segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Oposição busca os 66% que querem mudança.

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A perspectiva de renascimento das manifestações de rua na Copa do Mundo e o desejo amplamente majoritário por mudanças na condução das ações governamentais, já captado na última pesquisa Datafolha, jogam cada vez mais imprevisibilidade sobre as eleições de 2014. E é nesse cenário, novo em relação às últimas eleições, que os adversários da até agora favorita Dilma Rousseff tentarão se consolidar como catalizadores desse sentimento de mudança.
 
Se, até os protestos de junho, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) disputavam sobre quem poderia continuar da melhor forma o governo do PT, usando como slogans “fazer mais” ou “fazer melhor”, agora a disputa será pelo papel de melhor representante da mudança desejada por 66% da população, segundo aferiu o Datafolha.
 
Embora esse dado, associado à preocupação popular com a economia, prejudique o favoritismo de Dilma, por outro lado nenhum dos pré-candidatos de oposição até agora conseguiu consolidar-se como catalisador desse sentimento. Por isso, a tendência é que a própria Dilma também entre nesse embate pela “mudança”, lutando para se consolidar como a opção segura para promover as alterações necessárias.
 
Três grandes temas
 
O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, lembra que esse percentual (66%) se aproxima do captado em setembro de 2002, um mês antes de Lula eleger-se presidente como contraponto ao governo Fernando Henrique, quando 76% dos brasileiros queriam que as ações do novo governo fossem diferentes.
 
— Esse número tem muito significado. Mas não quer dizer necessariamente tendência total de querer escolher a oposição, até porque, mesmo entre os que hoje dizem votar em Dilma, há parcela grande que quer mudança. Isso pode ser porque não enxergam na oposição discurso convincente de mudança ou porque acreditam que Dilma é a alternativa mais segura para promover essas mudanças. Não tenho dúvida de que os candidatos vão levar muito em conta esse desejo, que se expressou no apoio em massa às manifestações de junho — explica Paulino.
 
Segundo o diretor do instituto, há três grandes temas — Saúde, Educação e Segurança Pública — para os quais os candidatos devem apresentar propostas concretas e compreensíveis em busca dos votos. São as três áreas que a população considera prioritárias, especialmente a Saúde, apontada por mais da metade dos entrevistados como principal problema do país.
 
Há, no entanto, outro fator que, como em toda eleição presidencial, terá papel decisivo: a economia. E, nela, os dados não são positivos para Dilma. Dias antes do início dos protestos de junho, a avaliação positiva do governo já havia sofrido forte queda de oito pontos coincidindo com crescimento do percentual de eleitores que acreditavam que o desemprego e a inflação tendiam a aumentar. Após um refluxo, esses indicadores voltaram a crescer na última pesquisa do Datafolha.
 
— A forma como a economia vai se comportar será decisiva na eleição. A preocupação com desemprego e inflação aumentou, os que acham que a inflação vai aumentar subiram de 54% para 59%. É a maior taxa desde novembro de 2007, a primeira data que tenho. E os que acham que o desemprego vai aumentar subiram de 38% para 43%. No começo de junho, antes das manifestações, tinham subido de 31% para 36% e chegado no final de junho, após os protestos, a 44%. É quase o mesmo índice de hoje — explica Paulino.
 
Daqui até agosto do ano que vem, quando a eleição entrará no dia a dia da população, a receita dos candidatos de oposição é ter tranquilidade com pesquisas e investir em viagens e no diálogo com setores organizados. Tanto para Aécio Neves quanto para Eduardo Campos, o dado mais importante no momento é o que confirma o sentimento de mudança.
 
— Temos que ter tranquilidade. A grande população ainda não tomou conhecimento de que existem opções viáveis na disputa. Até o início da campanha para valer, será um tempo mais desafiador. Só depois da Copa o tema “eleição” entrará no cotidiano das pessoas para valer — disse Campos ao GLOBO. — Agora é o período de aprofundar o diálogo com setores já preocupados com a sucessão: a academia, os empresários, os trabalhadores.
 
Aécio diz que não subestima a capacidade de compreensão e de discernimento do eleitor no momento de decidir o seu voto, mas ressalva que esse processo tem o tempo certo para ocorrer:
 
— Não temos sequer candidaturas lançadas, exceto a da presidente. Uma candidata full time, com enorme exposição e que utiliza todo o aparato de propaganda oficial. O dado relevante neste momento, em todas as pesquisas, é o de que há sentimento claro da população por mudanças, seja de quem vive nas capitais ou no interior do país — disse Aécio. — Cabe aos partidos na oposição mostrarem à população que podemos fazer essa mudança. ( O Globo)

6 comentários:

  1. Coronel,
    eles sabem onde estão. O que faltou foi coragem, em primeiro lugar e competência em segundo, para tirar essa canalha do poder.

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  2. Eu faço parte dos 66% quer mudança. E por isto, estou depositando a minha fé e confiança no Aécio. O que eu puder fazer para mudar, farei.

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  3. CEL,

    Queremos mudança sim, inclusive das urnas eletrônicas.

    A urna mostrada é do tipo DRE de 1ª geração, só atende ao sigilo do voto mas não oferece as garantias dos demais princípios de segurança.

    Como acreditar nos resultados dessas urnas não auditáveis? Por que o voto impresso não foi instituído?

    O cadastramento biométrico deverá estar concluído até Março/2014 porém, caso você não o faça, prevalecerá a DEMOCRACIA do FAZ DE CONTA, você ficará impedido de fazer isso, e isso, e isso, e isso... Mas, será que o banco de dados com a biometria dos eleitores será manipulado por CUBA como foi feito na Venezuela?

    Em outubro de 2014, convido os eleitores para cantarem comigo ONE FOR YOU... ONE FOR ME do grupo LA BIONDA.


    Índio Tonto/SP

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  4. Eles tem que buscar naqueles que votam nulo , ou não comparecem ou justificam.
    Se ficarem com medinho vão perder de novo.

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  5. O Coturno agora deveria ter nome:
    -
    COTURNO DA MADRUGADA OU VAMPIRO.

    Está muito tarde a compilação dos comentários, só no dia seguinte ver e palpitar sobre petralhas, o aviso fica VENCIDO E PREJUDICADO e a Flor Lilás/PR é a prejudicada.
    -
    O caipira engoliu um comentário meu mas o mutilou e nenhuma palavra sobre o CANABRAVA DE GARANHUNS ficou, só reticências, o caipira agora parece o Brasil 247 ou outros da esgotosfera, para outros há mais liberdade em por os adjetivos BÊBADO, BEBUM, PINGUÇO e outros, se puser 51 o trecho todo é capado, 500 toques viram 70.

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  6. Não existe perspectiva de retomada das manifestações.
    Favas contadas.
    Estão garantidas !
    Eu não participei das últimas e não participarei das próximas mas pode anotar : NÃO VAI TER COPA !!!

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