedade, Honradez, Lisura, Altruísmo, Retidão, Hhonestidade, Não Lhes Pertencem mais, Nem aos Olhos da Lei, como mostram as CONDENAÇÕES do seu PT no 5TF, resta à esse IDIÓTAS PESTIATTUS, insistirem na IMORALIDADE PESSOAL, na MEDIOCRIDADE EXISTENCIAL que ainda lhes resta viver..
Reply
ReplyCaro Coronel,
Segue link para artigo “Ayres Britto não delira, a Justiça é que se impõe”,
Paulo
http://paulomarcioramos.blogspot.com.br/2012/10/ayres-britto-nao-delira-justica-e-que.html