Numa ação de pragmatismo político, o tucano Geraldo Alckmin e o petista
Fernando Haddad deflagram nesta semana o primeiro passo para
fortalecerem as parcerias entre o governo de São Paulo e a Prefeitura. O
pano de fundo é a eleição de 2014, quando PT e PSDB voltarão a se
enfrentar na disputa pelo comando do Estado.
Tanto Alckmin quanto Haddad querem colher frutos políticos de uma bem-sucedida aliança administrativa. O PT nacional quer fazer de São Paulo "a" vitrine administrativa e, para isso, depositará recursos dos ministérios na cidade – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera a derrota dos tucanos no Estado a grande tarefa de 2014. Por outro lado, o governo de Haddad precisa de recursos para bancar promessas de campanha, como o Bilhete Único, o fim da taxa de inspeção veicular e a construção de 172 creches. A orientação é correr atrás do dinheiro.
Cientes de que o PT vai querer mostrar a capital como exemplo de administração do partido em 2014, quando Alckmin tentará se reeleger, os tucanos querem colocar "o pé na porta" e fortalecer o discurso de que viabilizaram a implementação das políticas públicas no maior e mais importante colégio eleitoral do Estado. Também exibirão as parcerias como cartão de visitas na eleição.
A ação política atual diverge da do passado recente. Na gestão de Marta Suplicy (PT) na Prefeitura (2001-2004), que coincidiu com a de Alckmin no governo do Estado, as parcerias patinaram. Os casos mais emblemáticos foram o Bilhete Único – criado em 2004 pela Prefeitura, só foi integrado com o Metrô, do Estado, na gestão municipal seguinte, do tucano José Serra – e a operação urbana no Largo da Batata, em 2003, quando Estado e Prefeitura não se entenderam para chegar a programa de investimentos.
Contatos. A parceria entre governo do Estado e Prefeitura passou a ser esboçada depois que secretários de Haddad começaram a procurar empresas estaduais. Alckmin procurou o prefeito e resolveram dar formato institucional aos contatos, além de criar a agenda comum, que passou a ser trabalhada pelos secretários estadual da Casa Civil, Edson Aparecido, e municipal de Governo, Antonio Donato.
Hoje os dois se encontram novamente para traçar as linhas gerais do anúncio que Alckmin e Haddad farão amanhã. A ideia é chegar a um número final de investimentos e repasses do governo do Estado para a cidade – secretários dos dois lados tiveram reuniões para fechar a agenda comum. Em algumas áreas a Prefeitura quer recursos do Estado, como na construção de creches. Há também temas delicados, que ainda não estão na agenda oficial: ação na cracolândia e integração do Bilhete Único Mensal.
No último ano, foram firmados 623 convênios entre Estado e Prefeitura, somando mais de R$ 1 bilhão – em 2012, a cidade era administrada por Gilberto Kassab (PSD), adversário político de Alckmin e hoje aliado do PT.
Discurso. "Você não vai me ver um único dia da minha administração fazendo tipo para fazer parceria com o governo do Estado porque é do PSDB", disse Haddad na semana passada. Na posse do prefeito, Alckmin adotou discurso semelhante: "Saiba, prefeito, que poderá sempre contar com apoio do governo do Estado naquilo que for de interesse de São Paulo, que não conhece interesses de partidos".
Na semana passada, Lula reuniu-se com Haddad e defendeu as parcerias com o Estado. Para os tucanos, o petista quis surfar politicamente num tema que já estava bem encaminhado entre os dois governos. Em 2011, Dilma e Alckmin fecharam algumas parcerias administrativas. A aliança levantou críticas de tucanos e petistas, que temiam o impacto eleitoral da ação conjunta. (Estadão)
Tanto Alckmin quanto Haddad querem colher frutos políticos de uma bem-sucedida aliança administrativa. O PT nacional quer fazer de São Paulo "a" vitrine administrativa e, para isso, depositará recursos dos ministérios na cidade – o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera a derrota dos tucanos no Estado a grande tarefa de 2014. Por outro lado, o governo de Haddad precisa de recursos para bancar promessas de campanha, como o Bilhete Único, o fim da taxa de inspeção veicular e a construção de 172 creches. A orientação é correr atrás do dinheiro.
Cientes de que o PT vai querer mostrar a capital como exemplo de administração do partido em 2014, quando Alckmin tentará se reeleger, os tucanos querem colocar "o pé na porta" e fortalecer o discurso de que viabilizaram a implementação das políticas públicas no maior e mais importante colégio eleitoral do Estado. Também exibirão as parcerias como cartão de visitas na eleição.
