No ano do julgamento do mensalão e de eleições com a Lei da Ficha
Limpa, o Brasil melhorou quatro posições no ranking de 176 países com
menor percepção de corrupção no setor público e alcançou o 69º lugar. Os
dados foram divulgados na terça-feira, 4, pela ONG Transparência
Internacional. Neste ano, o topo do ranking foi compartilhado por Dinamarca,
Finlândia e Nova Zelândia, com 90 pontos em uma escala de 0 a 100, em
que 0 representa um país considerado por especialistas como muito
corrupto e 100, muito limpo. Apesar dos avanços, como a Lei de Acesso à
Informação e as recentes condenações de políticos, o Brasil obteve
apenas 43 pontos no índice.
Pelo levantamento, o País faz parte do grupo de 117 Estados ou
territórios com a avaliação menor do que 50. Na América Latina, o
desempenho do Brasil ficou bem atrás do Chile e do Uruguai, que
dividiram a 20ª posição no ranking, ambos com 72 pontos. Os dois países
estão acima de Espanha, Portugal e França."Houve uma grande melhoria, mas creio que para um país tão importante
em termos políticos e econômicos como o Brasil, que deveria servir de
exemplo para a América Latina, é preciso fazer mais esforços", afirma o
diretor Regional para a América Latina da TI, Alejandro Salas.
De acordo com Salas, o Brasil está progredindo porque, diferentemente
de outras nações, agiu simultaneamente na criação de leis que combatem a
corrupção e no Judiciário reduzindo a impunidade. "O caso do mensalão é
importante porque a Justiça está mostrando que aqueles que são
poderosos e ricos também pagam", diz ele.
Os gargalos de corrupção que ainda rebaixam o Brasil a níveis
inferiores aos da República Dominicana e da Costa Rica, segundo Salas,
estão na administração pública no interior do País. Outros dois
problemas seriam a polícia e as licitações, principalmente às vésperas
da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A corrupção no Brasil, para Salas, é também uma questão de
mentalidade. "Os brasileiros têm que entender que a corrupção não é só o
dinheiro que roubam os políticos. Falta que os cidadãos, que muitas
vezes são parte do problema, também sejam parte da solução", afirma.
Em 2012, Afeganistão, Coreia do Norte e Somália dividem a última
posição da lista (174ª). Segundo nota da TI, nesses países, que já
estavam no final da classificação no resultado anterior, "faltam
lideranças confiáveis." A ONG alerta que a metodologia do índice, que usa opiniões de
analistas, empresários e investidores, varia ao longo dos anos e que não
é possível fazer uma comparações de longo prazo.(Estadão)
8 comentários
Por certo o Brasil está MENOS corrupto porque esta nascendo MENOS gente. HO HO HO!
ReplyO Brasil está MENOS corrupto porque o MENAS está viajando no exterior.
ReplyCom passaporte e malas diplomáticos.
ja fomos mais corruptos do que tudo isso que existe hoje em dia???
Replye como conseguimos sobreviver?
Se o levantamento foi realizado antes do escândalo Rose, já pioramos de novo.
ReplyTree
Cel,
ReplyNao podemos acreditar em levantamentos, previsoes, indices, ibop tudo que se relacionar com esse governo mentiroso e corrupto. Tudo neste Brasil de LUla e manipulado inclusive a imprensa que abafa e coopera com essa podridao que estamos vivendo.
Discordo dos comentaristas anteriores.
ReplyEstá menos corrupto porque o roubo está institucionalizado.
É parte do governo.
Deixou de ser feito escondido, passou a ser o modus operandi da quadrilha que tomou o executivo.
E além disso só se corrompe o que é bom. O que sempre foi podre não tem como corromper, já nasceu ruim.
Se a condenação de um punhado de bandidos ja faz o indice cair,podemos acreditar entao que logo em breve estaremos vivendo no melhor dos paraisos,não? Levantamento hipócrita esse, que só serve para "acalmar" o povão, fazendo-o acreditar que estamos perto da solução. Pobre Pais o nosso.
ReplyISTO É OU NÃO É UMA VERGONHA!!!
Reply05/12/2012 - às 15:45
Rosegate – Planalto manda, e comissão da Câmara decide nem fiscalizar nem controlar
A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara nem fiscaliza nem controla. Os deputados Vanderlei Macris (PSDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE) fizeram o óbvio e apresentaram requerimentos para ouvir as principais personagens do “Rosegate”, a saber: Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de Gabinete Regional da Presidência da República; José Weber Holanda, ex-advogado-geral-adjunto da União; Paulo Vieira, ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas) e Rubens Vieira, ex-diretor de Infraestrutura da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
A orientação para evitar a convocação dessas pessoas partiu do Palácio do Planalto, que, de fato, não quer investigar coisa nenhuma. A Câmara, assim, se coloca como mero quintal das manobras do Executivo.
Por Reinaldo Azevedo
Chris/SP