Acusando o Palácio do Planalto de maquiar o cenário econômico, DEM e PSDB protocolaram nesta terça-feira (22) uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) pedindo que seja declarada inconstitucional a medida provisória que liberou crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões para investimentos neste ano. O Planalto recorreu em dezembro à MP após o Congresso adiar para fevereiro a votação da proposta orçamentária. Foi o maior valor já previsto em uma medida do tipo, sendo que o recorde anterior era de R$ 26,7 bilhões, em 2010.
Para a oposição, o governo está usurpando atribuições do Legislativo e ferindo a Constituição tendo em vista que não há urgência e relevância para a liberação desses recursos. Segundo o vice-líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), o objetivo do governo é inflar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre desse ano.
O deputado argumentou que o governo tem R$ 178 bilhões dos chamados restos a pagar para investimentos, além de poder usar verba prevista na Constituição para gastos em custeio da máquina pública. "O governo está substituindo a caneta pela caixa de maquiagem", disse Caiado. "É maquiagem no superávit, no PIB do primeiro trimestre, na inflação ao ligar para governadores e prefeitos para não aumentarem tarifas [como a de transporte público], é maquiagem na conta de luz porque é o tesouro que vai pagar [a redução de tarifa de energia elétrica]", completou.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-PR) reforçou o discurso. "Esses créditos jamais poderiam ser tratados em MP. O governo mais uma vez tenta retirar do Congresso o poder de aprovar o orçamento", afirmou. Segundo o governo, os recursos servirão para a execução de gastos em obras de infraestrutura. O impasse em relação ao Orçamento ocorreu após a confusão em torno da derrubada dos vetos presidenciais à lei que muda a distribuição dos royalties do petróleo, que tomou quase todas as sessões do Congresso no fim deste ano.
Sem Orçamento, o governo poderia gastar com despesas obrigatórias, como salários, e os chamados "restos a pagar", as contas pendentes de anos passados, mas não investimentos. Em 2008, com base numa ação do PSDB, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal entendeu que a edição de MPs para criar despesas deve ser limitada às hipóteses citadas na Constituição: "Atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública". (Folha Poder)
pena que tudo nunca passa dessa "protocolagem" de documentos...
ResponderExcluirdepois tudo se perde nos acordos políticos...
Cel.
ResponderExcluirJá perdi a conta do número de protocolos submetidos pela oposição - PSDB/DEM/PPS.
Resultado até agora = ZERO
Chris/SP
cel,
ResponderExcluirÉ a casa da mãe Joana. O governo deita e rola, faz o que quer e ninguem é capaz de fazer nada.
Demorou muito até para protocolar...
ResponderExcluirNesse velocidade de trabalho a oposicinha vai longe...
Coronel, o deputado Carlos Sampaio pertence ao PSDB de São Paulo, não do Paraná. É Promotor de Justiça e natural de Campinas/SP. Pelo que acompanho dos trabalhos de diversos parlamentares, ele tem atuado com muita atenção e responsabilidade na Câmara dos Deputados.
ResponderExcluirAbçs, Ágda.
Que oposição?
ResponderExcluirQUE OPOSIÇÃO PELO AMOR DE DEUS?
Estamos ao léu. Votamos e não temos de volta o que esperávamos daqueles em quem votamos. Temos que parar para pensar.
NÃO EXISTE OPOSIÇÃO NO BRASIL!
Caro Coronel e Coturneiros,
ResponderExcluirSó uma pergunta: Quem, ao fim e a cabo vai sair da toca e atar o guizo no pescoço do gato??
A solução está na cara e os nobres próceres "(o)posicionistas" recolhidos como camundongos molhados!!!
Quiquitácuntecendo? Muito papel e pouco peito, falta coragem de dar nome ao boi..
sds
Fonebone