Mais um executivo admitiu à Polícia Federal nesta terça-feira que
pagou propina ao doleiro Alberto Youssef e ao ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Depois que Erton
Medeiros, diretor de Óleo e Gás da Galvão Engenharia, confessou a
prática, foi a vez de Sérgio Mendes, diretor-presidente da Mendes
Júnior, declarar aos policiais que pagou R$ 8 milhões a Youssef entre
julho e setembro de 2011, a mando de Costa. Os dois executivos afirmam
que foram extorquidos e que poderiam perder contratos se não pagassem o
valor pedido.
Mendes prestou depoimento na sede da PF em Curitiba durante três
horas. Segundo seu advogado, Marcelo Leonardo, que acompanhou a oitiva,
Mendes disse que foi ameaçado por Youssef e Costa: se não pagasse
propina, não conseguiria fechar novos contratos com a Petrobras e não
receberia o pagamento dos contratos que já estavam em vigor — na época, a
construtora Mendes Júnior havia sido contratada para fazer a Refinaria
Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. O pagamento foi dividido
em quatro parcelas de R$ 2 milhões.
O
presidente da construtora disse que foi apresentado a Youssef pelo
ex-deputado federal José Janene (PP), que morreu em 2010 — o doleiro
trabalhava como arrecadador para as campanhas do PP. Ainda falando aos
policiais federais, Mendes afirmou que desconhece a formação de cartel
entre as construtoras. De acordo com ele, todos os contratos que a
Mendes Júnior ganhou foram por meio de licitações. O executivo declarou,
ainda, que não teve nenhum contato com o ex-diretor de Serviços da
estatal, Renato Duque, nem com o ex-diretor da área internacional,
Nestor Cerveró.
Ao ser questionado porque seu cliente não fez a denúncia de pagamento
de propina antes, o advogado Leonardo respondeu que isso não foi
perguntando a seu cliente durante o depoimento. Ele disse que todos os
contratos firmados entre a Mendes Júnior e a Petrobras foram entregues à
Polícia Federal. — Ele (Sérgio Mendes) está tão disposto a colaborar que veio
diretamente a Curitiba se entregar. Não houve proposta de delação
premiada feita pela PF — disse o advogado.
O advogado Antônio Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto
Youssef, afirmou que não iria comentar a acusação do empresário Mendes: — Isso é uma tese de defesa. Não vou comentar a tese de defesa de outros indiciados. Basto afirmou que vai pedir a prisão domiciliar de Youssef, que está
com problemas cardíacos. Também disse que, como seu cliente é delator do
esquema de corrupção, está em uma cela especial, longe dos demais
presos, embora não veja risco para ele: — Aqui ninguém é marginal para agredi-lo.
O
criminalista José Luis de Oliveira Lima, advogado do diretor de Óleo e
Gás da construtora Galvão Engenharia Erton Medeiros, investigado no
âmbito da Operação Lava-Jato, informou nesta terça-feira que seu cliente
também confirmou ter pagado propina ao ex-diretor de Abastecimento da
Petrobras Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef, após ser
extorquido pelos dois. O depoimento de Medeiros foi prestado na
segunda-feira.
Segundo Lima, a empresa obteve contratos com a Petrobras “de forma
lícita”, mas depois disso passou a ser vítima de extorsão e concussão
(ato de exigir para si ou para outrem, dinheiro ou vantagem em razão da
função que ocupa). — Se ele denunciasse o que estava acontecendo, era ameaçado de perder
os contratos. Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef estão longe de
serem “Madres Teresas de Calcutá” — ironizou o advogado.
Lima afirma que o temor de perder a receita garantidora do
funcionamento da Galvão Engenharia fez com que Medeiros aceitasse as
condições impostas pela dupla. — Você colocaria 10 mil funcionários na rua? O empresário era ameaçado constantemente — afirmou Lima. No depoimento, que ocorreu nesta segunda-feira, Medeiros também
afirmou que destino de parte do dinheiro foi o Partido Progressista
(PP), que integra a base aliada do governo Dilma Rousseff, segundo
reportagem publicada nesta terça-feira pela “Folha de S.Paulo”.
UTC NEGA PARTICIPAÇÃO
Alberto Toron, advogado do Ricardo Pessoa, presidente da UTC, que
prestou depoimento até 17h30 desta terça-feira, disse que seu cliente
desconhece o pagamento de propina ao doleiro Youssef ou a diretores da
Petrobras. Segundo Toron, Pessoa tinha apenas negócios legais com
Youssef, uma sociedade num hotel em Lauro de Freitas, na Bahia. O advogado afirmou que seu cliente não deveria estar preso: — É uma violência prisões feitas antes do julgamento. Isso só deveria
acontecer quando há risco de fuga ou de destruição de provas.(O Globo )
Todo mundo roubando tudo de todos, porém os grandes prejudicados somos nós os contribuintes.
