Crítico da participação de juízes em eventos patrocinados por empresas em
hotéis luxuosos, o corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão,
foi chamado recentemente por magistrados de Pernambuco para fazer uma palestra
sobre o tema. Local escolhido: um resort na ilha de Fernando de Noronha. Falcão recebeu o convite como se fosse uma provocação e pediu que o encontro,
marcado para um fim de semana de maio, fosse realizado em local mais adequado a
um congresso jurídico. O evento foi transferido então para um hotel no Recife,
mas o corregedor não compareceu.
O episódio foi narrado pelo próprio Falcão ao ministro Celso de Mello, do
Supremo Tribunal Federal, como exemplo da resistência imposta pelos juízes
diante das tentativas do Conselho Nacional de Justiça de controlar a realização
desses eventos. Mello é relator de dois mandados de segurança impetrados por associações de
magistrados que querem derrubar a Resolução nº 170 do CNJ. Aprovada em
fevereiro, a resolução impõe limites às contribuições das empresas às
associações e restringe a participação de juízes em eventos com financiamento
privado.
As associações alegam que a norma viola os direitos de seus associados à
liberdade de atividade intelectual e científica, e ofende a liberdade de
associação sem interferência estatal. Não há data prevista para o julgamento dos
dois mandados pelo STF.
Antes de cancelar o evento de Fernando de Noronha, a Escola Superior da
Magistratura de Pernambuco havia feito reservas para 60 pessoas no Dolphin Hotel
--que cobra diárias de até R$ 1.200 -- e mais duas pousadas da ilha. O programa do encontro, para o qual foram convidados juízes de vários
Estados, previa reuniões de trabalho apenas entre 16h e 19h, deixando os
participantes livres para fazer o que quisessem na ilha no restante dos dias. A Folha apurou que o gerente de uma agência de um banco oficial no
Recife foi consultado sobre a possibilidade de contribuir com R$ 100 mil para o
evento. A instituição recusou o pedido.
Falcão também apresentou a Celso de Mello documento que sugere a presença de
juízes no Festival Folclórico de Parintins, realizado em junho no Amazonas, a
convite do governo estadual, que teria oferecido lugar em camarotes exclusivos e
o pagamento de despesas com hospedagem, transporte e alimentação.
Em abril, a Associação dos Magistrados Brasileiros promoveu em São Paulo a
sexta edição dos Jogos Nacionais da Magistratura, com patrocínio da operadora de
planos de saúde Qualicorp, que ofereceu carros e aparelhos eletrônicos como
brindes em eventos anteriores de juízes. As associações que foram ao STF contra a resolução do CNJ queriam uma liminar
para suspender os efeitos da norma, mas o ministro Celso de Mello rejeitou o
pedido.
Em sua decisão, o ministro considerou inaceitável a "transgressão a uma
expressa vedação constitucional que não permite, qualquer que seja o pretexto, a
percepção, direta ou indireta, de vantagens ou de benefícios inapropriados", e
recomendou vigilância sobre os juízes. (Folha de São Paulo)
ResponderExcluirOFF (NEM TANTO)
A respeito de achaque NG deu show em seu comentário a respeito disso.
Brilhante.
http://narizgelado.blogspot.com.br/2013/07/vadias-bandidas-e-inuteis.html
Considero o poder mais podre da república!
ResponderExcluirSó pensam em tribunais suntuosos e criar regalias RETROATIVAS!
São mais "surdos" que os políticos!
Coronel,
ResponderExcluirme parece que existe até associação das mulheres dos juízes. É uma vergonha e uma afronta a ética, aos normativos do servidor público e a sociedade.
Assim como os PMs envolvidos em crimes, punir esses bandidos togados é uma coisa de extrema urgência. Tal como o ban&%$#)*d*%i$#@ lula, esses urubus acham que estão acima da Lei. Nada nem ninguém pode puní-los.
ResponderExcluirO Judiciário está sendo minado por dentro e por fora. A maçonaria já controla totalmente o TJDFT e o cidadão comum é quem paga o pato pensando que está diante de juízes desempedidos.
ResponderExcluirUé, mas então não havia somente UM juiz corrupto( e logo aquele que já tinha históricos entreveros com o rei agora nú) que sabia demais especialmente sobre corrupção lá pelos lados de Santo André ...Exatamente aquele que enfrentava tudo e todos , hmmmmmm, agora entendi.
ResponderExcluirParece que ellles queriam é tirá-lo do caminho por ser boquirroto e "insubordinado,incabrestável" e isso não pode.
Curioso é que justamente Joaquim Barbosa, novo na Corte, mas muito ligado a umas tuiuiús , chegou a bater boca com Gilmar Mendes por causa do processo que queria só para si.