segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vão-se os dedos, ficam os anéis.

O PR, Partido da Roubalheira, acaba de divulgar uma nota em que afirma que não está indo para a oposição. É óbvio que a quadrilha escolheu perder alguns dedos, mas manter os anéis. Há outros às pencas para colocar no lugar de Pagot que, amanhã, vai dar um depoimento burocrático, manso e sem estardalhaço. No PR, o caixa dois é único, não havendo problema algum em mudar o tesoureiro. Não esqueçam: neste governo de corruptos o importante são os anéis, não os dedos. Ou vocês já esqueceram do Mensalão, que afastou Delúbio, Dirceu e Genoíno em nome do esquema?

9 comentários:

  1. Coronel,
    Conhece a figura:Claudinei do Nascimento?
    Saiu a pouco no Cláudio Humberto:
    "A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) oficializou nesta segunda (11) a escolha de Claudinei do Nascimento, que coordenou sua campanha ao governo de Santa Catarina em 2010, para assumir a secretaria-executiva de sua pasta. Anteriormente o cargo era ocupado por Cláudio Vignatti, com quem Ideli não cultivava boa relação. Com a saída de Luís Sérgio das Relações Institucionais, a ministra substituiu o rival por um aliado seu."

    ResponderExcluir
  2. Coronel, escrevi artigo sobre isso:

    Filme repetido

    Há um famoso ditado que afirma: “mudam os porcos, mas a lama continua a mesma”. A semana começou com um alvoroço político. Para não variar, mais um escândalo de corrupção varreu o governo Dilma, agora no Ministério dos Transportes.
    A revista VEJA publicou matéria recheada de denúncias envolvendo toda a cúpula do Ministério e os líderes do Partido da República (PR), responsável pelas indicações do órgão. O esquema era baseado em pagamento de propina aos chefes do partido em troca de reajustes nos preços dos contratos de obras públicas.
    Após as graves denúncias, viu-se desenrolar a novela de sempre: os acusados negaram o que foi publicado na reportagem; o governo convocou uma reunião de emergência; alguns políticos da base passaram a desferir o famoso “fogo amigo”, de olho nos cargos; e a diminuta oposição cobrou reação mais dura do governo.
    Diante da situação árida, restou ao governo, primeiramente, afastar a cúpula do Ministério e, depois, efetivar a troca de comando da pasta, ao demitir o próprio Ministro dos Transportes.
    Ficou evidente que, ao agir com rapidez, a presidente Dilma quis agradar a platéia, ainda mais quando se tem na memória recente o escândalo envolvendo Antônio Palocci. Porém, se tivesse mesmo interesse em moralizar o governo, a presidente não deveria nem ter mantido no comando do órgão a quadrilha que lá se instalou desde o governo Lula.
    Vejamos: O então ministro Alfredo Nascimento, que possui base política no Amazonas, foi nomeado para o cargo em 2004. Em 2007, Luiz Antônio Pagot (afilhado político do Senador e ex-governador do Mato Grosso, Blairo Maggi) foi indicado para a chefia do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT).
    Há anos o Senador Mário Couto vem denunciando quase que diariamente as estripulias da dupla, e por várias e várias vezes a base governista impediu a convocação do presidente do DNIT no Congresso.
    Em 2009, o jornal Correio Braziliense divulgou vídeo e matéria contendo denúncias contra o ministro Alfredo Nascimento. Lula nada fez. Dilma, então ministra da Casa Civil, não se importou.
    Ademais, mesmo que não se tivesse descoberto a corrupção, a terrível situação das estradas e rodovias federais (decorrente da malservação do dinheiro público) já seria motivo suficiente para demitir toda a corriola que comandava o Ministério. Em suma, Dilma sabia muito bem quem estava nomeando e mantendo à frente da pasta dos Transportes.
    Mas como o filme é repetido, já se anuncia o que vem pela frente: o governo manterá o ministério com o PR (cujo secretário geral é o deputado mensaleiro Valdemar da Costa Neto); uma eventual proposta de CPI dos Transportes será abafada pela ampla base governista no Congresso; e tudo continuará como antes.
    Por isso, não surpreende a fala do líder do PR na Câmara, o dep. Lincoln Portela, sobre a sugestão do nome de Paulo Passos (secretário executivo da pasta) para o Ministério: “Ele é competente, sério, probo e íntegro, mas entre isso e ser ministro há uma distância a percorrer”. Parece que já foi o tempo em que ser competente, probo e íntegro eram virtudes a serem consideradas para se indicar um gestor público.
    Concluo, então, com o corolário do adágio que iniciou o texto: “é preciso que as coisas mudem para que permaneçam exatamente como estão”.
    Até o próximo escândalo.



    Abs.

    ResponderExcluir
  3. PR não vai para a oposição? Essa é das boas!!! E quem iria querer? Fica ai no governo mesmo!!!

    ResponderExcluir
  4. O mensaleiro Valdemar da Costa Neto vai colocar a Madame Satã na parede, pois se ela não colocar gente do Partido da Roubalheira no Ministério dos Transportes, seca a fonte de financiamento de campanha do PR.
    É o fim da picada, um mensaleiro ladrão e safado colocando a presidenta na parede, só mesmo aqui nesse Brasil do PT, viu só STF?

    ResponderExcluir
  5. Em falar em Dirceu, o que o homi esta fazendo na Italia, será que esta prestando serviços para o terrorista Batistti.

    ResponderExcluir
  6. O feudo do MT é uma vergonha absurda. Mas o mais bizarro é saber que o presidente da Confederação Nacional do Transporte, órgão que atua "na defesa dos interesses do setor de transportes", é Clesio Andrade, do mesmo PR que manda no Ministério. Ou seja: os impostos que deveriam servir para manter a malha dos transportes funcionando são roubados descaradamente pelo partido do presidente da entidade responsável por defender as empresas de transporte, justamente as que mais sofrem com o estado atual das coisas.

    Mas, ainda mais bizarro, é saber que o senador Clesio Andrade foi vice-governador de... Aécio Neves!

    É ou não é um espanto?

    ResponderExcluir
  7. Alguém ainda se lembra do Palocci a esta altura?

    ResponderExcluir
  8. Com o convite de Dilma a Paulo Sérgio Passos, que aceitou a missão, é mister lembrar o que o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) questionou na semana passada. “Se o número um fez, como o número dois não sabia?”, vociferou. Mais mistério no ministério.

    ResponderExcluir
  9. bons tempos os do mensalão, aonde havia um pouco de oposição e o brasileiro ficava chocado com o que ficava sabendo todos os dias...

    hoje em dia eh tudo absolutamente desanimador...

    ResponderExcluir