A lama das fundações universitárias.

O Estadão publica reportagem sobre o antro de corrupção em que se transformaram as fundações universitárias, braços de arrecadação financeira para as elites acadêmicas, que quintuplicam os seus ganhos em cima de projetos de capacitação, cursos de pós-graduação e serviços para o meio empresarial. Quem fez um mestrado ou um doutorado em universidade federal sabe muito bem que os professores utilizam seus orientandos de dissertações e teses como mão-de-obra escrava para darem aulas à graduação, enquanto eles dedicam-se a ganhar "por fora". E atenção: não há exceções. Não são apenas 29% das fundações. O número certo é 100%. Recebendo mais de 70% das verbas da educação, o ensino superior público não poderia ser mais ineficiente. Além de produzir pouco conhecimento na forma de artigos e publicações, de participação pífia em redes de pesquisa, só mantém a qualidade de ensino em função da qualidade dos ingressantes, selecionados na base de 50x1 no vestibular, uma garantia de alunos muito acima da média. Escoram-se, esta fundações, no fato de que a sua contratação por órgãos públicos não exige licitação, podendo ser simplesmente escolhidas de acordo com a sua capacidade. Capacidade de pagar jabás para administradores públicos corruptos. É uma das coisas mais nojentas deste país. Leia aqui a matéria.

11 comentários

Pois é Coronel. O domingo começou com o pipocar de novos "causos". É intrigante.
Parece que a coisa está realmente fora de controle.

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Coronel

Em todas as universidades, quando o aluno faz a sua tese de licenciatura ou de mestrado, e antes disso, trabalhos cujo tema foi escolhido pelo professor, repito, todos esses trabalhos são normalmente aproveitados pelo professor para ajudá-lo na sua tese de doutoramento.

Mais. As notas atribuídas nas teses de licenciatura ou mestrado, muitas vezes dependem de favores sexuais. Não digo que sejam 100% dos professores que usam essas técnicas putativas, mas uma grande maioria faz isso. Estou falando na área das ciências sociais. Noutras áreas, tive conhecimento, mas não consegui comprovar, dada a delicadeza do assunto e constrangimento do aluno ou aluna.

È um "mundo cão".

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Gente do céu...
A denuncia do anonimo ai de cima é gravissima....
Socorro, policia...urgente. Aprovação de teses dependem de favores sexuais?
O povo é torturado de todas as formas...Misericordia!!!!!!!

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CORONEL,

Durante muito tempo acreditei que os professores eram uns abnegados,ganhavam pouco,etc.
Quando me reconectei com as universidades,devido a mestrados e ingressos de pessoas do meu núcleo familiar,percebi toda a sujeira relatada nesta matéria que vc comenta.É a mais pura verdade!
Ouso dizer que,como bem lembrou o colega Filoxera,os professores perderam totalmente a compostura,em todos os níveis,com RARÍSSIMAS excessões,o que é mais assombroso.
Mudei radicalmente de opinião e torço para que,um dia,apareça um Presidente com coragem e tire das abas do Estado TODAS as universidades.Bom ensino fundamental e profissionalizante para todos e universidade paga para quem quer e tem aptidão para o ensino superior.Quem deseja,realmente,fazer uma universidade,estuda e trabalha,como tantos já o fizeram e fazem.Nem todas as pessoas têm perfil universitário e não há desabono nesta característica,é assim mesmo.Os jovens são empurrados para um vestibular e muitos gostariam de fazer outra coisa e serem felizes por outros caminhos.Para que tantos "doutores" jogados em um mercado de trabalho saturado?A maioria não sabe nem se cuidar,não sabe lavar uma roupa ou consertar uma torneira.
Esta cultura que vivemos só beneficia e deixa milionários os donos de escolas,os professores,todos,inclusive das escolas particulares,pendurados nas verbas governamentais,que nunca é demais dizer,é o nosso dinheiro.

Abraços, ANA.

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O senhor é educado Coronel.
Lama é um termo muito suave. Considerando o nível de nossas "universidades" a designação mais apropriada seria fossa séptica!

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Trabalhei muito anos em uma das maiores fundações da USP e sou testemunha de que tudo o que foi exposto. É a pura verdade, e não fica só ai.

Além de funcionarem como uma ponte para transferencia de recursos públicos para ONGs e competirem com a universidade pública com cursos pagos (MBAs, especializações, etc.) (lecionados pelos próprios professores da universidade, em muitos casos dentro da própria universidade), as fundações são um balcão de negócios para os professores em tempo integral.

Nesse caso a coisa funciona assim: (a) o professor abre uma empresa A em nome da mulher ou pessoa de confiança; (b) uma empresa B contrata o professor (e uso de recursos da universidade) através da fundação, através de um "projeto" (isso parece estranho, mas é o que acontece); (c) o professor, como tem muitas limitações para receber $$$ em seu nome, sub-contrata a sua própria empresa A, através da fundação, para prestar consultoria ao projeto , repassando para A o dinheiro que recebeu em seu projeto da empresa B.

Na USP não é incomum alguns professores em tempo integral receberem mais de R$ 100 mil por mês nesse esquema. Em alguns casos, empresas privadas tem grupos inteiros da USP trabalhando como se fossem suas subsidiárias (ex. relação USP e BMF).

No fundo isso acontece para reduzir custos para essas empresas privadas, burlar restrições trabalhistas (usando estágiarios e alunos) e usar o nome da universidade para dar credibilidade aos resultados de atividades que nada justificam estar dentro da universidade. E a justificativa é sempre os "grandes frutos" da pesquisa que dai sairá (e em geral sai muito pouco).

E, o mais grave, é que esse esquema acaba atraindo os melhores alunos da graduação e da pós graduação para participação nessas atividades de cunho eminentemente privado, deixando a pesquisa de interesse público de lado.

As fundações são verdadeiros cancros que se instalaram em nossas universidades públicas e deveriam ter seus convênios com essas (o que viabiliza a mamata) simplesmente cancelados por alguma via legal.

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Orlando,

Tá pensando que o teste do sofá é só pra atriz?

Sexo por nota é mais velho que a ilha da casca[ ui, que menesês!]

Me lembro dos idos de 70, IEE, maior colégio estadual de SC, um professor de Matemática,negão bom pra acete( em Matemática!!!) foi pego no banheiro com uma aluna em plena negociação...
Ele tb lecionava na ETEFESC,era um craque.Desenhava no quadro um círculo com todas as funções trigométricas que era uma obra de arte, a mão livre!, dava pena apagar depois.
De lá pra cá,imagino como andam as coisas, com toda a liberdade 'sequiçual' de uns tempos pra hoje,nem fica falada mais, vira troféu...E pior que vale pra elas e eles, viu?

Haja vista a qdade de 'invertidos' nas escolas, em todos os níveis.
Vale tudo, mizifio, tudooo.

Lia

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Prezado Orlando Furioso

Pode acreditar que sim. Mas quem não quer um diploma com uma nota excelente?

Conheci uma senhora divorciada, cuja beleza fisica era generosa, que refez sua tese de licenciatura quatro vezes, mas não cedeu. Claro, teve uma nota académica, o minimo possível. E já não falo dos professos gays, que como os hetero, não se coibem de exigir favores sexuais.

Como disse e repito: è um "mundo cão".

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Este comentário foi removido pelo autor.
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trigonométricas*, credo, faltou um pedaço dijaoji.

Lia

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