Ofensa à democracia.

Responsável pelo processo que levou à condenação de Cesare Battisti na Itália, o procurador-adjunto do Tribunal de Milão, Armando Spataro, acha que é "política" e "sem base jurídica" a decisão do ministro da Justiça, Tarso Genro, de dar refúgio ao ex-militante comunista. Para Spataro, uma das maiores autoridades italianas no combate ao terrorismo, as alegações de Tarso "ofendem a democracia italiana" e "comprometem a cooperação".Spataro falou à Folha de Milão. Surpreso com a notícia sobre Battisti, chegou a questionar se era verdade que o ministro alegara "fundado temor de perseguição política".

FOLHA - O ministro da Justiça, Tarso Genro, diz que Cesare Battisti é alvo de perseguição política na Itália e que não teve direito a ampla defesa. São acusações graves, não?

ARMANDO SPATARO - Obviamente respeito a avaliação da autoridade brasileira, mas não posso concordar com ela de modo algum. Falar de perseguição política de Battisti na Itália e de violação de seus direitos é simplesmente impensável. Essa avaliação ofende a democracia italiana e as vítimas dos ferozes assassinatos cometidos por Battisti. Acrescento que a Corte de Direitos Humanos da União Europeia julgou o processo de Battisti correto e respeitoso a seus direitos de réu.
FOLHA - Para o ministro, a condenação de Battisti foi resultado de um processo político. Concorda?

SPATARO - Afirmar que o processo de Battisti é político é algo absolutamente ridículo [em seguida, pediu para trocar "ridículo" por "inaceitável" para "não criar polêmica"]. Na Itália não existe tribunal especial como no resto do mundo e os terroristas são julgados pela Justiça comum. (...) Estamos diante de uma decisão política, que não tem base jurídica, e acaba por comprometer a eficácia da cooperação internacional contra todo tipo de criminalidade.

FOLHA - Battisti recentemente acusou o sr. de persegui-lo.

SPATARO - Comento decisões das autoridades políticas e judiciais. Mas não pretendo comentar de modo algum as declarações de Cesare Battisti, que é um assassino puro.

7 comentários

Coronel,

E o caso da família de Celso Daniel que estaria exilada na França?

Não caberia à gande imprensa no Brasil, apurar e denunciar o fato?

Onde estão os Direitos Humanos que aeita essa situação?

Sumy

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Cada dia mais me convenço que a biografia de Lula é muito semelhante à de Kruchov:

- mal alfabetizao;
- não tinha conhecimento do mundo fora da URSS;
- mal educado;
- racista;
- e foi posto para fora por incompetência na adminsitração da economia soviética.

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Israel, Itália...
A dica é: começa com 'i'.

Por pouco não começou com 'i' de Inglaterra... sobrou gás.

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Fica minha sugestão ao Sapataro: cancelar o passaporte e a cidadania de certos parentes do ratazana-mór que furaram a fila dos descendentes de italianos.

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Apenas para informar, um reporter da Rede Globo perguntou se o argumento usado no caso não valia para os boxeadores cubanos.

Faltou apenas para o reporter informar que os nazistas petistas só fazem o que a ideologia neonazicomunista do Foro de SP manda.

Parabéns esquerdistas brasileiros. Enfim, conseguiram o que queriam: Transformaram o Brasil na sua URSS caribeha particular. Daqui para pior, pois em tal regime comunista, ninguém de fora irá querer investir no país.

Veremos se o Brasil aguentará o tranco que está por vir. Afinal, nem a toda poderosa URSS aguentou.

Sem mais verdades...

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Acrescento que a Corte de Direitos Humanos da União Europeia julgou o processo de Battisti correto e respeitoso a seus direitos de réu.

Eis a alma da Injustiça: o réu tem direitos, tem um processo respeitoso, coisa que as vítimas nunca têm,nem quando estão sendo executadas...
Que tipo de humanismo é esse que só admite pena de morte pro lado da vítima?
Pra mim,humanismo desse jeito, dispenso.

¬¬
lia

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Coronel, ontem a noite na Globo News a comentariasta da política disse que o governo italiano não está tão interessado assim neste caso e que isso só repercurtir por uns 3 dias e depois será caso encerrado.E agora?DJ

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