Kassab, em São Paulo, fala por si, não pelo PSD nacional.

O PSD não é do Kassab. O que o Kassab está negociando é São Paulo, assim como Aécio Neves, do PSDB, sempre negociou Belo Horizonte. Aliás, faz muito tempo que o presidenciável tucano entregou a capital mineira para o PT e seus aliados. Esta "flexibilidade" é uma virtude do Aécio, segundo Fernando Henrique Cardoso. Voltando ao PSD. Quando fala de São Paulo, Kassab não representa o partido que tem lideranças em todo o país. Não fala pela senadora Kátia Abreu. Não fala pelo governador Raimundo Colombo. Não fala pela maioria. Fala por si mesmo como político, preocupado com o seu legado e a sua gestão. É bom que o PT entenda que o PSD não vai se submeter a ninguém, sob pena de sumir como partido politico antes mesmo de se firmar e afirmar. Kassab que se entenda com a Marta ou com o Falcão. Que se entenda com o Alckmin. Que se entenda com o Chalita. Ou que arranje tempo na TV para lançar uma candidatura própria. Tem todo o direito de fazer aliança com quem bem entender, mesmo que, pelo jeito, ninguém deseje acordo com ele por um motivo muito simples: hoje dá mais lucro eleitoral atacar a sua gestão do que defendê-la. O mais provável é que o PSD receba tempo de TV do TSE, faça um acordo com o PSB e alguns nanicos e lance a candidatura de Afif. Seria o mais lógico, com toda a certeza, deixando qualquer aliança para o segundo turno.