terça-feira, 23 de outubro de 2012

Minha Casa, Minha Vida ou Casa Grande e Senzala?

Pela segunda vez apenas em uma semana, o programa Minha Casa, Minha Vida é flagrado com situações de trabalho escravo. A responsável nacional pela fiscalização, do Ministério do Trabalho, foi demitida por pressão de Dilma, que é amiga do constutor mineiro onde ocorreu um dos casos. Leia abaixo matéria da Folha de São Paulo. 

Fiscais do Ministério Público do Trabalho encontraram indícios de trabalho análogo à escravidão em uma obra do programa Minha Casa, Minha Vida em Penedo (AL). O Minha Casa, Minha Vida é o principal programa habitacional do governo federal. As vistorias foram realizadas em setembro nas obras de construção de 75 casas em um condomínio batizado com o nome da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva. As casas são destinadas a famílias com renda de zero a três salários mínimos. 

João Leite, presidente da empresa responsável pelas obras, a Feulb (Federação das Entidades Comunitárias e União de Lideranças do Brasil), afirmou que houve exagero na classificação da situação e que as pendências já foram regularizadas. Entre os problemas apontados pelo Ministério Público do Trabalho estavam falta de carteira assinada, pagamentos em atraso e feitos com vales, falta de equipamentos de proteção, falta de água potável e moradia inadequada. 

"O empregador cedeu, como alojamento, o interior de três unidades habitacionais ainda em construção", afirma o relatório da vistoria. "Havia um número insuficiente de camas [....]. Parte dos empregados dormia em colchões depositados diretamente sobre o chão sujo [...]. Os trabalhadores realizavam suas necessidades fisiológicas 'no mato'", diz o texto. 

Em 13 de setembro, a empresa -que, segundo a Procuradoria do Trabalho, era "reincidente"- firmou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o órgão. "O processo encontra-se para análise do cumprimento das cláusulas [do TAC]", disse o Ministério Público. O TAC prevê multa de até R$ 50 mil. O presidente da Feulb, João Leite, afirmou que os trabalhadores eram registrados e que apenas alguns terceirizados não tinham registro. 

"Coincidiu de a vistoria ser no dia em que chegaram trabalhadores de Arapiraca [cidade da região] para ficar uma semana. Estávamos ainda providenciando acomodação para esse pessoal", disse. Segundo Leite, a classificação de condições análogas à escravidão é absurda: "Não estavam trancados, ninguém era obrigado a ficar no canteiro. Havia pendências em relação a alguns funcionários, mas já regularizamos e levamos as comprovações ao Ministério Público do Trabalho".

Um comentário:

  1. Coronel,

    Fui construtor e sei bem como as Delegacias(leia-se, ficais) Regionais do Trabalho "operam".

    Também sei que muitos empresários são omissos em cumprir os "minimos" requisitos de saúde e segurança de seus funcionários(detesto a expressão "colaboradores").

    Ocorre que se na época do governo do PSDB ocorresse este tipo de PERSEGUIÇÃO a um fiscal ou chefia, a CUT já estaria na rua!!! Com o PT, biquinho calado!!!!

    Esse é o Brasil grande do PT!!!! Aos amigos do regime, TUDO!!! Qual o empresário que não gosta???? Na Alemanha Nazista também gostavam!!!

    JulioK

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