Um ministro da Justiça "omisso" e "oportunista".

A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) bradou da tribuna do Senado, dias atrás: " este ministro deveria se chamar José Eduardo Omisso Cardozo", tendo em vista a sua frouxidão em fazer valer o respeito à lei e à ordem, devolvendo a segurança jurídica ao campo, assolado por centenas de invasões indígenas organizadas pelo CIMI, sob a vista grossa da FUNAI, órgão que tem o seu comando.

Agora é Aloysio Nunes Ferreira, senador do PSDB de São Paulo, que escancara porque o ministro da Justiça, José Eduardo Omisso Cardozo não intervém na questão indígena. Ela não acontece em São Paulo, onde ele é candidato a governador e onde agora politiza, de forma oportunista, uma questão que também é da sua inteira responsabilidade: os violentos protestos contra o aumento das passagens de ônibus, concedido pelo seu correligionário, o prefeito petista Fernando Haddad. 

Ele (Cardozo) está politizando e partidarizando esse assunto, coisa que não fizemos nos episódios em que houve violência, legítima ou não, da Polícia Federal. Não fomos colocar no colo dele o cadáver do índio que morreu na reintegração de posse da fazenda Buriti (o terena Oziel Gabriel, morto pela PF em 30 de maio em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul), declarou o senador tucano à Folha de São Paulo. 

Segundo Aloysio Nunes Ferreira, Cardozo se vale do cargo em benefício eleitoral. Faz isso com oportunismo evidente e constrangedor. Ministro da Justiça deve se comportar com mais circunspecção, mais recato, mais decoro. É um oportunismo ultrajante. Quando ele quer usar o chapéu de ministro, colabora de forma eficaz, como na criação da agência de atuação integrada. O mal é quando se deixa arrastar pela sofreguidão eleitoral.

A campanha eleitoral antecipada faz com que não só Dilma, mas também o seu ministro da Justiça, produzam caos e violência no país. As vaias do Mané Garrincha são um aviso ensurdecedor. A tática não está funcionando. As balas de borracha e os tiros de verdade estão se voltando contra o verdadeiro responsável por eles: este omisso e oportunista governo petista.