Burrice sem fronteiras, herança maldita de Haddad
Convertido na mais vistosa bandeira do governo da presidente
Dilma Rousseff, no campo da educação, o programa Ciência sem Fronteiras -
concebido para financiar estágios e cursos de graduação, mestrado, doutorado e
pós-doutorado no exterior de mais de 100 mil estudantes universitários, até
2014 - tornou-se uma das principais preocupações da comunidade acadêmica e
científica.
Com vistas na campanha eleitoral do próximo ano, quando
tentará se reeleger, Dilma destinou ao Ciência sem Fronteiras, no projeto de
Lei Orçamentária de 2014, quase R$ 1 bilhão. O problema é que, para bancar esse
investimento, o governo comprometerá parte significativa das verbas para o
fomento da ciência e da tecnologia. Isso levou a Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências a protestarem,
alegando que a redução das verbas da área científica ameaçará importantes
pesquisas em andamento.
Os recursos para financiar cursos e estágios de
universitários brasileiros no exterior sairão do Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT), que é a principal fonte de financiamento das
agências públicas de fomento à pesquisa. Os programas do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é a maior agência de
fomento do País, dependem diretamente do FNDCT.
Essa será a primeira vez que os
recursos do fundo - vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
(MCTI) - serão utilizados para financiar o Ciência sem Fronteiras - um programa
gerenciado pelo CNPq, em parceria com a Capes, mas basicamente dirigido pelo
Ministério da Educação (MEC).
Como as verbas previstas para o Ciência sem Fronteiras, no
Orçamento de 2014, representam um terço do montante do FNDCT, a redução dos
recursos destinados à área científica pode inviabilizá-la, advertem os
cientistas. "O impacto na pesquisa será trágico", disse Helena
Bonciani Nader, professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp) e presidente da SBPC, no Fórum Mundial de
Ciência, no Rio de Janeiro.
"Precisamos de recursos para pesquisas. De
alguma forma o valor destinado ao Ciência sem Fronteiras terá de ser
compensado. Caso contrário, o impacto na área científica vai ser grande",
afirmou, no mesmo evento, o matemático Jacob Palis, presidente da Academia
Brasileira de Ciências.
O órgão mais atingido pela redução das verbas do FNDCT
destinadas à área científica é o CNPq. Entre as unidades e programas por ele
financiados que sofrerão cortes profundos, em suas linhas de pesquisa, estão os
Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, o Programa de Capacitação de
Recursos Humanos para o Desenvolvimento Tecnológico e o Edital Universal, que
financia cerca de 3,5 mil projetos de pesquisa por ano. Serão afetados, ainda,
programas financiados pelo CNPq em parceria com agências de fomento dos
Estados.
As entidades científicas do País também chamam a atenção
para a falta de planejamento e de rigor técnico, por parte do governo, na
gestão das áreas educacional e científica. Elas alegam que o programa Ciência
sem Fronteiras foi concebido às pressas, sem consulta à comunidade acadêmica e
científica. Afirmam que não faz sentido reduzir o orçamento do MCTI para
favorecer um programa em que o principal beneficiado, do ponto de vista
institucional, é o MEC. E lembram que, apesar de o Ministério da Ciência e da
Tecnologia ter incorporado a palavra "inovação" ao nome, ele não
recebeu reforço orçamentário.
As críticas não são novas. "O Ministério
ganhou mais um penduricalho e está com menos dinheiro. É uma incoerência",
já dizia a presidente da SBPC em 2012, alegando que a redução de verbas para a
área científica poria em risco a competitividade da economia brasileira.
Desde então, as entidades científicas já enviaram várias
cartas de protesto. Mas nenhuma delas produziu resultado concreto, pois os
critérios que prevalecem no governo Dilma são eleitorais, e não técnicos. (Estadão)
E os estudantes que não são bobos, veem uma oportunidade única de dizer Bay, Bay Brasil. Fazem o possível e o impossível de ficar nos países que escolheram para seu "doutorado e aperfeiçoamento profissional", o esforço é tamanho que até casam com os estrangeiros para nunca mais voltar.
ResponderExcluirNós, os trouxas, pagamos esse investimento"científico" pessoal e nem somos convidados para a festa.
Coronel,
ResponderExcluiressa canalha só sabe mentir o roubar.
CEL,
ResponderExcluirEnquanto a China contrata milhares de professores estrangeiros para ensinarem em suas universidades e cria também novos centros de pesquisa, o Brasil com o programa Ciência sem Fronteira ou Educação sem Fronteira envia alunos mal preparados e mal sabendo um segundo idioma para estudarem lá fora com os já parcos recursos da pesquisa, como foi escrito no artigo. Será que os Chineses estão errados?
Índio Tonto/SP
Os petralhas só fazem cagadas. O curioso é que estão afundando o Brasil e não quer sair do poder de jeito nenhum. Querem nos empurrá-los goela abaixo.
ResponderExcluirCoronel,
ResponderExcluirconheço em particular o filho de uma amiga, estudante de medicina, que quer ir para a Irlanda.
Para estudar medicina? Pesquisar? Não. Estudar inglês, do qual ele sabe absolutamente nada!!
E nós, os trouxas de sempre, pagando a conta.
Flor Lilás
Coronel,
ResponderExcluirPara cada estudante que vai fazer turismo na Europa, o PT ganha uns 5/6 votinhos!!!
JulioK
O estudante se especializa no exterior e fica sabendo que, no Brasil, não terá como prosseguir sua pesquisa pois o governo cortou verbas.
ResponderExcluirEntão, decidirá prosseguir no exterior, óbvio.
A perda é dupla: perdemos o investimento feito neste jovem, e teremos pesquisadores a menos aqui dentro.
Lanterna.
NADA DISTO, A MOLECADA VAI É PASSEAR MESMO...RISOS...ISTO É COMPRA DE VOTOS DOS ESTUDANTES
ResponderExcluirDE CIENCIA NÃO TÉM NADA...ESTÃO INDO TUDO QUE É PROFISSÃO, ATÉ AREAS DE HUMANAS..É PASSEIO PURO - DIVERSÃO
Explicando o programa Ciência Sem Fronteiras:
ResponderExcluirSegundo o jornal Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/10/1350715-usp-despenca-no-principal-ranking-universitario-da-atualidade.shtml), um dos critérios utilizados pelo THE (Times Higher Education) para avaliar as melhores universidades do mundo é o número de alunos e de professores estrangeiros.
Parece óbvio que o Programa Ciência Sem Fronteiras, do Governo Federal, é um desperdício de dinheiro público, que poderia ser melhor aplicado na contratação de professores estrangeiros, ao invés de oferecer bolsas de estudo para brasileiros em instituições estrangeiras.
Leiam o que está escrito na Folha de São Paulo:
"Sem ter aulas em inglês, o Brasil perde pontos em boa parte dos indicadores do THE, que avaliam, por exemplo, a quantidade de alunos e de professores estrangeiros.
Além disso, as publicações científicas exclusivamente em português também diminuem a quantidade de citações recebidas por outros cientistas. Esse critério --as citações-- valem 30% das notas recebidas por cada universidade."
http://www.leandro-teles-rocha.blogspot.com.br/2013/12/explicando-o-programa-ciencia-sem.html
Por gentileza, peço a exclusão do meu nome (Leandro Teles Rocha) dos comentários no blog. Estou tentando sumir da Internet e sugiro apagar o comentário assinado com meu nome.
ResponderExcluirAgradeço.