Linfático e midiático.

O contemplado com a maior de todas as indenizações...

...dá a maior força para a candidatura de Dilma.

Carlos Heitor Cony recebeu, nos últimos cinco anos, algo em torno da magnífica quantia de R$ 3 milhões. Uma média R$ 55 mil mensais. Quem paga esta conta ao ativo jornalista não é a Rede Globo, não é a Veja, não é a Folha de São Paulo. Quem paga esta conta somos nós, por decisão do governo Lula, do qual Dilma Rousseff é a candidata oficial, através do programa de recompensa aos companheiros comandado pela poderosa Comissão de Anistia. Ontem, na Folha de São Paulo, onde é articulista, Carlos Heitor Cony trocou linfomas e quimioterapias com a ministra Dilma, que vive afirmando que não quer transformar sua doença em um "espetáculo midiático". A ministra se disse ainda "muito emocionada" com o artigo publicado ontem na Folha por quem chama carinhosamente de Cony, que relata a experiência dele com a doença -também um câncer linfático não Hodgkin- e a conclama a "ir em frente" e a "não pendurar as chuteiras". "O artigo do Cony me emocionou muito porque diz: Vai aí, a gente segura, viu?". É assim que as contas são pagas no Brasil do PT. Uma mão lava a outra e as duas lavam outro lugar. A ministra falou em não transformar a sua doença no que tem sido até agora: um espetáculo midiático, onde tudo é feito sob encomenda, com precisão cirúrgica. Como por exemplo, o artigo do anistiado Carlos Heitor Cony, que ficou milionário com o dinheiro tirado do SUS, em cujas filas morrem milhares de brasileiros. De câncer linfático, que não tem nada de midiático, a não ser a rima. Os R$ 3 milhões que o jornalista anistiado já recebeu dariam para comprar 375 frascos do MabThera, cada um ao custo de R$ 8 mil, que aumenta em 20% as possibilidades de cura e que, nas filas do SUS, não é receitado, pelo seu alto custo. Possivelmente, tanto ele quanto Dilma não sabem disso. Eles não entram na fila.

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“Então, eles não estavam fazendo uma rebelião, mas um investimento” - Frase de Millôr Fernandes, que também foi preso, mas nunca aceitou ser indenizado.