quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dois lados.

Da Folha:

O Ministério da Defesa criou um grupo de trabalho para procurar, recolher e identificar corpos de militares e guerrilheiros mortos durante a guerrilha do Araguaia (1972-1975).A portaria criando o grupo foi publicada em 29 de abril e saiu dias depois de a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ligada à OEA (Organização dos Estados Americanos), entrar com ação contra o governo brasileiro na Corte Interamericana de Direitos Humanos. A ação cita a "detenção arbitrária, tortura e desaparecimento" durante a guerrilha.Segundo a comissão, desapareceram 70 pessoas envolvidas no movimento contra a ditadura organizado pelo PC do B na região do Bico do Papagaio (PA, MA e TO).
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A Folha de São Paulo acaba de arranjar uma nova "ditabranda", ao afirmar, mesmo que de leve, que também houve militares desaparecidos no Araguaia. O ombudsman vai "bombar".

8 comentários:

  1. Bom dia a todos.Mas nao tinha so desaparecidos uns anginhos?Quer dizer entao que os anginhos terroristas fizeram desaparecer militares também?Assaltos a bancos,sequestros,assassinatos e outras coisinhas mais que fizeram pela "causa" vao ser desenterradas,encontradas e mostradas pra nos que pagamos indenisaçoes a esses bandidos?

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  2. Coronel,
    "Eu acho que vai dá bode"porque
    eles estão achando que com eles ninguém pode.
    Taí coronel,é uma boa,e os milita-
    res mortos e desaparecidos?

    Abraços.

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  3. Coronel ,tenho uma opinião sobre esse assunto baseada no conhecimento que tenho da amazônia,pois lá viví durante 9 anos,entre o Pará e Rondônia.Como gostava muito de caçar e pescar,além de ter uma pequena propriedade, o meu contato com a natureza era bastante razoável.E por outro lado, o que a gente aprende quando se lê sobre assuntos que dizem respeito à área militar. Por isso terei em você o meu maior crítico ,o que será um prazer.
    Se sinta à vontade de me corrigir em alguma coisa que eu possa estar errado.No seu perfil está lá que é militar e chama a si mesmo de “milico”, e esse detalhe me faz apostar que seja da PM,certo?

    Tenho comigo que essa tal busca aos corpos ainda não encontrados dará em nada.Se alguma ossada for encontrada as chances de ser de algum militar é maior do que a de algum terrorista.(acho estranho falar de militar enterrado por lá,quando isso não é normal.Não deixam companheiro de farda para trás.Para que servem os helicópteros?).Isso porque em operações de guerra como a conhecemos ,corpos de inimigos são deixados jogados. Somente são enterrados os companheiro quando não podem ser recolhidos.Já nessa guerra de guerrilha ,quando não existem códigos a serem respeitados a não ser liquidar com o inimigo,é um pouco diferente.Enterram-se os corpos de ambos os lados com uma pequena diferença de quando se trata de tropas regulares,como o exército.Guerrilheiros tendem a enterrar somente os seus companheiros,O outro fica na posição em que está.Já o exército não age assim nesse tipo de luta.Além de enterrar os seus,enterra também o outro,principalmente quando foi executado,já que não quer que existam provas do feito.Mas nem sempre guardando cuidados tais como profundidade ,que normalmente faz com um seu amigo e companheiro.E na amazônia,todo mundo sabe que o terreno é arenoso e na mata,além disso tem uma camada de húmus que em deteminados lugares chega a ter cerca de 40 cm ou mais,e é bastante úmido por não se ver praticamente a presença do sol.Um corpo que alí seja mal enterrado,naquele solo bastante permeável,assim que o processo de putrefação inicia,atrai de início vários tipos de roedores que começam a revirar a terra e mais tarde, as onças.E a onça tem o péssimo hábito de arrastar o corpo,tornando assim mais difícil achar qualquer vestígio.Portanto ,pelo pouco que conheço as chances de encontrarem alguma coisa estará na possibilidade de,alguma morte ter ocorrido em alguma propriedade particular e o enterro ter sido realizado na área desmatada, próximo a um rancho qualquer.Aí,fizeram o serviço direito.

