Os tucanos decidiram que o Conselho Nacional de Ética vai investigar toda e qualquer acusação de corrupção contra os seus filiados, com ou sem cargos eletivos. Até agora, no entanto, não se ouviu uma só palavra sobre as gravíssimas acusações de recebimento de propinas, em São Paulo, da multinacional Alstom, para fechamento de negócios com o governo do estado entre outubro de 1998 e janeiro de 2001. Neste momento, procura-se saber quem eram os sócios da MCA que recebeu e repassou mais de R$ 13 milhões em propinas. E quem é RM, "um ex-secretário do governador"que receberia dinheiro para remunerar o "poder político".
Alguém já conseguiu a lista dos secretários e ex do governador em questão?
ResponderExcluirAlguém com iniciais RM?
¬¬
Lia
Coronel,
ResponderExcluirDurante muitos anos (meados dos 80 a meados dos 90) prestei serviços a 2 empreiteiras de obras públicas e posso afirmar: NÃO EXISTE ADMINISTRAÇÃO, DIRETA OU INDIRETA, ONDE NÃO EXISTA CORRUPÇÃO.
Não estou dizendo que não haja concorrência limpa, que "vá pro pau", como costumamos dizer no meio, mas, é a exceção.
Em SP existe uma tal de Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas - APEOP (nos outros estados também existem órgãos semelhantes). Em geral, principalmente tratando-se de grandes obras, é lá que se decidem quem "ganha" a concorrência. Participéi de inúmeras reuniões naquele órgão.
Se pensam que nas administrações petralhas não havia acertos, estão muito enganados. Eram (e são) onde mais havia (há). Bastava aderir aos seus esquemas para ganhar muito dinheiro e, evidentemente, doá-lo ao partido.
Observem que estive no meio exatamente na época da primeira eleição em que o cachaceiro participou (contra Collor). Lembram-se do "Escândalo Lubeca", citado por Collor (e abafado pela imprensa)?
Pois bem. Já naquela época, havia uma empreiteira pequena, de fundo de quintal, que GANHAVA TODAS AS GRANDES OBRAS SUPER-SUPER-FATURADAS nas administrações petralhas. Chama-se EMPARSANCO. Evidentemente, não há documentos para provar, porém, dá para imaginar a quem pertence, não?
Pois é! É muita ingenuidade dos que pensam que a corrupção petralha é fruto do "pudê" que agora tem nas mãos. É, exatamente, o contrário. O cachaceiro chegou lá porque, desde o início, teve os empresários como parceiros.