quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Igreja Católica quer que Dilma mostre a verdadeira cara em relação ao aborto.

Alçado repentinamente à condição de um dos principais nomes da Igreja Católica no mundo, dom João Braz de Aviz, arcebispo de Brasília, afirma que a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa explicar melhor o que pensa a respeito de certos assuntos caros à igreja. "Não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir." Segundo Aviz, 63, as posições sobre o aborto que Dilma expressou durante as eleições não necessariamente representam o que acontecerá sob seu governo: "Durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro". No dia 4, a igreja anunciou que o papa Bento 16 nomeou dom João prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. Ele deve assumir o cargo, um dos nove "ministérios" da Igreja Católica, em fevereiro. Na entrevista a seguir, Aviz também comenta o crescimento das igrejas evangélicas e critica o fato de algumas denominações terem "compromisso fortíssimo com a arrecadação de dinheiro".

O sr. imagina que a igreja terá alguma dificuldade de diálogo com o governo Dilma?
Claro que a gente sempre espera que o diálogo seja muito bom. Mas a verdade é que não temos uma ideia clara de quem é Dilma do ponto de vista religioso. Ela precisa explicar melhor as suas convicções religiosas para que o diálogo possa progredir. O que sabemos é que Dilma mostrou flexibilidade com relação a temas importantes para a igreja. Mas também sabemos que políticos fazem isso: durante a campanha é uma coisa, e na prática o caminho às vezes é outro.

O que o sr. espera dela com relação a isso?
Eu espero que as posições dela se aproximem das posições da igreja. Para isso, precisamos conhecer melhor o que pensa a Dilma presidente em relação a certos temas. Não só o aborto, que teve destaque na disputa eleitoral, mas também quanto ao PNDH-3 [Plano Nacional de Direitos Humanos], que traz posições contudentíssimas para a igreja. Há aspectos muito bonitos com relação à questão social, mas temos aborto, homossexualismo, um monte de coisa que precisamos ver como vai ficar.

Eventuais diferenças não inviabilizariam o diálogo?
Para que exista um bom diálogo, é fundamental que ela diga exatamente o que pensa para podermos avançar a partir daí. O fundamental é dar ao outro a oportunidade de ser ele mesmo, para o diálogo continuar. Se a posição dela for outra, tenho direito a uma atitude diferente. Até o momento, não sabemos como será, pois ela assumiu a posição do ex-presidente Lula, que é impossível moralmente. Ele diz que tem uma posição pessoal como homem de fé e outra como presidente, como homem de Estado. Ora, a gente tem apenas uma moral, e não duas. (Entrevista publicada na Folha de São Paulo)

10 comentários:

  1. Será que teremos mudanças a vista?
    É a primeira vez em oito anos que ouço alguma autoridade eclesiástica se pronunciar clara e abertamente em defesa da Igreja.

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  2. "Ora, a gente tem apenas uma moral, e não duas."

    Ai, essa doeu.

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  3. Mas o Vaticano tem uma paciencia...
    Para mim a posicao dela é claríssima, contundente , dadas minhas conviccoes inabaláveis contra o aborto.Jamais tergiversei ou escolhi as palavras para considerar o aborto um covardíssimo homicídio qualificado.

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  4. http://www.youtube.com/watch?v=EdNJwnN_vV0&feature=fvsr

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  5. O Dom João podia também dar uma palavrinha sobre a orto-eutanasia.Eu, sinceramente, não entendi direito o que seja isso.

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  6. E matar os aposentados de fome com esse salário-mínimo também exige posição clara.
    Pena de morte lenta...

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  7. Bem Coronel,

    Eu como Católico praticante e membro da Renovação Carismática Católica há 33 anos e como membro da Centro Direita, espero ansioso a posição da Presidente Dilma sobre esse assunto, afinal a verdade nos libertará.
    Eu não apoio as posições políticas comunistas ou socialistas de qualquer católico, pois elas são totalmente contra os nossos dogmas cristãos religiosos, mas como estamos numa democracia eu me calo, mas dentro da Igreja eles não podem ficar.
    Eu não suporto misturar política e religião, mas já que misturaram por mim, espero pela hora da verdade.
    E ai Dona Dilma, aprendeu a fazer o sinal da cruz, ou o esperto do Chalita vai ter que lhe explicar de novo?

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  8. O perigo realmente, vem dessas igrejas que arrecadam dinheiro, tipo edir macedo, precisam da ajuda do govêrno, na lavagem de dinheiro.

    Quanto ao abôrto, é claro que a dilma é a favor, sé que como é um assunto muito polemico, ela têm que ir devagar.Mais eu sinto dia a dia, que já se começou uma lavagem carebral geral. São tantos a bsurdos,e sobresaltos, que qualquer dia, êles legalizam o abôrto no calar da noite, e qdo. ficarmos sabendo, não se terá mais nada a fazer.

    É O MODO TERRORISTA DE GOVERNAR.
    DIGA NÃO AO ABÔRTO


    Izabel

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  9. O arcebispo Dom João está sonhando... A presidentA não é capaz de dizer o que pensa, como ele e todos nós gostaríamos. Não sabe nem quer fazer isso. Dom João está sendo muito bonzinho, mas não adianta, ele bem que sabe que o negócio da gerentA e seus comparsas é enganar os trouxas.

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  10. Arcebispo... você quer que a Rainha de Copas diga o que pensa??????

    E ela pensa???? Acho que para a igreja ter uma posição final sobre o tema, ela teráque fazer outra "visita de cortesia" ao centro espírita para falar com o defunto.

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