Pesquisas eleitorais perdem completamente a credibilidade.

Não é mais possível achar que pesquisas quantitativas como Datafolha e Ibope podem acertar resultados, a não ser na boca de urna. Hoje as campanhas estão buscando juntar pesquisas quantitativas, pesquisas qualitativas e trackings para terem alguma segurança na previsão de resultados ou na orientação das linhas de ação. Os institutos não entram mais em prédios. Ao postarem os roteiros no site do TSE, permitem que militantes sejam deslocados para as áreas da pesquisas, conspurcando as amostras. Estes fatos levam ao que acontece agora, em São Paulo. Os dois institutos apostam em empate triplo porque, na verdade, suas metodologias não permitem oferecer um prognóstico mais seguro. Pesquisas do PSDB indicam Serra próximo aos 30%, assim como pesquisas do PT indicam Haddad próximo dos 20%. Nos bastidores, ambas as campanhas sabem que o PT tem 90% de probabilidade de estar fora do segundo turno. E 90% de Serra ir para a disputa final com Russomanno. Os institutos enrolam e criam uma emoção que não existe. Mas, como sempre, vão acertar na boca de urna, porque o eleitor já votou. O que não servirá para apagar o que caminha para ser o maior fiasco dos últimos anos, em termos de pesquisas, na cidade de São Paulo.