Até onde irá o mau-caratismo da Dilma em relação aos médicos brasileiros?

É impossível prever até onde irá o mau-caratismo de Dilma Rousseff. Hoje, em entrevista a uma rádio da Bahia, ela atacou novamente os médicos brasileiros, para justificar a vinda de 14.000 médicos cubanos para o Brasil. Vejam o que ela disse:

“Estes médicos (cubanos) têm não só um tratamento sistemático e estão nos postos recebendo a população no horário integral, mas também realizam um tratamento humanizado, conversam com o paciente, e conseguem, a partir da atenção básica no posto de saúde, resolver 80% dos problemas”

É um absurdo e um ataque mentiroso aos médicos brasileiros. É afirmar que os nossos profissionais são desumanos e trabalham pouco. Não é por causa dos cubanos que a atenção básica na saúde resolve 80% dos problemas do paciente que procura os postos de saúde. Esta metodologia faz parte do ensino qualificado das universidades e faculdades brasileiras, há mais de 35 anos. 

Dá asco ver esta senhora despreparada e mal intencionada atacar de forma tão nojenta os médicos do nosso país.

O conceito que a Atenção Básica da Saúde deve resolver 80% dos casos é praticado no Brasil desde 1978, seguindo o que foi definido pela World Health Organization, em conjunto com a UNICEF, na International Conference on Primary Health Care, Alma-Ata.

Além disso, desde 2001 as Diretrizes Curriculares Nacionais flexibilizaram as organizações curriculares dos cursos de Medicina, incentivando a construção de projetos político-pedagógicos consonantes com o Sistema Único de Saúde, o SUS. 

A Atenção Básica à Saúde passou a ser um ponto de convergência entre estas duas políticas, descentralizando o ensino da Medicina dos hospitais para toda a rede de saúde no Brasil. A Atenção Básica à Saúde passou a estar presente transversalmente, ao longo de todo o curso, com aprendizado real e a partir do trabalho, fazendo parte do núcleo de ensino da prática clínica do futuro médico.

Não foram os cubanos que inventaram este modelo de atendimento ao paciente. Transferir uma conquista da medicina mundial para os médicos meia boca que vieram de Cuba é má fé, politicagem, ignorância e mau-caratismo.