A ação política atual diverge da do passado recente. Na gestão de Marta Suplicy (PT) na Prefeitura (2001-2004), que coincidiu com a de Alckmin no governo do Estado, as parcerias patinaram. Os casos mais emblemáticos foram o Bilhete Único – criado em 2004 pela Prefeitura, só foi integrado com o Metrô, do Estado, na gestão municipal seguinte, do tucano José Serra – e a operação urbana no Largo da Batata, em 2003, quando Estado e Prefeitura não se entenderam para chegar a programa de investimentos.
Contatos. A parceria entre governo do Estado e Prefeitura passou a ser esboçada depois que secretários de Haddad começaram a procurar empresas estaduais. Alckmin procurou o prefeito e resolveram dar formato institucional aos contatos, além de criar a agenda comum, que passou a ser trabalhada pelos secretários estadual da Casa Civil, Edson Aparecido, e municipal de Governo, Antonio Donato.
Hoje os dois se encontram novamente para traçar as linhas gerais do anúncio que Alckmin e Haddad farão amanhã. A ideia é chegar a um número final de investimentos e repasses do governo do Estado para a cidade – secretários dos dois lados tiveram reuniões para fechar a agenda comum. Em algumas áreas a Prefeitura quer recursos do Estado, como na construção de creches. Há também temas delicados, que ainda não estão na agenda oficial: ação na cracolândia e integração do Bilhete Único Mensal.
No último ano, foram firmados 623 convênios entre Estado e Prefeitura, somando mais de R$ 1 bilhão – em 2012, a cidade era administrada por Gilberto Kassab (PSD), adversário político de Alckmin e hoje aliado do PT.
Discurso. "Você não vai me ver um único dia da minha administração fazendo tipo para fazer parceria com o governo do Estado porque é do PSDB", disse Haddad na semana passada. Na posse do prefeito, Alckmin adotou discurso semelhante: "Saiba, prefeito, que poderá sempre contar com apoio do governo do Estado naquilo que for de interesse de São Paulo, que não conhece interesses de partidos".
Na semana passada, Lula reuniu-se com Haddad e defendeu as parcerias com o Estado. Para os tucanos, o petista quis surfar politicamente num tema que já estava bem encaminhado entre os dois governos. Em 2011, Dilma e Alckmin fecharam algumas parcerias administrativas. A aliança levantou críticas de tucanos e petistas, que temiam o impacto eleitoral da ação conjunta. (Estadão)
olha, do Haddad ate pode ter sido mesmo uma açÃo de pragmatismo politico...
ResponderExcluiragora, do Alckmin, eh uma ação de burrice politica mesmo...
vai ajudar a cavar a própria cova politica!
Lula surfando na onda dos outros?
ResponderExcluirele quase nao faz isso...
Lula eh aquele surfista que dropa na onda dos outros sem a menor cerimonia...
um "rabeador" de marca maior...
A parceria Haddadde-Alckimin vai ser assim: O Haddadde entra com o pé e o Alckimin com a bunda.
ResponderExcluirCel
ResponderExcluirUai, não foi o Haddad que disse que o governo federal irrigaria a cidade de SP? Cadê a grana? Ah, é que precisa ferrar o tonto do Alkmin, para após apeá-lo do poder. Que triste. Alguém acha que o falido governo investirá aqui? Sonho de uma noite de verão.
Esther
Se o Alckmin nega parcerias isso será usado contra ele nos jornais e o compromete nas próximas eleições.
ResponderExcluirAgora se ele aceita, isso será usado pelos petistas como trunfo nas próximas eleições. É a típica jogada que os petistas faturam de qualquer jeito.
Pouco a pouco o governo de São Paulo vai caindo no colo do PT. E enquanto isso no QG tucano zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
Vai ser uma excelente parceria.
ResponderExcluirO PT vai falar e Alckmin vai confirmar. Pronto. Assim será feito o bolo.
Oras, Alckmin é governador de oposição. Alguém precisa avisá-lo que há protocolos que permitem relacionamento com o adversário na Prefeitura, sem a necessidade de comprar um agenda furada.
Por isso fica cada vez mais claro que as oposições só poderão ter alguma chance só a partir de 2030, mesmo. E olha lá se for naquele ano.
E ainda tem quem critique FHC. Impressionante.