O pré-barrilzinho.

Não há fotos da extração do primeiro óleo do pré-sal, por um motivo muito simples: o óleo não veio de lá.

Hoje fizeram uma festa fake para o petróleo do pré-sal. Criaram um show inspirado na tocha olímpica, onde funcionários da Petrobras vieram trazendo o barrilzinho de óleo como se fosse a tocha olímpica até chegar às mãos de Lula. Aí Lula levantou o barrilzinho, chamou todos em volta, inclusive a Dilma para a foto histórica. O mar agitado não permitiu que o ministro Lobão e o futuro senador Gabrielli estivessem lá em Tupi, no dia de hoje. Este era o protocolo. Lula e Dilma na terra, Gabrielli e Lobão no mar, Deus no céu como testemunha de tanta cara de pau. Tupi fica a 300 km da costa. Uma viagem que, segundo cálculos, com mar agitadíssimo, levaria 14 horas de navio. De helicóptero, menos, só que o "avião de rosca", como dizem em Floripa, não conseguiu pousar por lá, pois a P-171 sacudia "demais da conta", como dizem em Minas. Portanto, comemoramos, hoje, o primeiro óleo do pré-sal sem que o óleo fosse do pré-sal. Coisas do midiático Lula e da sua urgência em gerar fatos. A mentira continua sendo o câncer do governo petista. Não tem quimioterapia que cure.

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A Petrobras liberou as imagens lá do pré-sal. Para o Jornal Nacional. Pura montagem. O espetáculo midiático continua. E mais, pelas cenas, o mar estava calmo, calmo. Será que Lula e Dilma não foram lá pelo mau tempo ou pela falta de petróleo?

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Somente as dez maiores reservas de petróleo, desde Kirkuk, no Iraque, com 16 bilhões de barris, até Ghavhar, na Arábia Saudita, com 83 bilhões de barris, passando pelo pré-sal do Brasil, com 33 bilhões de barris, somam mais de 320 bilhões de barris. Ou seja: o Brasil tem pouco mais de 10% das maiores reservas mundiais. É muito, no meio de muito. O consumo mundial de petróleo é de no máximo 30 bilhões de barris por ano. Portanto, apenas nas grandes reservas, existe fornecimento para dez anos. Estima-se que a reserva provada de petróleo esteja em 1,3 trilhões de barris. O pré-sal representa 2,5% do total. É muito, é nosso, só que, como sempre, não é tudo aquilo que o trambiqueiro propala.