Último dia para emendar alguns absurdos do Código Florestal.

Hoje vence o prazo para que sejam protocoladas as emendas ao Código Florestal, pela Câmara dos Deputados. Apenas a Frente Parlamentar da Agropecuária já tem mais de sessenta mudanças redigidas. Vejam qual é o clima no Campo do Brasil, na matéria abaixo, da Folha de São Paulo.

As normas do novo Código Florestal já levam incerteza e preocupação à afastada comunidade rural da Ilha da Paciência, no interior gaúcho. Formado por pequenas propriedades de até 50 hectares, o local precisará ter margens de rios recompostas com vegetação, conforme estabelece a nova lei. Os produtores afirmam que as terras foram desmatadas no início do século 20, época de seus bisavós, e que vão ter que pagar uma conta alheia. Acessível apenas por balsas, a comunidade, na cidade de Triunfo (75 km de Porto Alegre), é uma ilha fluvial com dezenas de pequenas lavouras de arroz e milho e pastos de criação de animais.

Um dos proprietários é Sílvio de Azevedo, 47, que possui cerca de 12,5 hectares. Algumas de suas áreas nas imediações do rio praticamente não têm vegetação. "Se fizerem as margens que estão querendo, daqui a pouco o país vai ter que importar comida. Essas contas eles não chegaram a fazer", diz o agricultor, ecoando argumento da bancada ruralista no Congresso. Apesar de ter obtido financiamento do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), Azevedo diz que suas lavouras quase não dão lucro. "Se tirar 30 ou 40 metros [nas margens], vão tirar 30% das terras que planto."

A opinião é recorrente entre os vizinhos. Para Azevedo, que diz não "entender muita coisa" do debate técnico sobre o Código, os governos estão "se lixando" para quem vive no campo. Pela modificação do Código assinada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada, pequenos proprietários devem recompor uma faixa de cinco a 20 metros ao longo dos leitos dos rios. No caso específico de Azevedo, que possui menos de um módulo fiscal, será preciso recuperar uma faixa de cinco metros.

Na ilha, o assunto chegou por meio de boatos, dizem agricultores. As implicações das novas regras só ficaram mais claras após reuniões com entidades de classe. Os agricultores da ilha culpam mineradoras que extraem areia do rio pela erosão e degradação das margens. A agricultura familiar é uma das principais fontes de renda de Triunfo. O sindicato rural local diz receber todo dia produtores apreensivos com as novas regras e eventuais gastos adicionais. "É uma interrogação. Não sei como muita gente vai fazer isso, plantar e deixar o resto [a margem de rio] criando brejo", diz o sindicalista Auro de Souza, também produtor na Ilha da Paciência.

7 comentários

Cel.

A Câmara dos Deputados tem a responsabilidade de impedir estas injustiças. O pequeno agricultor não pode ser prejudicado desta forma, não pode ser onerado.


Chris/SP

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Coronel, sei que sua posição em relação ao Código é sempre favorável aos agricultores e pecuaristas.
No entanto, quando falamos em "margem ciliar" dos rios, temos que ser justos com toda a população. Se não houver um minimo de vegetação às margens dos rios, sejam pequenos, médios ou grandes, toda a sujeira produzida nas ruas irá faltalmente cair nos rios. Sem contar que haverá o natural assoreamento por falta das barreira naturais, fazendo alguns rios desaparecerem e ocasionando as enchentes urbanas e rurais.
Um pouco de bom senso é necessário, sem ser preciso ser um eco-chato ou um ongueiro sinistro.
Usar a ciência e usar o conhecimento vai fazer com que todos vivam melhor.

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Caro Coronel

Acho mais do justa a preocupação dos plantadores de arroz, mas porque o sindicato petralha deles não "TIRA A BUNDA DA CADEIRA" e vai apertar o saco dos seus deputados, também petralhas e da Madame Satã, este que por sinal, deve estar bem cheio com a pressão dos ongueiros imbecis e os marineiros safados.
Se os sindicatos de classe, que são a base de apoio de 11 em cada 10 congressista petralha não conseguir mudar nada, quem poderá mudar?

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OFF TOPIC (nem tanto)

Coronel


Por falar em ongueiros imbecis e sindicatos petralhas veja só este absurdo, e depois chamam a gente de homofóbico.
É ou não uma cretinice.

http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/06/04/entidade-quer-hastear-bandeira-do-movimento-gay-na-prefeitura-de-presidente-prudente-sp.htm

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Ao anônimo 4 de junho de 2012 08:56

TODOS aqui do Blog do Coronel são justos e prezam pela democracia.

Sendo justo, o que me preocupa é que tipo de compensações os agricultores terão por terem o seu sustento prejudicado ou inviabilizado por um governo que no passado incentivava o desmatamento e por arroteamento feito gerações atrás.

