Executivos de uma empresa de construção metálica que atuou em refinarias
e plataformas da Petrobras revelaram à Polícia Federal, em inquérito na
Operação Lava Jato, que a empreiteira Camargo Corrêa cobrou R$ 6
milhões para fechar um contrato com a empresa. Os destinos finais do dinheiro, segundo a investigação, foram duas firmas de fachada controladas pelo doleiro Alberto Youssef.
(Folha)
A quebra do sigilo da empresa MO Consultoria, usada por Youssef para
receber dinheiro do esquema de desvios da Petrobras, confirmou dois
depósitos, no valor total de R$ 2,8 milhões, da Metasa Indústria
Metalúrgica, sediada em Marau (RS). A versão da firma sobre os depósitos foi dita à PF, no último dia 14,
por Antonio Roso, presidente do Conselho de Administração de 2000 a
2013, e por José Eliseu Verzoni, do conselho até 2011.
Verzoni disse que em 2010 foi a São Paulo para reunião com executivos da
Camargo. A Metasa queria trabalhar para a empresa em obras no Porto de
Suape (PE), em que receberia R$ 110 milhões.
Nesse encontro, contou, Eduardo Dobbin, identificado como gerente de
suprimentos, disse que "havia um custo junto à obra relativo à
'orçamentação e precificação'" no valor de R$ 6 milhões. Ele disse ter ouvido que a Metasa deveria arcar com esse custo, "sob pena de não receber o contrato". Feito o acordo, disse, dois enviados da Camargo procuraram a Metasa dias
depois para explicar como deveria ser feito o depósito. Duas empresas
foram indicadas.
Segundo Roso, o pagamento foi dividido entre a Metasa e uma parceira, a
RP Montagens Industriais. A PF conseguiu rastrear dois pagamentos da
Metasa à MO. Conforme a versão de Roso, ele só "soube que havia algo errado com esses pagamentos" depois que foi desencadeada a Lava Jato. Roso disse que autorizou os pagamentos porque Verzoni lhe disse que eram
"uma imposição da Camargo". Ele reconheceu que "a operação é um tanto
não usual em termos comerciais, tanto que nunca ocorreu antes nem depois
na história da Metasa".
Verzoni e Roso não souberam explicar como, nos cálculos do orçamento da
Metasa, foi absorvido o "custo extra" de R$ 6 milhões. Também negaram
ter conhecimento de que se tratava de pagamento de propina "ou de
valores para fins políticos".
A versão apresentada pela Metasa à PF foi diferente da prestada à CPI da
Petrobras do ano passado no Congresso Nacional. Quando questionada
sobre os pagamentos à MO, a Metasa confirmou o negócio, mas limitou-se a
dizer que "não foi localizada nos arquivos da empresa, sob forma de
relatório ou documento escrito, evidência da prestação de serviços
objeto do contrato com a MO". Na época, a empresa prometeu conversar com os dirigentes antigos para
prestar informações aos órgãos de investigação. A CPI terminou sem que
Verzoni e Roso fossem procurados ou ouvidos pela comissão.
Dizem que estão cunhando notas de propinas, as PPS 500, PPS 1.000, PPS 10.000 etc., em propinas, moeda propria e, nas efigies dos contemplados, constariam Lula, Dilma e RATOS, então esses jamais poderiam faltar!
ResponderExcluirA destruição do Brasil é necessária pra que o Brasil comece do zero.
ResponderExcluirÉ a terceirização. E elles vão roubar mais ainda quando o redesgoverno começar a contratar via OS, OCIP e outras aberrações "não governamentais" que existem no Brasil... sem concurso público.
ResponderExcluirCriminalizar o marxismo em todas as suas formas ideológicas e de atuação.
ResponderExcluirEssa tem que ser a palavra de ordem dos tempos atuais.