"Mais Médicos": mais improvisação e amadorismo.

O programa “Mais Médicos” fica cada vez mais absurdo. Agora o governo do PT, além de impor trabalho forçado, quer impedir que médicos exerçam o magistério. A nova mudança é tão estúpida que o governo petista quer impedir que um médico que não tenha passado pela “fase de trabalhos forçados” no SUS, não possa dar aulas em universidades. Ou seja: os petistas anunciam que vão duplicar as vagas em novos cursos e, ao mesmo tempo, proíbem futuros mestres e doutores de serem contratados, porque estes não passaram pelo “campo de concentração” ao final do curso. As informações abaixo são do Estadão.

 

 

Em nova tentativa de contornar os problemas já previstos na votação do programa Mais Médicos pelo Congresso, o governo quer agora "amarrar" a obrigatoriedade da residência médica de dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) ao faturo emprego dos profissionais. A ideia é transformar a residência obrigatória em pré-requisito para a contratação de médicos pelo SUS e até mesmo por universidades públicas.

 

"É mais uma forma de criar um serviço civil obrigatório, uma "pseudoresidência", criticou o presidente do CFM, Roberto d´Avila. "Não há como duplicar com qualidade as vagas em apenas quatro anos, quando o País levou 50 para alcançar o número de 12 mil residentes".

 

O ajuste no texto da Medida Provisória que instituiu o programa Mais Médicos será feito agora no Congresso por um líder governista e, se aprovado, ainda precisará ser regulamentado pelo Conselho Nacional de Educação. Após desistir de aumentar de seis para oito anos o período de graduação em Medicina, para aplacar a revolta da categoria, o governo adotou uma fórmula para compensar a mudança.

 

Pela proposta anunciada pelos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Alexandre Padilha (Saúde), a residência médica de dois anos - hoje opcional - passará a ser obrigatória em serviços de atenção básica, urgência e emergência do SUS, a partir de 2018. Somente depois do primeiro ano é que o médico, ainda no SUS, escolherá a área de especialização.

 

Rota de fuga. O desafio do governo, agora, é tornar esse modelo realidade, diante de tantas resistências. É por esse motivo que foi planejada uma rota de fuga, vinculando a obrigatoriedade da residência médica ao emprego no serviço público, até mesmo em universidades. Para ser professor de uma universidade pública, por exemplo, o médico terá de cumprir o período de especialização no SUS, caso o projeto idealizado pelo governo receba sinal verde do Congresso.