Para acalmar os ânimos, Dilma resolveu mexer no "bolso". Ontem, em reunião
com dez ministros e assessores no Palácio da Alvorada, ela autorizou a liberação
de R$ 2 bilhões em emendas feitas por deputados e senadores ao Orçamento da
União.Apesar de prometidos e programados desde maio, esses recursos estavam
represados por decisão do próprio Executivo devido às limitações fiscais deste
ano.
Insatisfeita com a articulação política e aproveitando o desgaste na
popularidade da presidente Dilma Rousseff, a base aliada do governo prepara, na
retomada dos trabalhos no Congresso, a votação de um conjunto de projetos que
desagradam o Planalto. O fim do "recesso branco" de deputados e senadores está marcado para amanhã,
mas as votações só devem recomeçar na próxima semana.
Na Câmara, o governo deve enfrentar dificuldades já nas primeiras sessões. Os
deputados precisam concluir a votação do projeto que destina receitas de
petróleo para educação (75%) e saúde (25%). O governo queria 100% para educação. Outro impasse é quanto ao uso do fundo social --espécie de poupança dos
recursos de exploração de petróleo-- para educação. O governo não aceita que
seja aplicado o capital do fundo: defende a destinação só do rendimento.Também enfrenta resistência palaciana a proposta do orçamento impositivo para
as emendas parlamentares, uma das bandeiras do presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN).
Alves marcou a votação do texto para 6 de agosto na comissão especial e
pretende levar o projeto ao plenário no dia 7. O governo alega que tornar
obrigatória a execução das emendas pode engessar o Orçamento. Hoje a liberação
do dinheiro não é obrigatória, o que leva o Executivo a usar esse mecanismo como
moeda de troca nas votações.
A lista de projetos que preocupam o governo também tem o marco regulatório de
mineração, o que garante aposentadoria especial para garçons e abre brecha para
conceder o benefício a outras categorias, além da proposta que limita em 20 o
número de ministérios (hoje são 39). "Temos uma pauta que a gente costuma chamar
de indigesta", disse o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE).
No Senado, os projetos que mais incomodam o governo são o que dá o passe
livre para estudantes no transporte público e o que destina 10% da receita
corrente bruta da União à Saúde. Eles podem provocar um rombo de R$ 45 bilhões
nos cofres públicos. Há ainda preocupação com os vetos de Dilma: desonerações de produtos da cesta
básica, rejeição da licença hereditária para taxistas, fim da multa adicional do
FGTS em casos de demissão sem justa causa e mudança na divisão dos recursos do
Fundo de Participação dos Estados. (Folha de São Paulo)
SERÁ QUE NEM O CONHECIDO COMO "BASE DE ALUGUEL" PMDB não vai topar a parada de ajudar o PT ou já quer se descolar dele para não sofrer tanto em 2014?
ResponderExcluirO PMDB está na lista suja das próximas eleições!
Coronel,
ResponderExcluiro barco afundando, quem vai querer morrer afogado?