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  4. Barão do Cambijú6 de maio de 2009 às 14:39

    -Não resta nem fezes da bicharada que banquetearam-se, talvez algum farrapo de pano vermelho, restos de uma bandeirola nojenta e ridícula.
    Brasil acima de tudo...

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  5. Coronel,
    Estive lendo recentemente "Comentários sobre a guerra na Gália", de Julio Cesar, e "Guerra na Espanha", de George Orwell, e sou contemporâneo da guerrilha do Araguaia. Há um padrão que ressalta nesses três casos, e que certamente é extensível a praticamente todos os conflitos bélicos: a falta de comedimento ante a crueza e a violência de uma luta mortal. O que acarreta a necessidade de uma administração posterior dos efeitos dos atos desmedidos praticados. Só para reforçar o argumento, vemos ser comum nas guerras a demonização dos adversários para a manutenção do ânimo bélico, instrumento legítimo do esforço de guerra, linguagem capaz, talvez a única, de promover o aprestamento necessário à vitória.
    O que é natural numa circunstância, fora dela pode também, facilmente, ser apontado como aberração.
    O sangue correndo, as mutilações, as vidas extintas, são realidades que condicionam as posturas dos lutadores.
    Embora todos pertençam à mesma humanidade, já não há mais pontos de contato entre uns e outros, esquecidos de sua identidade original.
    E aqui, nesse discurso, involuntariamente, tropecei numa pedra que me obriga a uma parada. É a questão da identidade. De fato, quem achamos que somos? Certamente, somos aquilo com que nos auto-identificamos. Mas somos também mais do que isso. Nossa definição não é apenas aquela que nós mesmos nos atribuímos. Afinal, pertencemos a uma ordem natural que independe de nossa anuência, aquela de que somos criaturas, e não criadores. E é nesse vínculo de cada um com o que o transcende, e a todas as ordens sociais criadas, que reside a nossa identidade fundamental, aquela que não deveria ser esquecida, e a que mais o é.
    Apesar de nossa persistente cegueira, esse pano de fundo, absoluto, enquadra o palco onde nossas relativas personagens protagonizam seus papéis. E é essa a base de onde emanam os imperativos morais que sustentam as denúncias dos vencidos, ante os atos de barbárie justificáveis apenas no calor dos acontecimentos. Claro que isso tudo também é objeto de instrumentalização, fornecendo aquele fundo de verdade que dá aparência consistente às mentiras. É preciso evitar que esse campo do absoluto seja apropriado por todo e qualquer tipo de dogmáticos.
    A administração posterior das extrapolações em combate poderia ser evitada se os guerreiros fossem tão insuperáveis que não as cometessem, mas isso raramente se dá. Nossos guerreiros, os que se viram lançados na F.O.G.U.E.I.R.A., muitas vezes tendo a sustentá-los na missão mortal a noção de que o faziam pela Pátria, por todos nós, precisam agora dos nossos apoios, e da minha parte os têm, com os votos de que perseverem na luta, e sejam ainda melhores do que já foram.

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  6. Será que vem novamente legistas da Argentina?Já vi esse filme várias vezes.A Amazonia não devolve mortos,principalmente de bandidos.Estão querendo viajar e ganhar diárias.Petralhas,dos corpos dos jovens, que covardemente coaptaram,e que foram abandonados por vocês, peçam informação ao Genoino.

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  7. O deputado Bolsonaro mandou bem. Confiram: http://www.youtube.com/watch?v=LBIQAjMJCCA

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  8. Coronel! Sempre que volta este assunto, fico conversado com meus botões, quando é que vai aparecer alguém da imprensa (com um pouco de visão) para perguntar aos ex-terroristas o seguinte: Com que Logística os senhores contavam para conseguirem chegar na região do Araguaia, foram de avião, navio? quem patrocinou a viagem, o armamento,a alimentação? Morei dois anos nesta região nos anos 89 e 90 e sei das dificuldades que é até hoje para chegar na região. Como eles mesmo dizem os Brasileiros precisam saber da verdade, mas eles não contam.

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