QUANDO A luta política se organizou nas sociedades modernas, os cientistas sociais procuraram desvendar as leis que a governam. Marx sintetizou a mais forte delas quando iniciou o famoso "Manifesto Comunista", dizendo que "a história de todas as sociedades modernas é a história da luta de classes". Isso levou várias gerações a viverem sob o signo de duas palavras: "revolução" e "revolta". A primeira como uma manifestação coletiva, a segunda como um manifestação pessoal. Tudo isso é passado, e o mundo é outro, se sabendo que a concepção de classes é uma teoria que não resiste à realidade. Apenas os institutos de pesquisa resistem, considerando classes A, B, C e D, mais por motivos econômicos de renda do que por motivos sociológicos. A grande novidade que permeia hoje o conflito político é o novo interlocutor da sociedade democrática: a opinião pública. Outros integrantes dela são a mídia, com as novas técnicas de comunicação em tempo real, a sociedade organizada e as ONGs. A democracia representativa já era, e temos de descobrir como vamos institucionalizar essa nova realidade. Daí a luta contra os políticos, levados à parede numa situação de parasitas da sociedade, como se o mais ético e oportunista fosse falar que a verdadeira vontade do povo é "a voz das ruas". E hoje as ruas não têm mais gente, e sim uma massa que está preocupada com transporte, emprego, renda e tempo para um pequeno lazer. O conflito político passou da guerra de classes para a guerra da mídia. Nesta guerra, o mais ativo e o mais importante meio é a internet. É aí que reside o verdadeiro embate numa luta de versões, ataques, defesa, notícias e contranotícias, que são digeridas a todo momento -e são tantas as verdades que ao final não se sabe qual é a verdade. Como o poder econômico sempre acompanha a força de controle da opinião pública, é na internet que existem as maiores fortunas do mundo, e profetiza-se que neste nicho estarão no futuro os maiores donos do dinheiro. A revolução do smartphone, recebendo e-mail, torpedos, notícias e fazendo tudo, é uma mudança que não se sabe onde vai dar.A ameaça de destruição atinge os livros e até os jornais. Li uma entrevista do dono do "El País", que, indagado se o jornal iria existir daqui a dez anos, disse não ter certeza e que já se preparava para grandes transformações. Assim, direito de resposta, proteção à imagem são direitos que também vão desaparecer, porque qualquer site destruirá qualquer um com sua capacidade de reprodução em milhões. Lembremos o nosso poeta "resistir quem há de?". Enquanto discutimos essas coisas, a natureza floresce e Brasília está linda, os paus-d'arco em flor.
O texto acima, intitulado Paus d'arco em flor, é de José Sarney e foi publicado hoje na Folha de Sao Paulo
O trapaceiro é um bandido poeta!!!!!
ResponderExcluirSe tiver sido escrito por Napoleão Sabóia, em Paris, a única contribuição de ribamar (o que já era, esse sim) terá sido a frase final.
ResponderExcluirFrancamente, perdeu todo o respeito, pelo povo brasileiro e a inteligência alheia e o respeito por si mesmo....repugnante este sr., pequeno e miserável ser.Dora
ResponderExcluirSARNEY TALVEZ ACREDITE.
ResponderExcluirSarney talvez acredite nessa história de a Mídia. De fato, ele é dono de toda a mídia importante no Maranhão.
Lá o noticiário é sempre a favor dele.
O que ele não gosta é da divergência, da contradição, da investigação jornalística.
Essa gente usa a imprensa como ferramenta de ganhar dinheiro a atacando os adversários e não defendendo o interesse público.
E, assim, a Folha cava a sua própria cova. Como pode um jornal abrigar em suas páginas alguém com semelhante biografia, que mais parece uma folha corrida?
ResponderExcluirSds.,
de Marcelo.
Por que essa pústula não se limita a escrever platitudes intelequituais, mais abaixo das do Sr Coelho e pare de encher nosso s... com escandalos, roubalheiras e outras tramóias.
ResponderExcluirVá pra casa, seu Zé, brincar de cavalinho com seus netos, se é que tem algum que consiga chegar perto por coisa do odor de podre.
Pior é que já tem canalhas querendo censurar a internet como o falso pretexto de pedofilia e etc. Os hackers,que são os que trabalham com isso, eles nunca serão parados porque tem conhecimentos que os meros mortais desconhecem. Eles sabem disso, mas omitem para tentar aprovar um projeto de vigilância autoritária sobre usuários comuns, que são os que estão incomodando eles em blogs,sites e etc. Não ao Senador Azeredo e seu projeto asqueroso.
ResponderExcluir...Enquanto discutimos essas coisas, a natureza floresce e Brasília está linda, os paus-d'arco em flor...
ResponderExcluire o aroma das flores sendo superado pelo ar podre que sai pelas janelas do congresso.(Deste poeta:EU)