ResponderExcluirNesta canalhice toda, surge o PT!
A maior organização criminosa em atividade no mundo ocidental, um recorde para brasileiro algum deixar de comemorar.
O maior problema de todos é o roubo do futuro da Nação: nenhum País sobrevive comandado por uma quadrilha como o PT. É inviável.
A solução é o desmantelamento radical do esquema, a troca deste desgoverno corrupto, e a prisão exemplar do Chefe e da gerente, a partir da comprovação de que eles, desta vez pelo menos, sabiam de tudo sim. Participaram? Rsrsrs...
como ? os empreiteiros entram numa concorrência, através de edital publicado no diário oficial, assinam contratos oficiais, têm trânsito livre em todos os ministérios, pagam a um analfabeto milhares de reais para que elle faça "palestras", levam o mesmo analfa em jatinhos para cuba e áfrica para elle "intermediar" contratos, compareceram à posse do luiz inácio e da dilma vana. e ai, submetem-se "à extorsão" de um aspone qualquer ? contem outra!
ResponderExcluirCoronel, só algumas perguntinhas:
ResponderExcluira) o que vai acontecer com os partidos políticos que receberam essa fortuna em propinas?
b) O que a lei dos partidos políticos fala a respeito?
c) não existe punição para os partidos?
d) e o pt, que é reincidente desde a época da campanha de lula, em 2002, quando recebeu grana vindo de contas do exterior, segundo Duda Mendonça, pertencente ao valerioduto?
Perguntar não ofende!!!!!!
"Si" Maquiavel tivesse conhecido o barba X9-dedos não escreveria "O Príncipe" e sim "O Apedeuta Safo" ou "O Ladrão de Consciências".
ResponderExcluir... Visto que não lhe posso fazer regalo maior do que lhe propiciar a faculdade de adquirir em tempo mui breve o aprendizado de tudo
quanto, em tão dilatados anos e à custa de tantos atropelos e perigos, hei conhecido... (O PríncipeMaquiavel).
— Aqui ninguém é marginal para agredi-lo.
ResponderExcluirAh é? E está preso por quê, então?
Lanterna
Isso é verdade. A corrupção na Petrobras é institucionalizada. Quem não concordar em participar do esquema não recebe Carta Convite. Além de porcentagem nos contratos, membros das comissões pedem reformas em casas, viagens, carros e até prostitutas. É nojento. Sei porque trabalhei numa empresa que é fornecedora da Petrobras.
ResponderExcluirPrezado Coronel, a desculpa de serem chantageados corresponde à desculpa do caixa dois do mensalão e bolada pelos mesmos criadores. Tem o dedo do advogado padroeiro dos corruptos. Não caiam nessa. Com a censura à imprensa já existente, a auto censura, a ameaça de perda dos anúncios do governo e das estatais e com a ameaça da perda de anuncio das empreiteiras, até o bloguista mais famoso da Veja está caminhando na mesma direção ao tratar disso em um post ontem, como se tratasse apenas de uma comissãozinha de 3%, ignorando o super faturamento dessas obras. Lembro que a Veja e o mesmo bloguista defenderam o calote das perdas provocadas aos poupadores pelos diversos planos econômicos, indo contra o direito adquirido e já consolidado esse direito através da das decisões judiciais ao longo de todo esse período, alegando risco contra o sistema financeiro, atuando exclusivamente no interesse dos bancos, seu anunciantes. Imaginou a Veja sem os anúncios desses setores? Quebraria e a última publicação livre seria calada. Nem isso justifica essas posições.
ResponderExcluirPara essa censura existe remédio, aprovar uma lei impedindo o governo de fazer uso dessa pressão, como está fazendo agora concretamente contra a Veja e indiretamente com os demais, ao obrigar que a distribuição de verbas publicitárias seja feita na mesma proporção da média dos últimos 5 anos para cada veiculo da imprensa, por exemplo. Se nada for feito vai aparece uma medida como as tomadas na Venezuela e na Argentina, com o controle da venda de papel imprensa.
Operação, ganha, ganha e perde. Ganham os gatunos do governo petista, ganham os oportunistas das empreiteiras e tomam no rabo os brasileiros que são os verdadeiros proprietários do dinheiro público. Bando de desqualificados estes petralhas e empresários. Todos têm que ir para a Papuda e se juntar com os bandidos do mensalão do PT Oh súcia dos inferno, vai demorar, mas vamos acabar com esta escória que tomou de assalto o Brasil.
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