(Estadão) A empreiteira Engevix admitiu à Justiça Federal ter utilizado
contratos de fachada com a empresa Link Projetos e Participações para
fazer repasses à Aratec, do ex-presidente da Eletronuclear, o almirante
Othon Luiz Pinheiro da Silva, que pediu demissão após ser preso na 16ª
fase da Lava Jato, a Operação Radioatividade.
A colaboração da empreiteira, alvo da Lava Jato por atuar no esquema
de cartel e corrupção na Petrobrás, ocorre em meio as tratativas para
firmar um acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU).
De acordo com a Engevix, os pagamentos para o almirante via Link não
tinham relação com as obras de Angra 3, sob investigação na Lava Jato,
mas sim com um projeto de desenvolvimento de turbinas hidráulicas de
geração de energia da empresa de Othon, a Hydrel Energia Sustentável.
“Com respeito aos pagamentos para ajudar no desenvolvimento das
turbinas, esclareço que a pedido do próprio almirante, foram feitos para
Aratec através da Link, que para isso cobrou uma taxa e impostos, mas
realmente ela não teve qualquer participação ou conhecimento da
questão.”, diz o e-mail de um executivo da empresa encaminhado à Justiça
Federal no Paraná.
A Engevix não participou dos consórcios que disputaram as licitações de Angra 3. “Usamos a Link justamente em função da posição que ocupava o
almirante como presidente da Eletronuclear sendo que a Engevix prestava
serviços lá ( todos ganhos em licitações públicas acirradas como lhe
documentamos). Investimos cerca de R$ 1 milhão, ao longo de 4 anos e
conforme a necessidade, de acordo com o andamento da pesquisa”, segue a
mensagem.
A versão da empresa vai de encontro ao depoimento do presidente da Link e delator da Lava Jato Victor Colavitti.
Ele admitiu aos investigadores que sua empresa foi usada como
intermediária para repasse de ao menos R$ 765 mil, de 2010 a 2014, entre
a empreiteira Engevix e a Aratec Engenharia, que pertencia a Othon até
fevereiro deste ano, quando ele transferiu a titularidade da empresa
para sua filha, Ana Cristina Toniolo.
A Link é uma das quatro empresas intermediárias que estão sob
investigação da Lava Jato por fazer contratos com empreiteiras que
venceram licitações da Eletronuclear e, em seguida, repassar os valores
para a empresa do almirante.
A força-tarefa suspeita que Othon Pinheiro teria recebido um total de US$ 30 milhões em propinas de empreiteiras. Desse volume, R$ 4,5 milhões já foram rastreados na conta da Aratec Engenharia Consultoria.
Segundo o Ministério Público Federal, a Engevix recebeu da
Eletronuclear, com quem tem contratos firmados, pelo menos R$
136.894.258,23 entre 2011 e 2013. A empreiteira também é investigada no
esquema de corrupção instalado na Petrobrás.
ENTÃO ALMIRANTE PIXULÉCO,NÃO SERIA "ALMILÉCO"
ResponderExcluirassaltar cofres publicos foi o mote do governo petista!
ResponderExcluirO diretor cardeal da Eletrobrás, amiguinho da Dilma, citado no Eletrolão continua firme no cargo, bem como os demais diretores indicados por Sarney, Renam e outros. Privatização já!
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