Em meio a um clima de pressão, ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal) tentam definir uma estratégia para evitar que medidas dos
advogados dos réus provoquem atrasos no julgamento do mensalão, marcado
para começar na quinta-feira. Uma alteração significativa no cronograma já estabelecido pode
impossibilitar a participação do ministro Cezar Peluso, que pela lei tem
que se aposentar obrigatoriamente até 3 de setembro, quando completa 70
anos.
Os ministros discutirão o que fazer com possíveis questionamentos da
defesa em sessão administrativa do STF amanhã, véspera do início do
julgamento. Uma das decisões que os ministros devem tomar é a de que
nenhum deles apresentará pedidos de vista durante o julgamento. Ontem, os advogados e ex-ministros da Justiça Márcio Thomaz Bastos e
José Carlos Dias, que defendem ex-diretores do Banco Rural que são réus
na ação, protocolaram pedido de acesso aos autos para examinar
documentos entregues na semana passada pelo procurador-geral da
República, Roberto Gurgel.
Os documentos resumem as teses da acusação e destacam as principais
evidências apresentadas contra os réus. Bastos e Dias argumentam que a
defesa tem direito à última palavra no processo e por isso pediram
acesso aos documentos do procurador. O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, decidiu dar acesso aos
documentos a todos os advogados dos réus a partir de hoje. Em nota
divulgada na tarde de ontem, Bastos e Dias disseram que seu pedido de
vista "não ensejará qualquer tipo de adiamento do julgamento".
Mas existe entre os 11 ministros que compõem o STF o receio de que
pedidos como esse prolonguem o julgamento ou até mesmo adiem seu
desfecho para o próximo ano. Eles avaliam que a presença de Peluso é importante porque,
independentemente de sua posição sobre o caso, o ministro é um dos que
mais entendem de direito penal. Há também muita expectativa com o que pode acontecer nos primeiros dias
do julgamento. A principal dúvida é sobre o voto do ministro Ricardo
Lewandowski, que é o revisor do processo. Desde que ele prometeu fazer um "contraponto" ao relatório de Barbosa,
colegas de Lewandowski temem que ele use seu voto para rebater as
conclusões do relator do processo, acirrando as posições no início da
votação.(Folha de São Paulo)
1 comentários:
O Toffoli é suspeito e todos já sabem o porque.
ReplyO levando-o-dele foi levado ao cargo de ministro pela república de SBCampo.
Na minha opinião também é suspeitissimo, é cria da muda-inutil.
Sei não, coisa feia, justiça suspeita, só mesmo aqui no Brasil.
Todos juntos vamos, pra frente Brasil, salvem a união.