Do jeito que está, o Código Florestal impõe aos agricultores, gente trabalhadora e honesta - e que não vota em comunistas -, um 'FODAM-SE, NÃO QUERO NEM SABER'.

A produção será inviabilizada nos pomares de Santa Catarina, o mesmo ocorrendo nos arrozais do Rio Grande do Sul, nos cafezais de Minas Gerais e Espírito Santo, e por aí vai.

Vamos ser justos. Podemos começar pela cidades com construções nas beiras de córregos canalizados, nas encostas cortadas, nos mangues aterrados... Há cidades como Rio de Janeiro e Vitória que estão cem por cento em APPs.

Os urbanóides e ambientalistas que aí vivem vão certamente querer compensações se forem despejados do seu quinhão improdutivo e impactante.

Vamos ser justos. Ambientalismo é meio de vida; os ambientalistas não estão nem um pouco preocupados com justiça. Fossem justos, estariam batendo pau nos países da Europa para implantar lei semelhante ao nosso Código Florestal.

Deve haver compensações pecuniárias e sociais aos refugiados ambientais. Se o agricultor for privado de tirar seu sustento da terra, então que ofereçam outro meio compatível a sua renda. Não é justo? A maioria dos produtores rurais sempre estive na legalidade. Por que a sociedade não quer pagar por isso?

A questão social nunca foi colocada em pauta na discussão do CF. Em países civilizados, o apelo social da lei ambiental da abrangência da nossa seria primordial, mas em terras tupiniquins não é nem secundária. Por quê? Porque nosso país é escroto, terra de ninguém.

O CF dos ambientalistas diz: FODAM-SE, AGRICULTORES. QUEREMOS VOCÊS VOTANDO FUTURAMENTE NOS PROGRESSISTAS.

Sim! A grande maioria dos ambientalistas e ongolóides são comunistas. O ambientalismo para eles é apenas ferramenta para seu projeto de poder, com privilégios, claro. Porque eles não são idiotas, são apenas fascistas covardes.

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Ilha fluvial é o rio e nunca teria de haver nenhuma atividade agropecuária, exceto cultivo de maconha (ilegal) e o governo teria que colocar os donos de áreas de ilhas fluviais, incluso a do Marajó e bananal em programas de reforma agrária, as pequenas áreas são antieconômicas se as leis forem respeitadas. O ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE DO INCRA NÃO LEVA EM CONTA AS APP E NEM AS APA, TERIA QUE HAVER PRODUÇÃO EM 100% da propriedade e no máximo possível de produtividade, os índices do INCRA e MST são acima até do legal, para a desapropriação de terras.
Com lei do trabalho escravo irá facilitar muito o MST e também eles devem ter até MUDAS DE MACONHA PRONTAS PARA TRANSPLANTAR EM PARTES DE ÁREAS A INVADIR e depois fazer "denúncia anônima" no disk 100 e os homens vêem a plantação, autuam o dono da área e caseiro por tráfico e a área fica de graça para o MST.

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*** melhor o disk 181 porque sempre é anônima e o telefone não é rastreado.
Os petralhas conhecem muito bem como plantar provas de crimes que dão a expropriação gratuita para o Incra e por tabela o MST, as pequenas glebas são chácaras anti-econômicas pois são subdivididas com o casamento dos filhos dos colonos, netos e as glebas de 100 ha acabam virando chácaras de um ou dois alqueires, o plantio de frutas finas, para exportação ao Japão e outros mercados que paguem bem por FRUTAS E LEGUMES PERFEITOS e com muitos sabor e zero de agrotóxicos.
Eles preferem pagar quinhentos reais por uma manga enorme de Okinawa ( ilha japonesa ), do que pagar 5 reais por uma manga da Colômbia, as do Brasil valem zero.
Eles são extremamente nacionalistas e preferem pagar caro pelo trabalho de um joponês que plante em estufas até mesmo o café.
A China ainda compra algum café do Brasil e Colõmbia, talvez seja por draw-back ( importar para produzir e exportar produtos agroindustriais como a Alemanha, o país que ganha mais dinheiro com café do mundo e a Suiça que ganha com chocolates.
A Alemanha não tem pés de café e a Suiça nenhum cacaueiro, compra da África a semente de cacau para a beneficiar.
Diferente dos africanos o Brasil tem forte agro-indústria e apenas o café é exportado em grãos, laranjas são vendidas como suco concentrado e aqui tem fábricas de chocolates, embora a reputação não tenha se formado. O Brasil nem produz Cacau, só 10% são nacionais, o coco é importado também da África, logo até as bananas serão africanas ou americanas ( de Porto Rico ).
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Os agricultores precisam de terra e os vagais petralhas precisam é de xilindró ( existem petralhas até no PSDB, como Perillo de Goiás ) e nem todo petista é petralha, uns 10% são idealistas e sonhadores que são como mulas encabrestadas pelos líderes petistas ( 99% petralhas ).
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- PETRALHAS VÃO TOMAR NO SEUS C**.

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