quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um editorial sobre o nada.

A Folha de São Paulo publica, hoje, um editorial, artigo de fundo que é a opinião do jornal e expressa a sua linha editorial, abordando com veemência o que até agora é apenas um  factóide sem confirmação. Um editorial sobre o nada. Um editorial no condicional. Um editorial do se e do seria. Com a inflação voltando, um corte de R$ 50 bilhões no orçamento, a briga do governo contra o salário mínimo, o jornal escolheu falar sobre um suposto, como eles gostam de dizer, " partido do Kassab", cuja criação foi noticiada pelo próprio jornal sem nenhuma comprovação oficial. Isso é jornalismo? Os grifos no editorial da Folha são do Blog:

O Partido do Kassab
O futuro político de Gilberto Kassab já se transformou numa novela. Seu desfecho, por ora, é incerto, mas o enredo repetitivo começa a se tornar desgastante para a imagem do protagonista. A permanência do prefeito paulistano no DEM é muito improvável. Tida como a hipótese mais plausível, sua mudança para o PMDB o deixaria vulnerável à perda do mandato caso o Congresso não aprove a janela da infidelidade que autorizaria, por um período, a troca de partido. Como os julgamentos desses casos são demorados, seria menos uma ameaça para o próprio prefeito do que para os deputados que se elegeram em 2010 e devem acompanhá-lo.
 
Além disso, optando pelo PMDB, Kassab terá de se equilibrar -ou talvez decidir- entre a lealdade a José Serra, o padrinho tucano com quem não pretende romper, e os interesses de sua nova legenda, sócia do governo federal petista. A ideia de que, no PMDB, Kassab seria meio serrista e meio dilmista parece insustentável e já é criticada pelos dois lados. Diante dessas dificuldades, ganha força no círculo kassabista a intenção de criar um novo partido -o PDB (ou Partido da Democracia Brasileira). Seria uma forma de driblar o risco legal e o constrangimento político que a migração de legenda representa.
 
Essa é, ainda, apenas uma entre tantas hipóteses, mas cabe perguntar sobre a natureza e relevância dessa agremiação, mais uma a se juntar às 27 atualmente registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) -das quais 22 têm ao menos um representante no Congresso Nacional. O próprio Kassab, conforme reportagem desta Folha revelou, veria no hipotético PDB uma legenda de transição -um trampolim para, mais adiante, aliar-se a alguma outra sigla na tentativa de formar um partido de centro-direita. Com muita benevolência, esse roteiro poderia ser visto como o início de uma reorganização do campo oposicionista, desestruturado pela força do lulismo. Parece, entretanto, mais realista considerá-lo o ensaio de uma manobra personalista, na qual o novo partido serviria antes a interesses de ocasião do que a demandas da sociedade -sintoma típico de um sistema político-partidário ainda frouxo e invertebrado.

9 comentários:

  1. Amigo coronel, quando li editorial sobre o NADA e vi em negrito Partido do Kassab, nem li o resto. Mas concordo, vc ta certo.

    Abracos

    ResponderExcluir
  2. jornal chinfrin e tendencioso!

    ResponderExcluir
  3. O jornaleco petralha
    em ação sob as ordens do Partido da Malandragem.

    ResponderExcluir
  4. eh inacreditável que o editorial de um jornal seja sobre o futuro politico de um prefeito!!!

    e não interessa que seja de SP...

    isso eh questão partidária, jamais mereceria um editorial...

    as manchetes sobre a inflação e os cortes são bem mixurucas mesmo...

    não vamos nos iludir, essa mídia vagabunda e ordinária esta mesmo tentando colocar panos quentes na quebradeira que o Molusculus Hipocritus deixou o pais...

    o cara raspou o cofre...

    era esse o desespero para eleger Dilma, para que a quebradeira não viesse a tona e fosse abafada com a ajuda dos sabujos dos jornais...

    ResponderExcluir
  5. Serra ameçou sair do PSDB se continuar isolado no partido

    O ex-governador de São Paulo José Serra ameaçou até a sair do PSDB caso fosse completamente isolado das discussões sobre o futuro do partido. Antes de vir a Brasília nesta quarta-feira, o tucano manteve conversas com aliados e chegou a pedir ajuda a um governador eleito pelo PSDB em outubro. Em tom transtornado, Serra classificou como “golpe” a realização de um abaixo-assinado para reconduzir o deputado federal Sérgio Guerra (PE) à Presidência do PSDB -- ele está no cargo desde 2007. O ex-governador paulista ficou irritado porque, apesar de ter sido candidato a presidente em 2010, não foi sequer consultado sobre o assunto.
    “Se for desta forma, é melhor eu sair do partido”, disse Serra, segundo o iG apurou com deputados tucanos. No sábado teve uma conversa com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Herdeiro da cadeira de Perillo no Senado, Cyro Miranda confirmou o encontro. “Serra disse que estava sendo prejudicado”, contou.

    Como forma de amenizar os ânimos, aliados articularam a vinda de Serra a Brasília nesta quarta-feira. Ele participou da reunião da bancada do PSDB na Câmara pela manhã. Depois almoçou com a bancada do Senado. Nas duas ocasiões foi tratado com deferência.Nos bastidores, porém, deputados reclamaram que não foram cumprimentados. No Senado, senadores disseram que foram chamados em cima da hora para o encontro.(Do portal IG)

    Olha aí o problema é q as oposições estão com crise de indentidade e ainda tmb não aprendeu a ser oposição! No meu ponto de vista o DEM e o PSDB deveria ser um só partido e ter uma posição mais clara de suas tendencias!
    Amadeu

    ResponderExcluir
  6. Ou jotnalzinho merda! Não passa de panfleto do partido dos trambiqueiros. Que venha o PDB! Um partido conservador sem medo da esquerda.

    ResponderExcluir
  7. Já faz muito tempo que nem ao menos vejo a primeira página deste jornaleco. JORNAL VAGABUNDO.

    ResponderExcluir
  8. Considerando que um novo partido saia mesmo, isso vai de encontro ao que muitos de nós queremos. Na atual conjuntura, graças a Traecius brutus, a oposição já baixou as calças antes mesmo do ano político começar de fato.

    Precisamos de um partido de oposição barulhento, que venha a público colocar de fato o que ocorre no Brasil hoje. E daí, que supostamente seria um trampolin, até o salto acontecer, o PDB de fato existiria... e Kassab poderia angariar votos o suficiente para nem sequer pensar em mudar de partido. Nunca se sabe o dia de amanhã.

    O editorial tem muitas congecturas e não sei se isso caberia em um deles.

    ResponderExcluir
  9. Eu acho que o PDB seria um legenda de passagem de petralhs, pedetistas, e até fusão ao PT, o partido é o MDB do século 21 ( atraso ) e a Arena não tinha poder, era um grupo de direita que só tinha a opção de obedecer ao Sarney, pois tudo que era decidido pelas cúpulas da Arena era "questão fechada" e na falta de opção era obedecer ou ser cassado pelo AI-5.

    ResponderExcluir